Capitulo XX

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Gabriel
Uma coisa era fato,eu estava me sentindo o mais poderoso dos homens. Em um só dia eu tinha transado com duas mulheres maravilhosas e completamente diferentes entre si. Anelli era piradinha mas muito gostosa,com certeza valeria uma segunda transa,já Isabela era mais centrada,no entanto havia uma fera escondida naquela mulher que eu estava disposto a trazer a tona. Eu nem imaginava que poderia haver uma mulher que aos trinta anos e todo aquele fogo,pudesse ser virgem. Ela estava me enlouquecendo,como eu queria tirar a virgindade daquela mulher,como eu queria sentir cada centímetro do meu membro invadir aquela pequena vulva intocada.
Esperei até a noite para falar com ela,tentei no e-mail e ela não respondia,quis telefonar,mas me contive,podia ser que ela não gostasse. Me resignei a ideia de que só poderia falar com ela novamente no dia seguinte.
Fui para a cama e para o meu azar, naquela noite em especial Norma queria sexo.
Era só o que me faltava? Minha esposa frígida queria transar,justo quando eu estava me sentindo um caco. O corpo doía e acho que o meu "garoto"não ia acordar.
Ela estava com uma camisolinha verde na altura das coxas,os cabelos umidos denunciando que terminara de tomar banho. Era uma imagem que até despertava o meu tesão mas,só até eu me lembrar o quanto era chato ir pra cama com Norma,o quanto ela fazia questão de ser fresca. Deitei ao seu lado ignorando aquele joguinho de sedução e fingi dormir,quando ela jogou uma das pernas sobre as minhas.
Eu sabia que aquilo ia render um mal-humor desgraçado por parte dela pela manhã, mas pela primeira vez em sete anos de casamento, eu estava me lixando pro que Norma ia sentir,era um sentimento egoísta e mesquinho o meu,eu sabia disso,mas eu não conseguia sequer me sentir mal com aquilo.
Eu trai minha esposa,não estava me importando em dar prazer a ela e ainda assim me sentia muito bem com isso. Será que eu era uma espécie de narcisista? E se fosse? Isso era ruim?

Isabela
Aquele dia que começara maravilhoso virou uma catástrofe quando cheguei em casa,minha mãe estava na sala com uma cartela de medicamentos em mãos batendo os pés no chão da sala,no momento em que cruzei a porta. Por um minuto meu coração quase parou ,achei que fossem os anticoncepcionais que eu havia adquirido desde que decidira perder a virgindade, mas eram apenas os meu antidepressivos.
-O que significa isso Maria Isabela ?
-São medicamentos,mamãe.-dei de ombros-Qual o problema?
-São tarja preta-ela berrava
-E daí?
-Desde quando você esta viciada nisso?
-Viciada? -Achei graça de tanta paranoia diante de uma cartela de remédios -Foram receitados pelo meu psicólogo.
-Psicólogo? Desde quando você frequenta médicos de loucos?
-Nossa! Pra uma enfermeira você está sendo muito preconceituosa.
-Eu te fiz uma pergunta,e não estou pra brincadeiras.
-Senti a necessidade de uma opinião profissional, recorri a um psicólogo.
-E ele te receitou esses remedios?
-Sim,eu sou depressiva.
-Frescura,invencionismos pra gastar o dinheiro que voce deveria colocar em casa.
-Ah,dona Silvia,faça-me o favor- bradei,de repente senti algo crescendo dentro de mim,uma raiva descontrolada,uma vontade te explodir- Sera o benedito que eu não tenho sequer o direito de me cuidar? O dinheiro é meu,eu gasto como eu quiser
Arrebatei a cartela de medicamentos das mãos dela e fui para o meu quarto,bati a porta e tranquei-a,ela gritava do lado de fora e em meio aqueles berros, peguei no sono. Um sono pesado e sem sonhos que não me proporcionou nenhum relaxamento.

Paixão sem limitesOnde histórias criam vida. Descubra agora