--NIALL--
Cheguei no carro e tentei controlar todas minhas emoções antes de dar partida. Queria mais que tudo matar Styles, por tudo que ele fez os Malik passar, por ter matado meu irmão, e por todas suas outras vítimas. Mas tinha que ser esperto, pensar friamente, só assim eu teria alguma chance de sair vivo dessa.
Liguei o motor e comecei a andar pelas ruas de Dublin, coincidência ou não, a ponte que Harry mandou eu ir era a mesma que semanas atrás Zayn achou que eu iria me matar. A poucos metros de chegar lá o telefone voltou a tocar, olhei no visor e vi que era o Styles. Jurei que se saísse vivo dessa, passaria a sempre olhar quem era antes de atender aquela desgraça.
– Estou chegando – disse rispidamente assim que atendi.
– Ótimo, agora dê meia volta e vai até a rua Endpoint, conhece? Lá tem um galpão abandonado, eu e meu refém estamos nele. – dizendo isso, fez o garoto gritar pedindo ajuda. – Para o bem dele, é melhor você vir sozinho.
Respirei fundo e dei meia volta, olhei para o banco do carona e encarei a arma de fogo do Zayn que peguei escondido. Eu atiraria na minha primeira oportunidade e acabaria de uma vez com isso. A tal rua Endpoint era perto do rio Liffey, mas era bem escondida e só a encontrei com a ajuda do GPS.
Prendi a pistola na parte de trás da minha calça e saí do carro, havia outro carro na frente do lugar, era do Harry. O galpão era um frigorífero desativado, podia ver o logo de um açougue desgastado em uma das paredes da entrada. Entrei cautelosamente, a noite estava particularmente escura e não ter nenhuma luz ligada no galpão deixava tudo ainda mais sinistro. Se não tivesse com uma pequena lanterna em mãos, mal poderia ver onde pisava. Deparei-me com um grande espaço aparentemente vazio e bem cuidado, quando percebi que o aspecto de abandonado do lado de fora era só fachada, me arrepiei todo. Aquele lugar era usado para o que exatamente?
Como se lesse minha mente, a escuridão se pronunciou:
– É aqui que trago minhas vítimas em Dublin, mas não tema, você não vai morrer aqui.
Por um segundo me desesperei e girei os tornozelos 360 graus, iluminando todos os cantos com a luz da lanterna tentando encontrá-lo. Repentinamente luzes fortes iluminaram tudo a minha volta, me obrigando a fechar os olhos por um instante.
Quando me acostumei com a claridade, foi fácil encontrá-lo. Harry estava sentando em uma cadeira, diante de uma mesa pequena, e nela havia um tabuleiro de xadrez. As peças estavam jogadas sobre a mesa. Ele me fitava intensamente com um ar risonha e ansioso, nada do que eu esperava. A sensação que tive era que ele seguia meus passos mesmo na escuridão total, como se visse no escuro.
– Se você soubesse quanto esperei por esse momento, Niall – pensei em pegar a arma, mas desisti quando o vi erguer sua mão direita que empunha uma pistola e apontar para o lado, haviam mais duas cadeiras ao redor da mesa, o refém estava amarrado com as mãos para trás e com um saco preto cobrindo a cabeça na cadeira na lateral. – Vem, Niall, senta aqui – disse apontando para a cadeira livre.
– Ele está bem...? – perguntei, preocupado pelo refém não estar se mexendo. Harry cutucou a cabeça dele com o cano da arma, fazendo o refém se desesperar e começar a se contorcer e resmungar, devia estar amordaçado ou algo assim por baixo do saco. – Tudo vai ficar bem garoto, eu vou te tirar daqui.
Ele virou a cabeça para meu lado e resmungou e se contorceu ainda mais. Sentei defronte à Styles que sorriu satisfeito, fez menção de abaixar a arma, mas parou.
– A arma que você tem nas suas costas, me dê – pediu estendendo a outra mão pra mim.
Eu analisei sua feição por alguns segundos, suspirei e lhe entreguei a arma. Não perdi meu tempo pensando como ele sabia, claro que não ia ser tão fácil.
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Dangerous Connection - Ziam/Ziall
Mystery / ThrillerZedd e Zayn Malik são gêmeos idênticos com uma conexão intensa. Às vésperas de completarem quinze anos, uma simples troca de ponto de vista transformará essa relação em algo totalmente novo e perigoso. Zayn enfrentará mudanças em seu mundo até...