Norma culta.

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Tu entendes quando digo que não é real?
É tudo um pouco sem sal, meio acinzentado.
Tudo é farsa, realmente, eu confesso,
do mesmo jeito que no meio do verso, está a rima.

É muito rebuscado para não haver paixão,
não digo nada, enrolo, procrastino...
É poesia, não? Atrevo-me.
O poema ficou mais íntimo, com esta fonte.

Isto não é poesia, revolto-me.
Eu quero fazer poema, quero ser bom.
Procuro pelo esquema, contorno-me
achando que o outono, inspirar-me-á.

São facetas de vida, ébrio
passei sozinho a existência.
Estou em meu décimo sexo ano, sério?
Juro. E, tão cedo, encaro a penitência.

Penso que se, um dia, traduzirem
este poema, coitados... Difícil
será corretamente conseguirem
replanejar estas frases. Maldoso.

Mas Bukowski disse que ela tinha um belo rabo.
E que ele trouxe a furadeira. Ops! Buscou.
Eu quero falar rabo, é tão imundo.
É tão bukowskiano, ele e seu mundo
ébrio.

Qual era o melhor cigarro?

- William Philippe 14.10.15

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