Um final nada feliz!

CAPÍTULO 31.

Dois meses depois...

- Anda logo, Rayza! - John gritava, enquanto ela estava conversando com Cassia.

- Já estou indo. - Deu um abraço na sogra e entrou no carro irritada. - Pra que tanta pressa?

- Não entende que quero saber como o meu bebê está? - Rayza balançou a cabeça negativamente. - O Miguel vai ser enorme, olha o tamanho da sua barriga. - Ela sorriu e passou a mão na barriga.

Assim que chegaram ao hospital, Natalie os receberam com todo o carinho e simpatia de sempre. Logo o Dr. Isaac apareceu a sala de espera, os convidando para fazer a ultrassonografia. O processo foi o mesmo da última vez, vários aparelhos, e a tela de TV ao lado da cama.

A tela da televisão ligou, e então Isaac começou a analisar as imagens como uma expressão confusa.

- Você queria que o bebê fosse o Miguel, correto? - Indagou olhando para John que sem hesitar assentiu. - E você queria que fosse a Clarice, correto? - Rayza também assentiu.

- Aconteceu alguma coisa doutor? - John perguntou preocupado.

- Aconteceu, que não sei como na última ultrassom, não enxerguei algo de muita importância. Não é apenas um bebê, são dois... Um casal, a Clarice e o Miguel.

- Meu Deus, é verdade isso? - Rayza perguntou emocionada.

- É verdade mamãe, parabéns! - Sorriu para Rayza que logo recebeu um beijo na testa dado por John.

Assim que saíram da sala onde o Isaac trabalhava, foram a sala de espera e a Natalie ainda estava lá.

- E ai, é menino ou menina? - Perguntou animada.

- Os dois, é um casal de gêmeos Rayza respondeu entusiasmada.

- Parabéns Rayza! - Abraçou-a. - E se prepare que agora os tratamentos serão bem mais rigorosos.

- Ah não! - Ela suspirou.

- Ah sim! - Em uníssono, John, Isaac e Natalie disseram.

John e Rayza se despediram, e saíram, foram direto a uma loja infantil. Os olhos de ambos brilharam ao ver os brinquedos, as roupinhas, sapatinhos... Parecia um sonho, na verdade, era um sonho, um sonho daqueles que vivemos estando acordados.

John correu para o lado masculino, e Rayza para o lado feminino. No final de contas, cada um estavam com três sacolas na mão, repletos de ursinhos de pelúcia e sapatinhos de crochê.

- Quando nos casarmos, vamos morar onde? - Rayza perguntou, quando estavam indo a casa do John.

- Você quer morar em minha casa? - John questionou.

- Não, eu quero que sejamos somente, você, Miguel, Clarice e eu, entende?

- Entendo. E já sabia que iria dizer isso, então já comprei a nossa casa, meus pais me ajudaram.

- Você é realmente imprevisível. Eu te amo! - Rayza disse e deu-lhe um beijo na boca.

Chegaram a casa de Cassia, que como sempre, foi até eles, antes mesmo de descerem do carro, até parecia que ela adivinhava quando Rayza se aproximava.

- Rayza, meu amor. Tudo bem? E ai é Miguel ou Clarice?

- Os dois mamãe.

- Miguel e Clarice! - Rayza disse entusiasmada, e Cassia quase cai de costas.

- Parabéns meus amores, juízo e cuidem bem dos bebês! Eu quero ver meus netinhos todos os dias, porq... - Disparou a falar, mas John a interrompeu.

- Já entendemos mãe. Cadê o meu pai? - Perguntou entusiasmado, para contar a novidade.

- Está no quarto, vamos lá contar para ele.

Entraram de fininho no quarto, acenderam a luz, e começaram a gritar.

- Viva o Miguel! Viva a Clarice! - Gritavam e pulavam feito loucos, então Josué levantou entendendo o recado, e começou a pular junto com eles.

- Então, parabéns meu filho. Você nem imagina o orgulho que tenho de ter um filho como você! - Josué abraçou John, e secou uma lágrima presa no canto dos olhos. Então Cassia e Rayza abraçaram os dois.

- Ei, eu faço questão de ir com a Rayza escolher o vestido de casamento agora mesmo. - Cassia gritou.

- Não mãe, nem temos data marcada ainda. - John retrucou.

- Agora tem, o casamento vai ser dia vinte de março, daqui há cinco meses.

- Concordo Cassia, vamos logo escolher o meu vestido. - As duas pegaram a chave do carro, e saíram.

- Não, não, não... - Cassia disse pela quinta vez, em relação aos diversos vestidos que Rayza havia provado. - É esse! - Disse boquiaberta.

Rayza se olhou no espelho, e não conseguiu dizer nada, ficou hipnotizada com o vestido. A parte superior do vestido - que cobria apenas os seios - era coberta em renda com lindos bordados alternados entre flores e simples furinhos, um pequeno decote em uma tela transparente e as alças eram em pérolas brancas. A saia -começava logo abaixo dos seios, e era solta por ser um vestido para mulheres grávidas - tinha algumas dobras como se fossem flores, e isso dava um relevo, e um balanço intenso no vestido.

- É o vestido perfeito! - Rayza disse ainda impressionada com a beleza do vestido.

- É o seu vestido perfeito! - As lágrimas começaram a cair dos olhos de ambas. - Faça o meu filho feliz Rayza, ele merece toda a felicidade do mundo! Ele irá te fazer feliz... - Secou as lágrimas. - Eu te considero como uma filha para mim, Rayza! Eu te amo, assim como amo ele, assim como amo meus netinhos. - Brincou com a barriga de Rayza e sorriu.

- Pode deixar Cassia, eu irei fazer do seu filho, o homem mais feliz do mundo. E eu te considero como uma mãe, eu também te amo! - Disse emocionada e sorriu.

- Agora vá tirar o vestido! - Entrou no provador com ela para ajuda-la. - Vamos deixar o vestido aqui, e uma semana antes viemos pegar. Já vou deixar reservado, e semana que vem, viremos aqui pra experimentar as outras coisas, o véu, a sandália...

- Ta bom, obrigado Cassia. - As duas se abraçaram e começaram a sorrir e a chorar ao mesmo tempo.

- Agora vamos? - Rayza assentiu.

O carro parou em uma casa desconhecida para Rayza, mas era na rua em que John morava, achou que fosse um vizinho e que a Cassia fosse fazer algo. Mas não pode deixar de observar a casa, enorme como a de John, a frente era azul em um tom bem claro, com detalhes em branco. Um jardim repleto de tulipas de várias cores, as portas e janelas eram marrons e pareciam brilhar.

Perdeu-se em pensamentos olhando a casa, então John e Josué saíram de dentro de casa, e foram buscar Rayza no carro.

- O que acha amor, da nossa casa? - Indagou John abrindo a porta.

- Nossa casa, meu Deus, é linda John, enorme, a casa dos meus sonhos. - Rayza disse entusiasmada.

- Eu sei, fiz tudo no seu gosto. Usei suas cores favoritas, no jardim só tem as flores que você mais gosta, eu fiz tudo isso para você e para os nossos bebês. - Abraçou Rayza, que pôs a cabeça sobre o ombro dele, e se pôs a chorar, um choro de emoção. - Por dentro a casa não está pintada, eu quero que você escolha as cores de cada cômodo, o piso, os móveis, mês que vem resolveremos tudo, a não ser que queira se mudar para aqui antes do casamento.

- Parece um sonho John, é tudo perfeito. Eu te amo!
Depois do casamento, mudamos para aqui. Então mês que vem, resolvemos tudo, ok?

- Ok!

Os lábios se encontraram, e urgentemente as línguas também. Era como se uma necessitasse da outra para cumprir as suas funções. Um beijo carinhoso, uma troca de carícias, o melhor beijo até agora, isso mesmo até agora. O melhor de suas vidas, seriam sobre o altar na frente do padre, com vários olhares os cercando, o beijo da aliança, o beijo da junção, o beijo da paixão, o beijo do amor, simplesmente O BEIJO!