Paixão sem limites

Capitulo extra parte II

Estou de volta queridos leitores. Sei que não agrado muito. Na concepção de vocês eu sou a puxa-saco que sempre ficou do lado da mãe carrasca e a putona que transou com o homem da irmã . Bem! Considerando o fato de que eles não estavam mais juntos quando comecei a me envolver com Gabriel. Vocês não deviam me odiar por isso. Mas odeiam,eu sei.
Retomando de onde parei. Imagino que eu ter reatado com o Fernando não disse muita coisa a vocês e eu entendo. Afinal essa aqui não é a história da minha vida. É a história da vida da minha irmã,eu sou apenas uma personagem secundária. Mas,aquilo mexeu comigo profundamente. Não só pelo mal que eu tinha feito ao Nando,mas por tudo o que eu já tinha feito a Isabela!
Como eu dizia,depois de ter reatado com Fernando e passado aquela maravilhosa noite,regada a sexo selvagem ,eu ainda não estava bem.
Fernando dormia tranquilamente ao meu lado,roncando,mas eu não me importava com o ronco,ali estava um homem que me amava. Eu pensei em Isabela!
Se eu que tinha aprontado,feito e acontecido,mereci uma segunda chance! Por que minha irmã que era uma pessoa tão doce e meiga,que jamais tinha feito mal a uma mosca, tinha que sofrer por simples capricho de um maldito cretino que virou a sua vida de cabeça pra baixo?
Eu sentia um remorso indescritível! Eu sentia que tinha que procurar Isabela e desfazer aquela rusga que sempre existiu entre nós e além disso contar-lhe a verdade sobre Gabriel.
Levantei-me da cama e fui até a cozinha. Me servi de uma xícara de café e sentei-me a frente do balcão da cozinha americana para pensar.
-O que faz sozinha no escuro?- Fernando me assustou- Ia fugir de mim?
-Só vim tomar um café e pensar um pouco.
-Pensar em quê? -ele aproximou-se e se pôs dentro das minhas pernas que estavam dobradas no banco,seu membro já rijo roçou minha calcinha e por um momento eu esqueci Isabela- Pensando em que?-ele reiterou a pergunta
-Na Isabela- respondi,esquecendo a excitação- Eu preciso conversar com ela.
-Sobre?-ele perguntou roçando os lábios nos meus
-Preciso corrigir uns erros.
-Vamos procurá-la pela manhã e vocês conversam.
-Sim -respondi baixinho percebendo que seu membro já estava livre da cueca e já me invadia sem pudor.

Levantei cedo da cama,pensei em ir em casa,mas achei melhor ir primeiro a casa da Isabela antes que ela saísse para o trabalho. Consegui o endereço com Isadora pelo Whatsapp e a própria me alertou que nossa mãe estava uma fera comigo,me amaldiçoando de todas as maneiras possíveis. Não me importei! Me acertaria com ela depois.
Nando já estava na garagem tirando o carro para me levar até minha irmã. Ele também tinha me conseguido um par de sapatilhas e um vestido floral que fora de sua mãe, já que as minhas roupas ele mesmo havia destruído a noite.
-Você ficou linda nessas roupas.
-Obrigada!
-o que você tem pra tratar com a Isabela?
-Coisas de irmãs!
- Você não vai mais ver aquele teu vizinho e aquele ricaço,entendeu Bel?
-Claro que não,amor!
-Eu posso ter perdoado você,posso parecer trouxa,mas eu não sou.
-Eu sei,Nando! Eu é que fui uma trouxa. Você é um homem maravilhoso!
Ele beijou-me e deu a partida no carro.

Era estranho mas eu me sentia nervosa por estar indo falar com minha irmã. Eu sabia que teria que ser muito cautelosa.

Chegamos a entrada do condomínio e fui informada pelo porteiro que minha irmã estava internada,o que me causou certa apreensão. Seguimos para a casa dela e topamos com o meu cunhado no portão de casa.
-Você?! -ele estranhou me ver- Achei que fosse a Isadora.
-O que houve com a Isabela? O porteiro me disse que ela esta internada.
-Ela teve um princípio de aborto. Mas esta tudo bem! Ela esta no hospital em observação.
-E o bebe?-era verdadeiramente estranho que eu me preocupasse com o bem-estar de Isabela e seu filho. Talvez eu estivesse mudando.-Meu sobrinho está bem,não é?
-Sim,está! -eu percebia pelo modo como ele falava,que havia algo que ele não estava me contando,mas quem poderia culpá-lo?- Acho que não vai dar pra você falar com ela,a menos que queira visitá-la no hospital.
-Sim,eu quero! Em que hospital ela está?
A expressão dele foi da mais completa perplexidade e eu não entendi porquê era tão chocante que eu quisesse visitar a minha irmã enferma.
- Eu vou tomar um banho e preparar umas coisas pra levar pra Bela no hospital, se vocês puderem esperar. Nós vamos juntos!
-Eu preciso ir trabalhar.-Fernando avisou- Você pode ir com o seu cunhado e outra hora eu a vejo,infelizmente hoje eu não posso esperar.
-Tudo bem

Otávio

Eu realmente estava achando muito esquisito aquele súbito interesse de Isabel pela irmã. Por um lado eu queria não ter que leva-la ao hospital, por outro eu acreditava que a presença de um membro da família faria bem a Isabela. E eu estava tão desesperado, que estava quase pedindo a Isabel pra interceder por mim.
Eu guiava o carro e o silencio era desconfortante
-Eu imagino que ela não vai ficar muito feliz em me ver.- Isabel quebrou o silêncio.
-Não se preocupe com isso. Na lista do menos preferidos dela eu estou ganhando de lavada.
Ela me lançou um olhar inquisitivo e eu prontamente me arrependi de ter dito aquilo.
-Meio difícil acreditar nisso! Ela é tão apaixonada por você.
-Ela está muito brava comigo.
-Por que?
Eu não queria entrar num a assunto tão pessoal com ela.
-Olha, você pode falar comigo. Isso vai ficar só entre nós.
-E o seu amante?-soltei aquilo sem pensar e para a minha surpresa ela não pareceu ofendida, mas exibiu um riso de escárnio.-Me desculpe.
-Tudo bem! Ele não é mais meu amante. Meu noivo e eu nos acertamos. Não tenho mais nada com o Gabriel.
-É incrível como ele está sempre se colocando entre os casais.
- Verdade! Eu nunca tinha pensado nisso. Mas,parece mesmo que para ele se sentir feliz alguém tem que estar triste. Achei que você estaria bravo com a Isabela depois que ele a procurou e não o contrário.
-Eu estava e agora tudo está uma merda...-acabei contando-lhe tudo o que aconteceu desde que aquele cretino tinha procurado por Bela da última vez e ela me escutava atenta. Não omiti nenhum detalhe, e por incrível que possa parecer. Falar com ela estava me fazendo bem.
-Ah meu Deus! Tanto barulho por nada!-ela exclamou quando eu terminei de falar e eu estranhei seu comentário- Não estou menosprezando os seus sentimentos. Não é isso! É só que se o Gabriel ficasse quieto no canto dele e aceitasse a derrota,vocês não estariam passando por isso agora.
-Cedo ou tarde isso ia acabar acontecendo Isabel. Se o filho pode ser dele,é um direito dele procurar saber. Eu é que fiz tudo errado.
-Filho dele!-ela deu um sorriso debochado de canto de lábio. -O que eu posso dizer? Vocês estão prestes a se surpreender com a cara de pau daquele sujeito.