Capitulo LV

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O olhar que ele me direcionava era um mixto de surpresa e incredulidade.
Ele afagava meus cabelos com um riso bobo no rosto,me encarando sem sair de cima de mim.
-Você me ama,Bela?
-Achei que isso fosse óbvio- nós estávamos suados e o peso dele sobre mim,começava a me incomodar,mas eu queria continuar ali,olhos nos olhos,lábios roçando um no outro e o seu suor, escorrendo pelo meu corpo- Eu te amo,Otávio!
-Repete!-eu sentia seu hálito quente no meu rosto e aqueles lábios tão próximos só fazia com que eu quisesse colá-los aos meus.
-Eu te amo!
Ele afastou-se,quebrando o contato entre nós e eu senti falta daquele corpo pesado sobre o meu.
-É tão bom ouvir isso!-ele cheirava meus cabelos e brincava com o bico dos meus seios- Saber que você sente por mim o mesmo que eu sinto por você é...reconfortante.
-Reconfortante?-aquela palavra me pareceu tão inapropriada.
-Maravilhoso!- ele deu de ombros.
-Copiando as minhas manias agora?-ele sorriu- Então, você também me ama?!
-Alguma dúvida?
-Não! Mas,porque você nunca disse?
-Insegurança. Por que você nunca disse?
-Eu precisava ter certeza.
-E você precisou fazer amor comigo pra ter certeza?
Sua expressão tornou-se algo indecifrável. Indignação talvez?
-Ahn, eu...-não sabia o que responder,mas então lembrei que não foi naquela cama que eu me dei conta que o amava,foi antes,na festa em que eu me senti ameaçada por outra mulher e morri de ciúmes dele- Não,eu já sabia antes...disso.
Ele sorriu,suavizando a expressão no seu rosto.
-Seria tão terrível assim, se eu me desse conta que te amo na cama?
-Não,mas acho que eu duvidaria um pouco.
-Sério?
-Sério!
Dei de ombros
-Banho?
-Sim!-ele levantou-se e me tirou da cama no colo- Eu adoro o fato de você ser tão leve.
-Ah é? Por que?
-Por que eu posso usar e abusar de você sem ter muito trabalho.
-Como,por exemplo?
-Quer ver?
Chegamos ao banheiro e ele me colou a parede,com as pernas presas em volta da sua cintura e beijou-me.
Com uma das mãos ele me apoiava e a outra ele posicionava seu membro rígido no meu canal,prendi as mãos em volta do seu pescoço e ele penetrou-me ,agarrado a minha cintura,seu membro deslizava pra dentro de mim fácil ,por conta da mistura do seu orgasmo e do meu e eu gemia alto,suspensa no ar,sendo manuseada por suas maos,totalmente controlada por ele,ele penetrava tão fundo,tão controlador.
Quem estava afoito agora?
Ele prendeu uma da mãos na minha nuca e a outra na cintura e afastou-me da parede, me colocando sobre a pia,afastou mais as minhas pernas e estocou forte contra mim,puxando os meus cabelos para tras,ele mordia o meu pescoço.
Oh Deus! Aquilo iria deixar marca.
Mas,eu queria que todo mundo visse que eu era dele.
Ele apertava,vigorosamente, minha cintura e investia contra mim,me preenchendo,eu gemia alto,
Totalmente possuída.
Senti ele me apertar mais forte a cintura e eu sabia o que aquilo significava.
Ele estava me inundando mais uma vez.
-Uau! Como você é intensa!
Ele colou a testa na minha,tocando seu nariz no meu.
-Sua máxima culpa!
-Eu sei! E isso é ótimo!-ele arfava.
Ele deixou-me um instante para abrir a torneira quente da banheira,depois apanhou-me no colo novamente e depositou meu corpo devagar dentro da água.
-Você é tão linda,minha Bela!
-Sua Bela!-eu gostava de toda a possessividade daquela frase- Inteiramente sua,meu amor!
Ele apanhou o sabonete de açai e entrou na banheira, afastei-me um pouco, para ele se posicionar atrás de mim.
-A água está uma deliciosa.-sua voz quente em meu pescoço,deixava-me arrepiada- Frio?
-Não! Você causa esse efeito em mim.
Senti seu membro pulsar contra o meu bumbum.
-Você consegue me deixar num estado de nervos.-suas mãos estavam deslizando pelo meu corpo e alcançaram a minha vulva,ele passou a esfregar suavemente,eliminando os resquícios do que ele havia deixado em mim.
Eu estava excitada e gemia a cada vez que sua mão deslizava entre minhas pernas.
-Como você consegue ser tão sensível ao toque?
-Do mesmo modo que você é sensível a mim- eu sentia seu membro cada vez mais duro,cutucar-me por trás.
Ele deixou minha vulva e passou a lavar minhas costas e seios.
Ele inclinou meu rosto para o lado e beijou meu pescoço e ombro,eu gemia alto e ele prendeu uma mão na minha cintura e a outra voltou para entre minhas pernas, estimulando o meu clitóris.
-O que você está esperando,amor?- eu disse num sussurro.
-Você pedir- ele ergueu-me e penetrou fundo em mim.
Eu nunca me cansaria daquele homem.

Eu não queria deixar a cama aquela manhã. Eu estava exausta,meu corpo doía, mas eu estava,plenamente,satisfeita.
Otávio insistia em tentar me tirar da cama.
-Vamos ,preguiçosa!-ele balançava-me na cama.- Vamos fazer uma caminhada.-ele mordiscava a minha orelha.
-Ai!-reclamei da dor- Eu quero dormir você acabou comigo.
Ele deitou-se atrás de mim e beijou meu pescoço.
-De que adianta vir pra Fernando de Noronha e não conhecer esse paraíso?
-Tudo bem!-virei em sua direção e beijei sua boca.
Ele estava cheirando a loção pos-barba,os cabelos em camadas desalinhados. Eu amava quando seus cabelos estavam desarrumados.
Totalmente saciada? Talvez nem tanto! Meu corpo parecia implorar pelo dele.
-Eu sei exatamente o que você está pensando.
Eu sorri
-Sabe?
-Sei,mas vamos tomar café da manhã e praia. Mais tarde te dou um pouco mais de mim.
-Metido!
-Saia dessa cama,Douglas e eu te esperamos no restaurante da pousada.
-OK!
Ele levantou-se, estava usando uma bermuda jeans verde-militar,camiseta branca e ténis.
-Você tem dez minutos.

Aguardei ele sair e fui para o banheiro,havia um pacote pequeno na pia com o meu nome.
" Espero sinceramente que você use pra mim.
É pequeno e delicado como você.
Por favor, por favor, use pra mim."

O que poderia haver ali,para ele insistir tanto?
Abri o pacotinho e me deparei com um minúsculo biquíni branco.
-Ele espera que eu use isso? Isso é mínimo até pra mim. Sem chance!
Fui tomar um rápido banho de chuveiro,tinha que estar com eles para o café em breve.
Encarei o biquíni.
-Ele é louco!-juntei a parte de cima ao meu corpo e pensei,Que mal há? -Vou experimentar.
Vesti o biquíni e me olhei no espelho.
Eu me sentia devassa,mas era uma boa sensação.
Vesti uma camiseta azul,calça legging e ténis apropriados para caminhada.
Fui para o restaurante.
A sensação do biquíni dentro da minha bunda era estranha.
-Bom dia,Pequena Miss Sunshine.-Douglas brincou
-Mais uma piadinha com a minha altura? Acho que vou ter que me acostumar.
Sentei a mesa com eles e haviam pães,torradas,queijos,frutas, sucos,entre outras coisas.Me servi de uma xícara de café e um pão com presunto.
-Sugiro que você coma um pouco mais. Vamos fazer uma trilha.
-Estou preparada.
Douglas levantou-se,indo buscar alguma coisa na cozinha.
-Gostou do biquíni?
-Aquilo não é um biquíni, Otávio! O que deu em você?
-Você não gostou?
-Ainda estou me acostumando a ele.
-Você está usando?
-Sim,mas não creio que vou ter coragem de usá-lo em público.
-Por que não?
-Você ainda pergunta?
-Seu corpo é lindo! E eu vou estar colado em você.
Douglas voltou da cozinha trazendo duas mochilas,entregou uma a Otávio e ficou com a outra,entregou-me um frasco de protetor solar.
-Fator trinta pra nós dois e pro Branquelo aqui,melhor usar fator cinquenta.
Otávio encarou-o divertido.
-Tô aceitando o trinta mesmo.
-Bem,eu tinha preparado uma trilha com direito a escalada,mas como meu amigo aqui tem acrofobia,melhor explorarmos lugares baixos.
- Acrofobia?
-Pânico de altura.- Otávio explicou.
-Vamos crianças, o dia está só começando.

Paixão sem limitesOnde histórias criam vida. Descubra agora