Capítulo 35

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Olá pessoal, peço desculpas por qualquer erro que venha ter no cap de hj, o trabalho esta um pouco puxado e não tive tempo de revisão. Escrevi este capitulo na minha hr de almoço rsrsrs

Espero que gostem, próximo cap no sábado para vcs.

***

–Então Bia como vai ser. –Flavio está parado em minha frente me olhando com reprovação.

–Não quero sair, não me sinto bem. –Digo me virando para o lado e cobrindo minha cabeça.

–Já se olhou no espelho gata, e serio não me leve a mal, seu cabelo esta horroroso, desgrenhado e sujo, e pelo o Amor de Deus olha só as suas pernas. –Ele disse puxando a coberta e cutucando as minhas pernas nuas. –Não sei como ainda não se encaixaram com os pelos do Thiago, se elas estão assim, não quero imaginar como estará suas partes intimas. –Ele sorri colocando as mãos na cintura.

–Me deixa em paz Flavio. Não quero sair, não me sinto bem. –Resmungo o encarando.

–Gata, eu amo você, amo de verdade, te considero a minha irmã caçula. Mais sou obrigado e te falar isso. –Ele suspira revira os olhos então se sentam ao meu lado pegando as minhas mãos. –Nem mesmo um cara que te ame como seu bofe a ama aguentaria isso. Já faz três semanas que você voltou para casa e não estou vendo você reagir. –Abro a boca para argumentar porem ele me corta.

–Não irei dizer que sei pelo o que você esta passando, ou pelo o que você passou mais se continuar assim, irá perder seu emprego, e principalmente seu namorado.

–Não sei se consigo. –Digo deixando algumas lágrimas escaparem.

–É Claro que consegue, vamos irei ajuda-la. –Flavio se levanta me puxando para fora da cama. –Vamos começar por um banho.

Fomos para o banheiro e eu o observo encher a banheira, Thiago está no trabalho e só voltaria no horário de almoço. Depois da banheira completamente cheia Flavio vem até mim e retira meu robe. Realmente não sei a quantos dias estou com ele.

–Serio, você vai me bar banho? –Olho em seus olhos escuros

–Não se preocupe, da fruta que você gosta eu como até o caroço, mais se preferi eu te espero no quarto.

–Sim, será melhor.

–Vou preparar algo para você comer enquanto você se recupera.

Flavio sai do banheiro me deixando sozinha somente de lingerie. Olho-me no espelho e não me reconheço cabelos sem vida, pálida com olheiras, e Deus. Como deixei minhas pernas chegarem a este estado.

Entro na banheira agradecendo mentalmente meu amigo por ter me dado um pouco de sua coragem.

Após o banho me sinto melhor, coloco um vestido florido e uma rasteirinha, seco o cabelo e os deixo soltos. Passo uma maquiagem leve para tirar o aspecto de zumbi na qual eu me encontrava e desço para a cozinha. Flavio esta conversando com Thiago. Não percebi que já passada das 12h00.

–Enfim a senhorita saiu do banho. E como está linda. –Thiago vem até mim beijando minha testa suavemente. Sinto meu rosto esquentar com o elogio, a muito ele não me dizia que sou bonita.

–Obrigada amor. O almoço já esta pronto?

–Ainda não. O que deseja comer. –Flavio responde.

–Massas, que tal um restaurante hoje? –Os dois trocam um olhar de alivio.

–Perfeito. Shopping então.

–No meu carro. –Thiago pega as chaves em cima do balcão.

–Vão vocês, irei no meu carro, de lá preciso passar na casa do Jean.

–Tudo bem então. Nos vemos lá. –Pego na mão de Thiago e cada um foi em seu carro.

Chegando ao Shopping uma sensação de desconforto me atingiu. Um mal estar e pânico querendo emergir do fundo do poço quando um homem diferente me olhava.

Percebi que estava ficando paranoica, ninguém poderia me fazer mal, Gustavo esta preso, e Lucio estava longe, e tanto ele como a minha mãe não poderiam me encontrar.

–Tudo bem? –Thiago me pergunta apertando minha mão.

–Está sim, só estou com fome.

Tentei me controlar ao máximo naquela situação, não queria passar com psicólogo nenhum, muito menos fazer terapia, se eu passei pelo o que passei com Lucio e superei, iria superar isso também.

Não demorou muito para o nosso pedido chegar, Flavio Thiago e eu comemos animadamente e conversamos esquecendo por hora tudo o que tinha acontecido nas ultimas semanas. De certa forma o breve sermão de Flavio me atingiu em cheio, não posso ficar me fazendo de coitada, esquecendo-se de cuidar de mim e permitir que Thiago se canse.

Com esse pensamento sinto que está na hora de eu retornar a minha vida.

***

A volta para o trabalho não esta sendo fácil, todos me olhando com a cara de pena, algumas pessoas se atreveram e vieram me perguntar se eu estou bem, provavelmente eu disse a frase "estou bem" umas quinze vezes. Quando as pessoas perguntam se estamos bem, elas realmente não querem saber a verdade. Então me limitei a responder que sim, que estou bem.

–Bia vamos para casa. –Thiago está aparado em minha frente segurando sua pasta.

–Claro. –Digo arrumando minhas coisas. Pego minha bolsa e o acompanho até o elevador.

–Preciso voltar para a minha casa. –Digo assim que a porta se fecha. Thiago não me responde apenas aperta o botão do térreo e permeasse em silencio. –Amor, precisamos conversar.

–Depois Beatriz. –Raramente ele me chama de Beatriz, sinto um formigamento no meu couro cabeludo. O que será que esta acontecendo. Thiago está frio, não me beijou, nem me tocou. Alias, ele não me toca desde o dia em que eu dei uma crise de pânico quando tentamos fazer amor.

–Tudo bem. –Digo. Entro no carro e fico em silencio durante o trajeto. Thiago para em frente a um restaurante.

–Estou com fome, Me acompanha em um jantar.

–Claro. –Meu corpo esta tenso, isso não me cheirava bem, jantar fora para que? Nem vestida apropriadamente eu estou.

Entramos no restaurante e um moço nos acompanhou até uma mesa distante, o restaurante é bastante movimentado, uma musica suave toca ao fundo.

–Gostariam de beber alguma coisa. –O garçom pergunta assim que nos acomodamos.

–Um champagne, o especial, por favor.

–Pode me explicar o que esta acontecendo, não estou entendo porque disso tudo. –Digo assim que o garçom se afasta.

–Não esta acontecendo nada, só preciso conversar com você, e acho que aqui será melhor do que em qualquer outro lugar.

–Serio? Não poderíamos conversar em casa. –Neste instante o garçom volta com o pedido, me calo enquanto ele nos serve. Algo esta errado, completamente errado. O que ele esta querendo. Passa o dia todo sem nem ao menos me olhar, sem trocar nenhuma palavra comigo durante o expediente. Agora me vem com essa de restaurante e champagne?

–Deseja fazer os pedidos agora senhor?

–Não, obrigado.

–Precisando estarei a disposição. –O rapaz se retira e Thiago pega sua taça.

–Vamos brindar. –Agarro a minha sem nenhuma vontade de brindar. Não tinha motivos para isso.

–Brindar? Qual a ocasião? –Digo e dou um grande gole na bebida borbulhante. Sinto algo metálico em minha língua, coloco a mão na boca e discretamente o retiro.

–Beatriz, você aceita se casar comigo? –Ouvindo essas palavras, observo o anel de brilhantes em minhas mãos. Sem palavras. Olho em descrença para Thiago e ele repete a pergunta fazendo com que todos em nossa volta voltasse a sua atenção para mim. –Beatriz, eu te amo, e hoje estou aqui para te pedir que me faça o homem mais feliz do mundo. Aceita se casar comigo?

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