Poemas à Morte - 9

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Evadimos da nossa fronteira
às chamas que cessam aos poucos.
Dos que interveem por autoridade
aos que se calam por compaixão.

Então, estes últimos dias devem
ser apreciados com cautela.
Estamos namorados por rupturas
sempre vistas da janela.

Nestes povos há a supremacia
da necessidade de migrar.
Devemos ter a consciência
de que não pertencemos a este lugar.

As leis foram abolidas,
e a liberdade não é moeda.
Não se pode negociar
o que te tira da inércia.

Não estamos contra ninguém,
não existe penitência.
Não há ameaça escondida,
eliminou-se o medo e
qualquer ameaça à sobrevivência.

Então não somos humanos,
estamos no ápice.
Evoluímos o suficiente para
encontrar o que tanto desejávamos...

E os teus cabelos negros
me dizem com cuidado,
que o meu cativeiro
foi moldado com sentimentos pisados.

William Philippe - 30.01.16

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