Dangerous Connection - Ziam/Ziall

Capítulo 23 - Do not over think

 – O que eu digo? E se me perguntarem algo difícil? Eles acham que eu sou um supergênio isso eu não posso imitar! – disparava surtando.

Acordamos bem tarde naquele começo de setembro, no meu primeiro dia de aula. Meu irmão e eu estávamos no chuveiro, e a ideia era tomar banho, mas eu estava muito ansioso e inseguro, o trabalho caiu totalmente sobre seus ombros.

– Para e respira – mandou atrás de mim ensaboando minha cabeça, fiz o que ele disse e consegui me acalmar um pouco. – Vai dar tudo certo, confie em você mesmo.

– No nosso tempo de escola sempre dependi de você para tudo, eu sou muito burro para um curso difícil como medicina! Acho melhor eu não ir, melhor desistir – disse virando para ele.

– Você tem que se esforçar, tem que dar o máximo que você pode. Você tem suas limitações de raciocino, às vezes parecer um retardado – fiz cara de choro –, mas isso pode ser conquistado com muito trabalho duro! O cérebro é como um musculo e para ficar forte precisa ser trabalhado, certo?

– Certo! – repeti decidido. – Vira – falei e foi minha vez de ensaboar sua cabeça. – E você, como está se sentindo?

Ele suspirou e tive a resposta quase imediatamente. Senti uma insegura e medo vindo dele quase tão intensa quanto a minha.

– Preciso responder? Eu tenho dois pés esquerdos! Cada vez mais sinto que ser policial é o que quero para minha vida, mas não sei se consigo.

– Vou te falar a mesma coisa que você me disse: seu corpo é como seu cérebro, ele também pode ser genial com trabalho duro!

Aquilo nos descontrair e rir.

– Não foi isso que eu disse.

– Assim é mais legal, não enche. – resmunguei e o abracei por trás. – Nós conseguimos.

– Vamos nos atras-. – ouvimos enquanto a porta era aberta, Liam ficou estático nos encarado, maldito box transparente. – fa-falta muito? – gaguejou ainda vidrado na gente.

Eu me afastei do outro para ligar o chuveiro e tirarmos a espuma do shampoo.

– Sim, só vamos nos enxaguar – falei. Esperei que ele saísse do banheiro, mas continuou ali como uma estátua.

– Acho que ele está babando – meu gêmeo sussurrou debochado, o safado ficava se insinuando passando as mãos pelo corpo de forma erótica.

– Lih, pode nos dar licença agora? – pedi despertando meu namorado.

– Ah, desculpa, eu-. Não demorem – se desculpou fechando a porta.

Terminamos rápido e encontramos Liam sentado na sala nos esperando, já arrumado. Não tínhamos muito tempo, iriamos que comer correndo em alguma lanchonete no campus.

– Vamos? – perguntei pra ele.

– Sim, mas antes tenho algo pra você – ele disse tirando uma caixa de um MacBook de algum lugar, meu queixo caiu. – O quê? Achou que ia usar papel e caneta? E nem adianta recusar. – ressaltou quando demorei para aceitar o presente.

– Obrigado – foi só o que consegui dizer enquanto pegava a caixa.

– Agora você só tem que aprender a usá-lo – meu irmão ironizou perto do meu ouvido fazendo eu dar um sorriso amarelo.

Era um completo acéfalo para computadores, não fazia nem ideia de como ligar aquilo, sempre matei as aulas de informáticas e nas avaliações ele fazia no meu lugar. De qualquer jeito era melhor que ter que escrever sempre à mão.