CAPÍTULO 27.

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Por algum motivo do além, Rayza consegui acordar cedo na segunda-feira, após a bebedeira do dia anterior. Fez o que tinha para fazer e foi para a faculdade.

- Diretor Rubens? - Ela disse batendo levemente na porta da diretoria.

- Pode entrar. - Rayza abriu a porta e entrou. - Sente-se Srta. Rayza, a que devo o prazer da senhora em minha sala?

- Eu vim trazer o seu dinheiro, da mensalidade que o senhor pagou. - Ela disse abrindo a bolsa.

- Não precisa Rayza, você sab... - Interrompido.

- Claro que precisa diretor, duas mensalidades, então dois mil e oitocentos reais, certo? - Ela disse pondo o dinheiro na mesa.

- Rayza, eu já disse que não precisa. - Ele empurrou o dinheiro para perto dela.

- E porque não precisa? - Ela indagou confusa.

- Porquê, porquê... - Houve alguns segundos de silêncio. - Porquê eu te amo Rayza, eu sempre quis te dizer isso, mas nunca consegui. Eu te amo Rayza! - Ele pôs uma mão sobre a dela e instantaneamente ela o empurrou.

- Diretor, eu tenho namorado!

- E quem precisa saber sobre nós? - Indagou com um sorriso malicioso nos lábios.

- Me respeite, você tem idade pra ser meu avô. - Levantou-se e foi em direção a porta. - E obrigado pelo o que o senhor fez por mim, o dinheiro está ai. Passar bem! - Bateu a porta.

"Puta que pariu, se eu falar pro John ele mata o diretor, e se eu não falar, ele descobre e mata". Pensou e foi para sala.

John como bom namorado e uma pessoa observadora, assim que Rayza entrou na sala, percebeu que tinha algo estranho.

- O que aconteceu? - Indagou.

- Nada demais! - Ela retrucou.

- Tem certeza que vai esconder algo de mim? - Olhou nos olhos dela.

- Não, a noite passa lá em casa que eu vou te contar tudo.

Assim que a aula acabou, Rayza foi a uma lanchonete - não a que a ex do John trabalhava -, próxima da sua casa. Comeu um hambúrguer, descansou um pouco e foi no banco fazer o depósito dos aluguéis atrasados, e deixou dois meses já pagos. Foi ao parque, e encontrou a sua amiga Letícia.

- Oi! Ta fazendo o que por aqui? - Letícia perguntou a Rayza.

- Vim tomar um pouco de ar fresco, e você? - Retrucou.

- Vim fazer o mesmo que você, depois da noite de ontem, o Isaac brigou comigo, disse que eu não deveria beber, e ficou me falando um monte de coisas. - Ela disse com uma expressão de derrotada.

- Realmente, e o que aconteceu pra você ter abandonado a sua religião? - Rayza indagou.

- O que você acha? Tudo pra me aproximar dele.

- Nossa, não vai valer a pena, mas te desejo boa sorte. E como vocês se conheceram?

- Foi aqui, ele estava caminhando, eu também, nos esbarramos e meus livros caíram, ele me ajudou a recolher, e foi muito cavalheiro comigo, e eu me encantei com ele. Sei que é errado, a primeira vez que vejo uma pessoa já querer estar com ela, mas ele me passou uma sensação de segurança.

- Realmente, você é mesmo louca. - As duas gargalharam.

A conversa estava boa, mas era hora de cada uma e para sua casa. Assim que Rayza chegou na dela, tomou um banho, deitou-se no sofá e foi ler um livro chamado "Quem é você, Alasca?", uma história interessante, e meia que triste. O autor soube dar contraste a tristeza e a alegria, o livro era emocionante!

Um final nada feliz!Onde histórias criam vida. Descubra agora