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660 114 14
                                    

_Ângela_

Que tipo de jogo era esse? O juiz não estava vendo as faltas ou só de fazia de cego?

Micaela estava cada vez mais lenta até para fazer uma cesta de três, Henrique não estava com uma cara nada boa e Micaela sempre tentando acalmar ele.

Quando ela caiu no chão, eu quase fui lá se não fosse o diretor me segurando. Ele é outro que não está com uma cara nada boa vendo a filha apanhar de graça sem poder fazer nada.

Quando o treinador da Micaela pediu tempo, Micaela fechou a cara quando ouvia ele falar.

Lá embaixo estava tenso e a torcida percebia isso.

_Micaela_

— Eu não vou ficar no banco — Surto assim que o treinador mandou eu pro banco e colocou outra pessoa pra jogar no meu lugar.

— Não tô pedindo, Micaela. Tô mandando, você vai pro banco — Ele diz rígido.

— Aceita, Mica. Tu não tá nada bem pra jogar e é perigoso tu lá dentro agora — Henrique diz e o time confirmo.

— Eu consigo jogar, caralho — Falo com raiva.

— Ou você fica nesse banco, ou não joga nos próximos jogos — O treinador diz e sai de perto.

Bufo e olho pro Henrique que nega e depois sai correndo para a quadra, sento no banco com uma cara nada boa e coloco a toalha na minha cabeça.

O juiz apita e o quarto tempo volta, Henrique fica no meu lugar dentro da quadra com a bola na mão, ele passa a bola para o menino do lado e depois faz uma cesta de três.

Fico concentrada em cada menino do time adversário, eles estão com a cara fechada e eu sei que lá vem merda.

— Treinador, me coloca de volta — Imploro pro treinador, ele nega e me ignora.

Sinto minha costela latejando, mas nem isso foi capaz de tirar a minha vontade de entrar na quadra de novo.

Fico ali, observando meu time apanhar sem motivo nenhum. Não adiantou nada a torcida gritar que foi falta, o juiz não tá ligando pro nosso time.

— Qual é, treinador? Assim nós vamos perder — Digo quando vejo o cara do time adversário roubar a bola do Henrique.

O treinador me ignora, eu me levanto e tento me acalmar.

— Porra PASSA A BOLA, HENRIQUE — Grito assim que vejo ele levantando uma cotovelada.

Fico andando de um lado pro outro vendo aquilo.

Estamos empatados.

135×135.

Agora é atenção no máximo, meu time estava tenso e o time adversário estava com a cara fechada.

— VAI, HENRIQUE — Grito assim que a bola cai na mão dele, Henrique começa a correr sem deixar outro jogador adversário marcar ele.

Ando de um lado pro outro, o relógio estava em segundos já.

Olho pro Henrique que para no meio da quadra e se posiciona para fazer uma cesta de três.

𝐃𝐨𝐦𝐢𝐧𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐌𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐏𝐫𝐨𝐟𝐞𝐬𝐬𝐨𝐫𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora