Preto do ventre.

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Caso tivermos sorte
partiremos sós.
Sós um do outro,
sem esperanças de retorno.

Caminhando contra o mar,
acima de qualquer coisa que ouse parar
a busca incessante pelo erro.
Sem esperanças de retorno.

Pelo que vejo em volta
em nada há valor.
Feitos de isopor.
Fetos feitos para o horror.

No odor, no horror do amor
faz-se vida sem louvor.
Louvem-me, digam-me que sou...

Sempre que tenho medo
corro para o escuro.
Consigo preencher tudo que não vejo,
assim sou o único ser,
único habitante do caos.

Sem esperanças de retorno.

- William Philippe 18.09.15

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