Os anjos não estarão conosco.

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Quando chegarmos ao fim
entre a tênue linha da distância,
tu voarás por mim?
Submersos à insignificância.

Quando os anjos partirem
e os sonhos parecerem obsoletos,
onde as paixões se despedirem,
me carregarás em teu peito?

Vejamos bem, por toda a eternidade,
no tempo que dura um instante
manteremos a fraternidade.

Por todo o breu do céu,
na claridão da tempestade,
porás término ao véu,
seremos donos da cidade.

O que por hora parece simples
fará com que eternos sejamos
juntos, tenho certeza que mentiste
embora, que, ao fim, não nos segregamos.

É um desolador tormento,
o fim inscrito em nosso peito,
por possuirmos sangue impuro
não seremos dignos do feito.

Corrosivos sobreviveremos,
as nossas vitórias são evasivas,
o que quer que reinemos,
viverá em eras destrutivas.

- William Philippe 20.05.15

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