Paixão sem limites

Capitulo XVI

Gabriel
Deitei-me aquela noite para dormir,mas não conseguia,já passavam das duas da madrugada e dentro de poucas horas eu teria que me levantar ,mas o sono teimava em não vir.
Eu estava sentindo uma forte dor no peito,além de tremores por todo o corpo,minha garganta parecia estar se fechando e o braço direito parecia estar dormente.
-Oh Meu Deus,será que eu estava infartando. Por favor não, não agora que eu me sentia homem de novo.
Cai da cama e por mais que eu tentasse não conseguia me mover direito,a sensação de dor e aperto no peito persistiam,mas eu não conseguia falar ou me debater para chamar a atenção de Norma.
Eu estava morrendo,eu só podia estar morrendo.
Vi Norma levantar-se as pressas e ir rumo a cozinha, voltando em poucos instantes com uma garrafa de água em uma mão, e meu remédio em outra,sentou-se ao meu lado e enfiou um comprimido na minha boca,seguido de um gole de água que escorreu por entre meus lábios .
-Você já consegue respirar- ela indagou- Esta se sentindo bem?
Aquele remédio era mesmo milagroso,aos poucos a dor no peito diminuía e eu já conseguia mover minhas mãos.
-Estou bem!-afirmei tranquilizando-a.
- Por que não foi a cozinha tomar o seu remédio-
-Eu não conseguia me mover.
Ela ajudou-me a deitar e acomodou-se ao meu lado.
-Melhor você ir ver o doutor Mascarenhas amanhã.
-Eu tenho que trabalhar Norma.
- Vá depois do trabalho, peça pra sair mais cedo.
-Eu estou prestes a ser promovido Norma,eu não posso demonstrar instabilidade.
-Se você morrer de nada vai lhe adiantar essa promoção.
-Ok Norma,eu vou- falei apenas para convencê-la a me deixar em paz,virei-me de costas e fingi ter pego no sono.