Capítulo 3 - Frist date

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--NIALL--

Acho que nunca tinha sentido aquilo até então... Esse maldito frio na barriga.

Estava indo para o pub Cortez. Já eram 22:43 e eu quase não tinha dormindo de tanta ansiedade. Passei horas no salão de beleza e como valeu a pena mudar. Eu nasci para ser loiro, até Denise não conseguiu encontrar palavras para depreciar meu novo visual – se tratando dela, significava muito.

Conversava no celular com um amigo, tinha lhe mandando uma foto do meu novo cabelo e ele estava em frenesi. Eu ria da sua reação quando vi uma figura conhecida na calçada conversando com uma senhora de meia idade.

– Joshua tenho que desligar... Tchau, depois te ligo – desliguei na cara dele e fui até a janela do táxi – ZAYN! – gritei, mas ele não me ouviu. – Moço pode parar, vou descer aqui – joguei o dinheiro para ele de qualquer jeito e praticamente pulei do táxi.

Estávamos há poucos metros do pub, mas Malik estava indo para o lado contrário.

– Ei, vadia sebosa, sabe onde fica o pub-... – ele tentou falar em irlandês, a senhora lhe deu uma bela bolsada e saiu ofendida. – O que eu disse de errado? Eu só queria uma informação!

Comecei a gargalhar alto em suas costas, ele se assustou e se virou imediatamente para mim.

– Cara, você chamou a mulher de "vadia sebosa"! – disse me aproximando dele.

Ele ficou estático encarando meu cabelo, o que intimamente me deixou muito satisfeito. Eu não era muito preocupado em agradar as pessoas, mas por mais que fosse difícil de admitir, minha maior preocupação naquela noite era impressiona-lo.

– Wow! – ele exclama despertando. – Niall, não é? Você não tinha cabelos pretos, você está... – ele abriu a boca várias vezes, mas nada saia.

– Gostoso? – sugeri sorrindo de lado passando de leve nos meus dedos nos fios loiros arrepiados.

A cabelereira havia cortado baixo nas laterais e em cima tinha só repicado, a raiz era um loiro escuro e as pontas eram loiro platinado. Eu tinha feito um topete bagunçado a base de laque.

– Er... Eu ia dizer loiro – ele disse desviando os olhos. – Mas você está bonito sim... Escuta, você não fez isso por que eu disse-. – parou constrangido. – Esquece, eu chamei aquela mulher de vadia sebosa? Eu jurava que era "senhora idosa".

Eu ri novamente e assenti.

– Eu te vi no táxi, você está indo para o lado errado. O pub é para lá – apontei o dedão para minhas costas. Quanto tempo você está na Irlanda?

– Seis semanas, o idioma de vocês é difícil. Ainda bem que muitos falam inglês.

– Até que você está indo bem – começamos a andar na direção certa daquela vez. – Você também está uma delic-muito elegante. – me corrigi, mas o vi sorrir de lado. – Vai morar por aqui?

– Sim, por enquanto – vi tristeza em seu rosto, mas ela sumiu rápido. – Se importa se eu fumar? – perguntou já pegando de seu sobretudo preto uma cartela de cigarros e um isqueiro.

Balancei a cabeça negativamente em resposta. Acendeu o cigarro, tragou e tossiu levemente, estranhei, tive a impressão que o ato de fumar lhe dava mais desgosto do que prazer.

Conversamos mais sobre o autor do assassinato que fotografei e quando chegamos na entrada do pub ele jogou bituca de cigarro no chão.

– Então, a loira já está aqui? – perguntei receoso quando finalmente entramos no pub lotado e ele começou a vasculhava o lugar com o olhar.

Dangerous Connection - Ziam/ZiallOnde histórias criam vida. Descubra agora