Dangerous Connection - Ziam/Ziall

Capítulo 2 - I love you, Bro

--ZAYN--

– Okay mamãe... – ouvi a voz idêntica a minha e por um segundo achei que era um sonho. – Mas é nosso aniversario de quinze! Você não pode vir para casa nem ao menos hoje? – a voz disse novamente, e eu começava a ter consciência de que não era sonho.

Abri meus olhos lentamente e vi meu gêmeo sentado na cama, ele estava com seus óculos e mantinha o celular no ouvido.

– Eu estou muito ocupada. Você sabe que se não fosse meu trabalho vocês não dariam festa nenhuma e não teriam a vida boa que vocês têm. Bom, tenho que ir. Te amo, beijo Zayn. – ouvi baixinho a voz de Trisha do outro lado da linha.

– Mamãe, eu sou o-. – Meu irmão começou, mas ouvimos o clique da ligação sendo encerrada. – Zedd... Eu sou o Zedd. – ele disse suspirando, não conseguia ver muito bem seu rosto, por não estar com minhas lentes, mas sabia que ele estava triste.

Rapidamente também me sentei na cama e abracei forte suas costas.

– Então a Trisha não vem de novo? – Ao contrário do Zedd, eu não tinha um pingo de vontade de chamar aquela mulher de mãe.

– Sim, trabalhando como sempre. Achou que eu era você, ela nunca sabe a diferença... Pelo menos ela deveria saber – lamentou e dava para ver que ele estava terrivelmente magoado, Zedd sempre foi o mais carente e sentia mais falta da nossa mãe.

O apertei ainda mais, começando a sentir o gosto amargo na boca quando a tristeza estampava em seu rosto, isso me incomodava mais do que eu poderia demonstrar.

– Nossas vozes são idênticas Zedd! Por telefone ninguém vê a diferença – disse tentando confortá-lo.

– É, deve ser isso. Mas ela não mandou beijo para o "Zedd", só para você. Ela deve ter esquecido que eu existo.

Suspirei cansado me afastando dele. Segurei seus ombros e o fiz ficar de frente pra mim.

– Nós sabemos há muito tempo que ela não quer estar conosco – voltei a me aproximar dele e ficamos com os rostos a centímetros de distância um do outro. – Zedd você tem a mim e eu tenho você e é só isso que importa pra mim. Esse é nosso dia! Só nosso! Não deixa ela estragar isso.

Ele ainda estava desanimado, então comecei a fazer caretas para anima-lo, primeiro abriu um sorriso mínimo, mas foi evoluindo até ele dar uma risada fraca.

– Você venceu! Para de ser ridículo! – se rendeu, rindo mais abertamente. Ele me abraçou forte e jogou seu peso contra meu corpo, nos fazendo cair deitados na cama.

Aquilo não demorou para se transformar numa lutinha que costumávamos fazer quando crianças, eu sempre vencia porque tinha mais prática em usar minha força do que ele. Em pouco tempo já tinha conseguido imobiliza-lo na cama: eu prendia seus pulsos acima da sua cabeça enquanto estava sentado em seu quadril. Nós dois estávamos um pouco sem fôlego e eu via o seu peito subir e descer rápido, nós estávamos somente de cueca, a minha era listrada com vermelho e branco e a dele era uma verde ridícula com estampa de sapinhos.

Ele tentou se soltar e consequentemente aconteceu um atrito entre sua pélvis e minha bunda e aos poucos eu começava a sentir Zedd ficar excitado.

– Para de se debater! Você só quer se esfregar em mim! – acusei soltando suas mãos.

Ele ergueu uma das sobrancelhas parando com sua encenação e abrindo um sorriso malicioso.

– Culpado... – ele murmurou circulando minha cintura com seus braços, ele levantou seu tronco me deixando praticamente sentado em seu colo – A gente vai continuar aquilo de ontem? – ele tentou me beijar, mas me esquivei de sua boca.