Branco opaco.

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No poema mais inacreditável,
eu ponho-me como o réu
do teu julgamento inadiável,
o qual me tirará do céu.

Dos teus lábios impossíveis.
Quero mais do que teus vinhos,
pois são os teus inacessíveis
que fazem os meus breves caminhos.

Mas são tão breves que caio em loucura,
e peço perdão por cada ato
que esta minha incompreensível usura
faz-me duvidar do fato.

O fato de que o para sempre existe
e que eu não te mereço,
e mesmo que eu aviste
qualquer que seja o endereço
eu sinto que não conseguirei chegar lá!

E este texto é um grito, um brado!
E tu que leste de modo calmo, relê,
pois não absorveste o meu real estado,
e depois de reler, vê
que a minha sentença é a má.    

- William Philippe 14.08.16

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