Branco, vermelho ou cinza.

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Isolado, afoitado, encurralado,
vejo o horizonte pela janela,
já caminhei à noite na viela
mas trancaram-me em um buraco.

As luzes que refletem no asfalto
contam-me os prazeres da vida.
Apreendido no fim do ralo
e à condição que me finda.

Alheio a qualquer caminho de luminescência,
infiltro-me a pedido do diabo.
Até em estado de ausência
percebo, ao fracasso estou fadado.

Aliviado do entrelaço,
do embaraço de estar.
O branco queimando o maço
e a pele branca a escapar.

Acabando com a existência,
o fim em fumaça me atrai.
Um dia em abstinência
e qualquer sanidade se esvai.

Dos pelos ruivos e ácidos,
os jovens perdidos no escuro.
Quero fazer parte do bagaço,
desejo estragar o meu futuro.

- William Philippe 06.09.15

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