Capítulo 18 - Louis Tomlinson part 5

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--Narrador--

Se existia uma cidade perfeita para se visitar no natal, especialmente em 2011, era Dublin. Prédios, parques, casas, tudo decorado com luzes e enfeites natalinos, a fraca neve que caía na tarde de natal deixava o dia ainda mais especial, mais mágico. Até porque neve em Dublin era algo atípico.

Haviam alguns carros parados na frente de um prédio modesto, mas um deles tinha algo a mais, não por ser um Tracker modelo 2008, mas sim por estar com dois ocupantes. Os vidros eram fumê, o que lhes davam certa tranquilidade, em sua vigília.

Um deles era um homem na casa dos quarenta, tinha olhos negros, cabelos curtos, um bigode cheio e uma cicatriz na bochecha. Já o outro homem no banco do carona era mais jovem, tinha cabelos negros, olhos azuis e barba por fazer.

— Você tem certeza de que é aqui que eles estão morando agora? — o mais jovem questionou coçando a maxilar de forma impaciente.

— Eu tenho certeza — falou o outro ainda concentrado no prédio, quando resolveu olhar o carona, ficou horrorizado com o que viu. — O que você pensa que está fazendo, Conner!? — Antes que pudesse tomar qualquer atitude, um disparo aceitou o meio de sua testa, fazendo sangue ser espirrado na sua janela.

O homem de olhos azuis o olhou sem expressão, mas depois suspirou e olhou para sua mão que segurava uma pistola com um silenciador comprido.

— O que você fez, Âmber!? — gritou para si mesmo, soltando a pistola no painel do carro e tapando a boca.

Ele parecia realmente chocado e enojado por ver o corpo sem vida do homem, mas isso passou rápido. No segundo seguinte, Conner já não tinha mais expressão alguma no rosto, seus olhos azuis até tinham um brilho diferente, algo sem vida.

— Ele não era mais útil — respondeu simplesmente ligando o player de CD bem baixinho, sorrindo quando um jazz clássico começou a tocar. — Pelo menos tinha bom gosto.

As horas não demoraram a passar e depois de quase duas horas, a aproximação de uma Mercedes fez Conner desligar o aparelho. O carro parou na vaga atrás da sua, a primeira a sair do carro foi uma mulher loira.

Ele rangeu os dentes ao reconhecê-la e voltou a pegar sua pistola.

Denise foi rápido até o banco de trás e em menos de cinco minutos já tinha no colo um garotinho de um ano de idade. Ele estava tão bem agasalhado que só seus grandes olhos azuis de bolinha de gude eram visíveis.

— Theo... — Conner murmurou soltando novamente a pistola. — Como ele cresceu... — seu tom agora era comovido. — Não seja tão mulherzinha! — resmungou para si mesmo, mudando sua expressão totalmente. — Pelo menos sabemos que é realmente aqui que o Niall está morando com aquele escroto — finalizou com seu tique nervoso de movimentar a cabeça de forma estranha.

Denise, Greg e Theo adentraram rápido no prédio. A noite chegou logo depois, a neve caía com mais abundância, fazendo a temperatura diminuir ainda mais.

A impaciência de Conner chegou ao limite quando seu relógio marcou nove horas da noite, ele tinha decidido esperar Denise e sua família irem embora, mas essa ideia já não lhe agradava tanto. Todos deviam estar felizes e curtindo o natal, enquanto ele estava no relento dentro do carro.

Havia conseguido liberdade provisória havia pouco tempo, mas teve tempo suficiente na prisão para pensar em sua vingança. Foi difícil conseguir voltar para a Irlanda, mas o que o dinheiro não compra? Conner vinha de uma família rica, os Briler, donos de uma grande rede de hospitais particulares. Quando chegou na Irlanda para fugir da polícia de Nova York, teve que tomar cuidado para não dar na vista e sair por aí esbanjado seu dinheiro, mas trabalhar em um dos hospitais de sua família – o Memorial Briler – era o disfarce perfeito, perfeito porque ninguém poderia imaginar que ele teria uma ideia tão arriscada e idiota.

Dangerous Connection - Ziam/ZiallOnde histórias criam vida. Descubra agora