Mortais da dor.

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Soluçarei as primeiras palavras:
o que dói é eterno e invencível,
percorre em mim por entre as aspas.
Um escuro seco, o fim insensível.

Término que há tempo está presente,
transferível por eras,
ecoa desde o ventre
e minh'alma, tu, sórdida, fizeras.

Desisto da negação,
entre linhas, vossas emoções afloram.
Entre versos, rendo-me à vocação.
Entre letras, são os olhos que choram.

Sem a obrigação de rimar,
inexistente a vontade de seguir.
Rimo substantivos como ar
com o dia a dia de, de ti, desistir.

Tudo isso por poucas horas,
tudo por mero esmero,
entretanto tu sagras.
Morte nossa, a dois, espero.

- William Philippe 01 - 06.15

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