Capítulo 18 - Fool for you

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Fool for you, fool for you, fool for you!!! Ouçam essa música ao lerem esse capítulo. Sério, essa música foi feita pra esse capítulo – tem mais chances de eu ter feito baseado na música, mas eu não tenho esse tipo de ideia brilhante kk.

Boa leituraaa.

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--ZAYN--

Me remexi inquieto na cadeira de couro do escritório/sala de reunião que estava, o lugar me deixava desconfortável. Principalmente pela mulher à minha frente olhando atentamente pra mim, era uma ruiva de meia idade bonita e elegante.

– Podemos começar agora? Zedd, certo? – ela perguntou e eu assenti em resposta. – Me conta um pouco de você.

Cocei a cabeça, eu usava uma touca preta que pinicava um pouco, mas meu cabelo estava horrível – quer dizer, o que sobrou dele.

– Você deve saber tudo sobre mim, podemos andar logo com isso? – disse esparramando na poltrona e coçando meus olhos atrás das lentes dos óculos.

– De fato eu sei, mas eu quero ouvir de você. Vamos lá, você quer ou não acabar logo com isso? – ela perguntou compreensiva. – Você sabe o que está em jogo, não é?

Respirei fundo e sentei direito na poltrona.

– Desculpe, eu não acordei muito bem hoje – claro, mal consegui dormir. Ela assentiu ainda sorrindo compreensiva e esperando que eu continuasse. – Tenho quinze anos, tenho um irmão gêmeo e ele é a única família que eu tenho, nosso pai era policial e morreu em serviço quando tínhamos sete anos. Nós nos formamos esse ano e eu pretendo cursar medicina em Oxford.

– Sim, parabéns, é um grande feito. Agora, Zedd, por que não falamos da sua mãe.

Fechei os olhos por um segundo e me esforcei para continuar a responder suas perguntas e acabar com aquilo.

– Não tem muito o que falar. Ela nunca foi uma mãe presente, desde criança sempre foi distante. Tudo só piorou quando meu pai morreu, nos mudamos para cá e até nossos doze anos ela viveu conosco, mas mal ficava em casa de qualquer jeito. Depois disso abriu uma firma de advocacia em Manchester e vinha uma vez por mês nos visitar.

– E você e seu irmão ficavam totalmente sozinhos? – ela perguntou séria e imparcial, mas podia perceber seu desconforto pelo jeito que mexia inquietamente na sua caneta.

Era incrível as vantagens que adquiri em ler as pessoas depois de estudar anatomia. No caso da ruiva, por exemplo, a largura da sua pélvis indicava que ela era mãe. E por mais que ela fosse profissional, tinha um fator humano que nunca se deve ignorar.

– Karen Payne ficava de olho na gente, mas sempre nos viramos bem sozinhos. Karen e Trisha eram antigas amigas de faculdade, então a senhora Payne era nossa responsável na ausência dela. Ela sim foi uma mãe pra gente... – disse conseguindo esboçar um sorriso.

Houve um pequeno silencio.

– Zedd, sei que é um assunto delicado, mas eu preciso tocar nele – ela disse.

Respirei fundo, tinha esperanças que ela não fizesse isso.

– Eu não quero falar disso. – pousei as mãos nos meus joelhos e os apertei.

– Zedd, eu sei que é difícil e recente, mas isso é importante, se meu relatório dizer que você não está psicologicamente estável, vocês não vão conseguir emancipação. E eu não quero isso.

Dangerous Connection - Ziam/ZiallOnde histórias criam vida. Descubra agora