Era uma dor bela, mas flácida,
esparramava-se por todo canto.
Os ladrilhos refletiam a face,
do sentimento mais puro que santo.Era febril resistir aos dias,
à passagem do tempo.
Será que mentirias?
Não tive coragem, lamento.E o mundo colorido morria,
amarguras já se tornaram comuns.
Na era de pão e água em que eu vivia
tudo que eu desejava era um copo de rum.Tu encontravas-te distante,
ausente, em outro sonho, encarnação.
Era uma condição angustiante
não poder usar palavras do coração.O sangue, em gotículas, caía dos olhos.
As lágrimas, flamejantes, corriam nas veias.
O odor, afrodisíaco, exalava pelos poros.
Tua carne, branca, caía pelas ladeiras.Fuzilas-me, enquanto não percebes
que o pó de aurora que foi ignorado
fizera parte desse amor que não queres.
Tudo, feito de rubis, fora destroçado.- William Philippe - 10.09.15
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Victoriam
شِعرÀ poesia da morte. Fadado ao fracasso, sou um ser flagelado. Composto de poemas, pessimistas misturados.