Métrica ou Carne branca.

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A métrica está errada,
mas a poesia é alma.
Fagulha incandescente
onde há suspiros inconscientes.

O que o perdoou do insulto,
a música que tocou o luto.
O furo de reportagem aberto,
ninguém para ninguém no inverno.

- Salditas! Vocês morrerão!
Quem são sauditas? Quem vai morrer?
Saudita é com U,
ou você não sabe escrever?

Ah! Se o correto morasse perto,
se eu soubesse rimar parnasianamente.
Meu corpo, minh'alma
vela acesa, chama ardente.

Fadado ao fracasso,
repito poema e verso.
Achando que pelo horário
ela já teria quebrado o verbo.

Sua pele branca
entre copos virados.
Eu quero seu corpo
ardendo no inferno.

Eu desejo tudo do sangue,
a alma quente me embriaga.
Eu quero ser o assassino do amante,
corroer seu corpo pela madrugada.

Eu falo errado, rimo certo?
Quero um dia seu perdão.
Deus, perdoe-me,
não me permita ser em vão.

A métrica é certa!
Eu digo que está certo!
Nome antes de pronome!
Ou o contrário?
Sou eu quem faço o verso.

Cala-te.

- William Philippe. 18.08.15

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