Eu sabia quem eu seria,
mas a menina que vigia
o meu olhar alheio,
atrás de porcos, vagueio.
Incendeio, os cabelos vermelhos
da menina da rua.A menina, a menina bonita,
disse que queria,
eu vi quando ela subia
as escadas onde eu bebia
dizendo que queria,
eu sabia, morria.A menina dos cachos vermelhos
se mudou para abaixo,
do meu apartamento,
a menina bonita disse que será,
ela acha que pode estar
comigo e me bastar,
coitada da menina bonita.Ela acha que eu e ela,
podemos ser mais que aquarela,
balela, eu e ela, não seremos.
Eu serei sempre só.Menina dos cachos vermelhos,
chorava, dizia que amava,
coitada, menina, não chora.
Um dia a aurora, vem sem demora,
leva-me, leva-te, juntos, mas não, não agora.
Talvez em outra hora, época ou estação.- William Philippe. 20.07.15
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Victoriam
PoetryÀ poesia da morte. Fadado ao fracasso, sou um ser flagelado. Composto de poemas, pessimistas misturados.