Dangerous Connection - Ziam/Ziall

Capítulo 16 - When you know it's love

—NIALL—

Em setembro eu fazia 26 anos de idade e eu nunca liguei muito para aniversário, mas suspeitava que Zayn estava tramando alguma coisa e isso mesmo sem querer me deixava ansioso.

Durante as primeiras semanas do mês, passei quase inteiramente em seu apartamento. Ele realmente gostou dos meus vídeos caseiros com os trigêmeos, eu temi que ele condenasse que os irmãos Devine tivessem uma relação incestuosa, mas talvez tenha sido isso que mais o excitou.

Z só ficava enciumado com minha interação com Josh, era visível que ele sentia algo por mim pelo modo que me tratava nos vídeos. Até eu me surpreendia, eu realmente era insensível, naquela época Josh era apaixonado por mim e eu nem percebia. Eu conseguia ver pois descobri o que era amar, pode parecer precipitado alguém que nunca nem se apaixonou antes dizer isso, mas para isso eu só posso dizer "foda-se".

Dia treze de setembro finalmente chegou e eu acordei de mau humor. Zayn se negou a ter qualquer coisa comigo no dia anterior, dizendo estar muito cansado. Vimos um dos vídeos de mim e dos trigêmeos, assistir aquilo me deu um baita tesão e eu sei que ele também, mas por algum motivo ele não me chupou nem vice-versa, poxa, muita sacanagem. Quer dizer, muita falta de sacanagem.

Primeiro achei que ele estivesse bravo por ver Josh me foder daquele jeito macho alfa só dele no vídeo, mas eu soube que era provocação, pois ele se aconchegou em mim e pediu para eu abraçá-lo de conchinha. Tive que dormir com meu pau cutucando sua bunda... Aquela região sempre foi proibida e ele sempre se esquivava dos meus toques como um gato foge do banho. Eu achei aquilo estranho, mas nada me prepararia para o que me esperava no meu aniversário.

— Alô? — perguntei de mau humor atendendo a ligação que tinha me acordado.

— Tudo bem, senhor Horan? — a voz divertida do Dr. Fernando me despertou na hora. Eu me constrangia quando aquele coroa gato me chamava de senhor, eu só tinha 26!

— Por favor, não me chame de senhor... — resmunguei, Fernando já era um amigo, mesmo ainda sendo meu chefe.

Ele riu, uma risada gostosa. Eu amava o Zayn, mas não estava morto! Nesses momentos eu vejo como eu já havia quase superado o Conner. Era como se com o Z, meu mundo voltasse a ter cor e todos os belos homens que me cercavam também. Não que eu tivesse intensão de trai-lo, na verdade eu não tinha nenhuma vontade de fazer isso.

— Desculpe Niall. Feliz aniversário! — ele desejou. — Sinto muito, mas surgiu um imprevisto e eu terei que mandá-lo para Rathmines.

— Quê!? São quase três horas de viagem! E hoje é meu aniversário, fiz horas extras para ter o dia livre — choraminguei coçando os olhos nervosamente.

— Eu realmente sinto muito, você é nosso melhor perito criminal e nenhum assassino dá folga — ele disse sério, às vezes Fernando me dava uns sermões de pai que, por mais que me irritassem, sempre me colocavam na linha. — Quando eu te contratei lembro de dito como trabalhar com a polícia de Dublin não seria fácil — ele falou decepcionado e isso doeu.

— Desculpa Fernando. Me manda o endereço por mensagem.

— Tudo bem, até mais garoto — ele disse voltando com seu ar divertido.

Eu fiquei chocado, não tendo oportunidade de falar mais nada. Ele me manipulou. Bufei e puxei o edredom com violência e levantei da cama. Ao fazer isso só vi um gatinho miando e voando do edredom, mas caindo de pé.

— Merda, Odin. Eu não te vi aí — me arrependi fazendo um carinho na cabeça do filhote que me olhou irritado por tê-lo acordado.

Odin era o gato de uma vítima de um homicídio que Zayn e eu havíamos solucionado quase três semanas atrás. Ele era ainda filhote, mas já era grande. Era uma raça super rara e cara, que adulta podia chegar a quatorze quilos e um metro de comprimento. O gato devia valer mais de cem mil libras e, como a vítima não tinha família, nós acabamos o adotando e o gato já achava que era dono do lugar. Eu escolhi o nome porque me fazia lembrar o Loki, meu Golden Retriver, eu sempre amei mitologia, mas ao mesmo tempo não tenho coragem de ter outro cachorro.