Capitulo LVIII

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Otávio

Eu a observava dormir e pensava na maneira como chegamos até ali. Há poucas semanas atrás, éramos somente amigos e ela sofria por outro homem,agora estávamos noivos e eu tinha certeza que ela me amava.
Tudo isso parecia tão rápido,tão precoce! Mas,só eu sei,o quanto foi difícil fazê-la enxergar que eu era o homem certo pra ela. No fundo,eu sempre tive certeza que o meu sentimento por ela era reciproco,mas ela tinha tanto medo,que não se permitia enxergar isso.
Nós íamos nos casar e eu queria que isso também fosse o mais rápido possível.
Eu ainda tinha medo que o tal, Gabriel, voltasse a se aproximar dela.
Eu já o tinha visto algumas vezes no consultório,quando ele ia visitá-la, e eu ficava torcendo pra que aquela história não fosse adiante.
Eu a observava sair radiante do consultório para encontrá-lo e voltar algumas horas depois murcha,apagada. E eu pensava" Será que ela não nota que esse cara só a faz mal?"
Eu queria intervir de algum modo,mas eu não sabia como,então eu o vi afastar-se e ela minguar,perder peso,chorar pelos cantos. Eu observei seu sofrimento por dois meses como um espectador, sem saber o que falar,sem saber como agir.
Até ela me aparecer no consultório num lindo vestido,de saltos altíssimos e uma atitude completamente diferente da que eu vinha acompanhando. Eu sabia que ela ainda estava dilacerada por dentro. Eu a conhecia bem demais,pra não enxergar a magoa em seus olhos, mas foi ali que eu vi a minha chance de fazê-la perceber o que sempre esteve em seu coração, que eu era o homem certo pra ela. E ali estávamos nós.
Ela mexeu-se na cama,aninhando-se a mim e eu contemplava seu corpo pequeno de curvas perfeitas,completamente nu.
Ela era linda!
Eu jamais me cansaria de olhar pra ela,de deseja-la,de sentir seu corpo e provocar seu riso. Por que eu amava o seu riso e amava ainda mais o fato dela só rir solto,quando estava comigo. Aquilo era um pensamento egoísta. Mas ,o que me animava nele não era o fato dela só ser feliz comigo,até porque eu queria mudar isso,queria vê-la feliz em sua plenitude. O que me animava era que eu conseguia deixá-la leve,bem,livre e solta.

Eu encarei seu espartilho no chão do quarto.
Nossa! Como ela tinha ficado sexy com ele! Aliás de onde ela tirou aquela peça?
Eu quase infartei quando a vi,meu membro parecia querer saltar de dentro da calça. Era a visão mais sensual e arrebatadora que eu tive dela na vida!
Nota mental: presenteá-la com um monte de espartilhos.

Ela voltou a mover-se e estava acordando! Abriu,vagamente, os olhos me encarando.
Linda ao dormir,linda ao acordar.
-Oi Linda!
-Que horas são? -sua voz era preguiçosa.
-Ainda não amanheceu.
-E por que você esta acordado?
-Gosto de te ver dormir. -beijei sua testa,aninhando-a ao meu corpo- Vamos dormir.
-Vamos- ela beijou o meu queixo e fungou no meu pescoço- Você cheira bem,Doutor Otávio.
-Você também,Isabela!

Gabriel

Eu estava deitado na cama com Isabel ao meu lado,com uma estranha sensação de vazio. Seus cabelos estavam espalhados no meu peito e aquilo me causava um estranho desconforto.
Aquela mulher não conseguia fazer com que eu esquecesse sua irmã. Por mais que nós fossemos parecidos a presença dela mais me incomodava do que cativava.
Levantei e fui para a cozinha tomar um copo de leite o observei pela janela os fundos de sua casa,pensando em como a mãe dela podia ser tão idiota ,a ponto de acreditar que ela esta trabalhando a noite,cuidando de um idoso.
Talvez,não houvesse mesmo porque ela desconfiar,Isabel saia a noite e voltava para casa pela manhã com o dinheiro do "serviço". Se ela imaginasse qual era o serviço da filha
,morria de desgosto.
Voltei para a cama e deitei ao seu lado,ela estava acordada.
-Não esta um pouco tarde para leite?
-Como sabe que eu tomei leite?
-O cheiro.
-Sei! Sua mãe não falou do seus cabelos?
-Ela quase surtou ,mas o pastor da nossa igreja disse que não há problema em se ter um pouco de vaidade.
-Você ficou muito sexy,loura.
-Obrigada!
-E como estão as coisas com o doutor Lomanto?
-Indo! Ele quer me dar um apartamento. Eu disse a ele que prefiro uma poupança.
-Uau! O velhote esta gamado!
-Nem tanto! Ele só é bem generoso e paga bem pelo serviço.
-E porque você prefere uma poupança ao invés de um imóvel.
-Porque assim eu mesma posso comprar o apartamento de em meu nome e expandir os negócios.
-Expandir os negócios?
-Exatamente!
-Isso quer dizer. ..
-Atender outros homens. Você bem poderia me ajudar.
-Como? Você acha que eu posso convencer o Lomanto ?
-Lomanto já esta mais do que convencido. O que eu quero de você é que me consiga novos clientes.
-Safada.
-Como diretor executivo, eu imagino que você conhece muitos homens influentes.
-Sim! Mas isso poderia me comprometer na minha carreira.
-Absolutamente! Eu só preciso que você me leve a algumas festas,me apresente alguns velhotes safados como o Lomanto e eu cuido do resto.
-Parece arriscado.
-Eu dividiria os lucros com você.
-Você esta me propondo que eu seja o seu cafetão!?
-Por que não?
-Isso parece muito sexy!-deitei sobre ela erguendo sua camisola e afastando suas pernas,aquela conversa me deixou excitado,tirei meu membro da bermuda e penetrei-a.
Que reviravolta!

Paixão sem limitesOnde histórias criam vida. Descubra agora