CAPÍTULO 13.

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No dia seguinte, Rayza acordou com o barulho de alguém batendo na porta. Eram 06:00 horas da manhã, quem seria aquele horário? Pra saber, só abrindo a porta.

- Já estou indo! - Estava no banheiro escovando os dentes.

Aproximou-se da porta, olhou por um buraco e era um homem, não sabia quem por ele estar de costas, hesitou em abrir, mas abriu. E quando a porta estava aberta, não enxergou nada, apenas sentiu um lábio carnudo, querendo encontrar o seu... Tentou sair dos braços daquele homem, mas não conseguiu, e então acabou se entregando. Um calor começava a subir em seu corpo, e ela não sabia ao certo o que poderia ser. Felizmente ou infelizmente conseguiu soltar-se, e adivinhem quem era? Ele mesmo, o Alemão.

Rayza tentou bater a porta, mas ele empurrou e entrou dentro de casa.

- Quem te falou onde eu morava? - Disse Rayza furiosamente.

- Isso não importa, não agor... - É interrompido.

- Como assim não importa? Você chega na minha casa, e ainda se limita a dizer quem lhe deu meu endereço.

- Olha, eu vou te falar tudo que quiser saber. Mas, eu quero falar o que vim fazer aqui. Será que posso?

- Então diga, e rápido... Preciso me arrumar para faculdade.

- Rayza, é o seguinte... Desde aquele dia, não paro de pensar em você. Eu sei que é estranho, pelo fato de eu ser o "chefe" do morro, mas aprendi que até a pior pessoa do mundo se apaixona, até eu. Mas, uma coisa me deixou triste! Você se tornou uma garota de programa, não é?

- Você está louco, isso é uma calúnia. Quem lhe disse isso? - Tentou passar um ar de desentendida, mas não conseguiu.

- O dono daquela padaria, é meu tio... E no dia que vocês ficaram, eu te vi saindo de lá, e então me escondi, esperei você passar e fui até a padaria, meu tio me contou tudo. Eu sei que eu tive culpa, se eu não tivesse te humilhado daquela forma, você não teria feito isso. Me desculpa! - Ele falou demonstrando um rancor pelo tio.

- Meu Deus! Você vai ter me jurar que não vai contar isso pra ninguém. Se eu não tivesse precisando do dinheiro, jamais teria ido atrás daquele homem nojento. Me promete que isso vai ser um segredo só nosso. Por favor! - Rayza suplicou.

- É claro que eu não vou dizer isso a ninguém. Mas Rayza, eu preciso de você, algo em mim quer te ter, é mais, muito mais que uma vontade de transar. Eu quero lhe possuir, você ser só minha.

- Não, eu não quero ficar com você Alemão. Na verdade, eu não queria nem ver olhar na sua cara mais uma vez, me desculpa! - Olhava no fundo dos olhos dele.

- E você não está precisando de dinheiro? - Disse olhando para Rayza, intrigado.

- Estou, mas não quero o seu, sabe? - Alemão abriu uma maleta lotada de dinheiro, todas em notas de cinquenta e cem reais, na maleta devia ter no mínimo uns cinquenta mil reais. Rayza ficou boquiaberta, e pensou que esse dinheiro resolveria de vez a sua vida, durante um bom tempo.

- Esse é o problema, seu dinheiro é sujo Alemão, e se eu aceitar vou estar sendo mais suja ainda. Além disso, tenho medo de me envolver demais, sofrer demais.

- Rayza, é claro que eu não iria lhe fazer derramar uma lágrima sequer, eu te quero comigo hoje, nem que seja pela última vez. - Rayza balançava a cabeça negativamente, e ele suplicava, ajoelhava-se e ela acabou cedendo.

- Certo, entra aí. - Disse Rayza sem expressão exterior alguma, mas a sua expressão interior era inteiramente maliciosa.

O que ela queria, iria acontecer mais uma vez... Ver aquele homem rústico e grotesco, sem camisa, ou melhor, sem roupa alguma.

Um final nada feliz!Onde histórias criam vida. Descubra agora