CAPÍTULO 8.

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O domingo de Rayza foi o maior tédio, não tinha pra onde ir e nem com quem ir. Mas, uma ideia louca chegou em sua cabeça...

"Que tal ir no jardim dos perdidos?"

[...] Não deixou a desejar, tomou um banho, vestiu uma camiseta e um short jeans, pegou um livro e foi para o Jardim - inusitado levar um livro pra um local como aquele.

Chegando no local, o primeiro rosto que conseguiu visualizar foi o de Victória, e ela estava fumando um cigarro, digamos que... estranho.

- Nossa Vick, você não sabe que cigarro faz mal pra saúde? - Disse Rayza, puxando o cigarro da boca de Victória.

- E quem disse que isso é cigarro, isso é natural, é maconha. - Disse uma moça, que no fundo Rayza conhecia, mas não estava lembrando.

- Se você está dizendo...

- E aí, nunca mais conversou com o Alemão não é? - Victória perguntou... É isso, a garota era a tal da Chilena, a olheira do Alemão.

- Não, e nem pretendo. Tchau viu, o clima está muito pesado por aqui. - Disse Rayza enquanto saia do local.

Rayza voltou para casa, e o resto da tarde não foi nada diferente do começo: entediante!
Passou o "dia todo" fazendo atividades e acabou caindo no sono.

Enfim, na segunda-feira foi de volta a rotina. Assim que acordou, foi ao banheiro, lavou o rosto e escovou os dentes. Saindo do banheiro, olhou no relógio e estava atrasada. Pegou uma roupa qualquer no armário e saiu vestindo pela rua, nem café da manhã havia tomado. Chegou na universidade, e chegando a sua sala logo avistou, a professora Júlia - Uma loira de olhos azuis, curvilínea com a pele rosada e os lábios grandes e carnudos - que logo a encarou com uma expressão assustadora.

- Bom dia Srta. Rayza! - Disse a professora, encarando a garota.

- Bom dia professora Júlia. Desculpe-me o atraso. Posso entrar?

- Deve! - A professora assentiu, Rayza entrou e sentou-se - E agora, qual a desculpa do atraso de hoje?

- Nenhuma, apenas me atrasei. - Deu de ombros.

- Hum, espero que não aconteça novamente. Aliás, não irá acontecer.

- Está certa, não irá acontecer. - Rayza assentiu.

- Então, vamos dar continuidade a aula. - Desviou o olhar de Rayza, e foi a frente da sala, dando continuidade a aula.

Alguns minutos depois, o diretor Rubens chega a sala.

- Com licença professora Júlia... A Srta. Rayza já está aqui na sala? Ah, vejo que já - Disse o diretor olhando em direção a Rayza - Posso falar com você na minha sala Srta. Rayza?

- Claro que sim! Com licença professora. - Disse Rayza enquanto levantava-se.

Chegando a sala, o diretor pediu para que Rayza sentasse, e então ela sentou.

- Mais uma vez você aqui em? - Deu um sorriso sem graça.

- É né. Pode falar!

- Desculpa Rayza, mas a sua mensalidade está atrasada mais uma vez. Dessa vez estou lhe avisando com uma antecedência maior, para que tenha mais tempo para conseguir o dinheiro.

- Obrigado diretor, pelo apoio que está me dando. Eu vou conseguir o dinheiro, sempre dou um jeito.

- Você é uma das melhores alunas. Eu queria poder lhe ajudar, pena que não posso. Mas, eu te desejo que o seu sonho seja realizado. Só tenho uma coisa a lhe dizer, se você tiver foco, você irá alcançar tudo que mais deseja.

- Belas palavras, senhor... Obrigado mesmo, por tudo. Eu irei fazer o possível para permanecer aqui na faculdade. Agora voltarei para a aula, bom dia! - Saiu e voltou para a aula.

O restante da aula foi um caos, a vontade que Rayza tinha era de chorar o restante do dia.
E mesmo não sendo, ela devia mostrar ser forte, pelo menos ali.

Quando chegou em casa, não conseguiu conter o choro, e o pior de tudo é que ela tinha motivos para isso.

Um final nada feliz!Onde histórias criam vida. Descubra agora