CAPÍTULO 28.

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Ao acordar, Rayza ficou meio que triste, pela primeira vez ela se sentia vazia em tal sentindo. John fora o primeiro homem com quem realmente dormiu, e o que ele fez? Foi embora sem ao menos se despedir.

Quando Rayza estava levantando da cama, ouviu um barulho, então John entrou em seu quarto com uma tábua com um café da manhã.

- Bom dia meu amor! - Ele disse sorridente. Que fofo!

- Bom dia! - Rayza pôs as mãos na nuca de John e os lábios se encontraram. - Achei que tivesse ido embora, iria ficar tão triste.

- Claro que não, eu acordei e te vi dormindo, parecia tão cansada, não quis te acordar, e vim fazer algo para comermos.

- Que lindo John, isso é tudo pra mim? -Ela indagou apontando para a mesa.

- É, tudo pra você. - Pegou uma uva e pôs na boca de Rayza. Na tábua haviam fatias de pão de forma, geleia de morango, uvas, maçã, suco e leite.

Eles tomaram café calmamente e juntos.

- Eu já tomei banho, vai tomar para irmos para faculdade? - John perguntou.

- Já estou indo. - Rayza entrou no banheiro, tomou seu banho, escovou os dentes e saiu. Assim que Rayza saiu do quarto vestida. - Vamos? - John assentiu, deram as mãos e saíram juntos.

Na faculdade estava tudo indo bem, o Diretor Rubens quase não olhava no rosto de Rayza, talvez fosse vergonha, ou talvez fosse um misto de raiva e ódio, mas ela apenas ignorava. O seu relacionamento com John estava indo de bem a ótimo, ele passou a dormir lá com mais frequência, mas não diariamente. Aparentava-se que o amor dos dois não acabavam, se renovavam a cada segundo. Sempre tiveram discussões bobas, e dez segundos depois estavam se beijando. Eles se amavam!

Um mês depois...

- Vamos Rayza! - John gritou.

- Já estou indo. - Ela saiu do quarto, e ambos foram ao carro.

Quando chegaram onde queriam - Hospital Isaac Nascimento -, uma das enfermeiras foi os atender.

- Bom dia! - Disse a enfermeira. Muito bonita, longos cabelos negros e ondulados, enormes olhos azuis, dois furos na bochecha, e uma boca carnuda e rosada.

- Bom dia! - John e Rayza disseram em uníssono.

- Então, o que desejam?

- Eu vim fazer a minha primeira ultrassonografia. - Rayza disse sorridente.

- Parabéns mamãe, como é o seu nome? - A enfermeira indagou.

- Rayza Carvalho. - Retrucou sorridente, e a moça pegou um caderno de anotações e começou a analisar.

- Você não marcou um horário? - A enfermeira indagou confusa.

- Como pude esquecer desse detalhe, "puts".

- Por sorte, a mamãe que iria fazer a ultrassonografia nesse horário teve que viajar. Então vou ver se o Dr. Isaac pode atender a senhora. - Rayza e John assentiram e a moça saiu. Dois minutos depois voltou. - Ele pediu para que aguardem dez minutos que ele irá atender vocês.

- Obrigado Srta...? - John esperou que a enfermeira dissesse o seu nome.

- Natalie, Natalie Fonseca. - John assentiu e a cumprimentou.

Exatos dez minutos, um senhor, que John e Rayza conheciam, não se lembravam de onde, foi até eles.

- Bom dia Dr.! - John disse.

- Bom dia! Se não me engano, vocês são os amigos da Letícia, certo? - Isaac indagou.

- Certo, como ela está? - Rayza perguntou se fingindo de desentendida, pois ela já sabia da briga.

- Sinceramente, eu não sei. Nós brigamos e nenhum procurou o outro para se redimir. Mas hoje eu vou na casa dela, pedir desculpas. - Ele sorriu, e Rayza assentiu.

- Você é o obstetra daqui? - John perguntou.

- Na verdade, eu sou o dono do hospital. Mas trabalho como obstetra também. - Isaac e John sorriram. - Então vamos ver o andamento do bebê de vocês. - Rayza e John assentiram.

Assim que chegaram a sala de ultrassonografia, Isaac colocou Rayza deitado numa cama, e instalou os aparelhos necessários. Passou um gel sobre a sua barriga, e assim que começou a espalha-lo com um aparelho, o bebê apareceu numa tela de TV ao lado da cama. John e Rayza não sabiam se choravam ou se sorriam, ao se emocionarem com os batimentos cardíacos da criança.

- Dr.? Não vejo a hora de ter o meu Miguel nos braços. - John disse sorrindo e Rayza desviou o olhar da TV.

- E quem disse que vai ser Miguel? Vai ser Clarice! - Rayza retrucou.

- Isso iremos saber daqui a alguns meses. - Isaac disse sorrindo.

Depois que a ultrassonografia estava pronta, o doutor falou como estava o andamento do bebê. Que estava muito bem e saudável, tinha nove semanas e estava grande para a idade. Disse também que a enfermeira que iria acompanhar a gravidez, seria a Natalie, a mesma que os atenderam. E que daqui há dois meses, Rayza iria fazer outra ultrassonografia para saber o sexo do bebê.

Assim que saíram do hospital, foram contar a novidade para os pais de John, que até então não sabiam de nada. No momento em que o carro parou na porta da casa de John, a Cassia saiu correndo ao encontro dos dois.

- Rayza meu amor! - Deram os dois famosos beijinhos na bochecha e Cássia continuou a falar. - Por que não veio mais me visitar, me fale onde é a sua casa, que quando você não vir aqui, eu vou lá.

- Ah mãe, depois eu te levo lá. Agora temos uma surpresa, uma notícia pra te dar. - Rayza balançava a cabeça positivamente enquanto sorriam.

- Vão casar? Meu Deus, vamos preparar logo a cerimôn... - Interrompida.

- Eu estou grávida! - Rayza disse sorrindo.

Cassia imediatamente começar a chorar, e abraça Rayza e John e começam a chorar juntos, um choro de alegria, um choro de emoção.

- Eu sempre quis ser avó, parabéns meus amores. - Cassia disse dando os famosos beliscões nas bochechas dos dois. - Está com quantas semanas!

- Nove semanas, cadê o pai? - John indagou.

- Está dormindo, ele vai adorar a noticia... Vamos acordar ele! - Cassia saiu andando na frente e os dois a seguiram.

Os três entraram no quarto e começaram a gritar, logo Josué acordou, e entrou na brincadeira. Começaram a pular e comemorar, que logo chegaria mais um membro pra família. Rayza estava irradiando alegria e emoção, por os pais de John terem a aceitado naturalmente. Mas depois lembrou que havia a simples possibilidade de o filho não ser de John. O seu sorriso se esvaiu, e ela quis ir para casa, John a levou, e ela contou o motivo de sua tristeza constante.

- Porque você ficou assim... Triste, de uma hora pra outra? - Indagou dando-lhe um selinho.

- É que eu fiquei me sentindo culpada, por os teus pais terem me aceitado tão bem e haver a possibilidade de o filho não ser seu. - Uma lágrima escorreu dos seus olhos.

- Esse filho vai ser meu, e se não for, eu vou amar ele da mesma forma que te amo! Seja Miguel, ou Clarice, eu sempre irei ama-los. - Ele sorriu tentando ajudar, e ela ficou feliz por isso.

- Obrigado John! Eu te amo, muito! - Começaram a se beijar.


Um final nada feliz!Onde histórias criam vida. Descubra agora