CAPÍTULO 30.

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No dia seguinte - domingo -, Rayza estranhou o simples fato de John não a ter procurado, mas também não o procurou. Talvez ele tivesse com algum problema em casa, precisando de um momento sozinho, então ela respeitaria isso. Porém, as seis horas da tarde, recebeu uma mensagem.

John: Amor? Desculpa por não ter ido falar com vc hoje. Se veste em alguma coisa branca, que vou mandar o meu pai te buscar aí, tenho uma surpresa para você... Te amo!

Rayza: Ok, o que você tem para mim?

Rayza esperou a resposta da sua pergunta, mas não a recebeu. Então foi ao banheiro, tomou banho e vestiu-se em um vestido de algum tecido com a espessura muito fina, porém, bem sutil. E quando chegou a noite, Josué estava na sua porta, buzinando para que Rayza adiantasse.

- Boa noite! - Ela disse entrando ao carro e reparando ao seu terno branco.

- Boa noite! - Josué retrucou.

- Então, o que o John está aprontando? - Perguntou sorrindo.

- Surpresa. - Josué respondeu e voltou a sua atenção ao volante.

O carro parou em frente a um matagal, repleto de coqueiros, e com uma estradinha de chão para que quem quisesse, pudesse entrar. Josué disse para que Rayza entrasse, e pegasse todos os bilhetes que encontrasse no caminho, e saiu com o carro. Ela achou a história meio que estranha, mas seguiu o caminho, e logo na começo da estradinha, havia um dos bilhetes. Ela abriu, e sorriu ao enxergar a caligrafia de John.

''10.03.2006 - Data em que começamos a estudar juntos!''

Continuou a caminhar, e no meio do matagal, haviam várias velas acesas para iluminar o caminho, mas uma em especial chamou a sua atenção, essa vela estava dentro de um recipiente verde, que deu um efeito a chama acesa, embaixo desse recipiente havia outro bilhete, dentro de um envelope branco, repleto de corações vermelhos.

''30.06.2010- Data em que tive coragem e te convidar para um jantar''.

O sorriso esboçou nos seus lábios, e continuou a andar, e então avistou outra dessas velas, com bilhetes embaixos.

''Hoje eu sei, que deveria ter te convidado para sair a tempos''.

Logo encontrou outro bilhete, e agora já podia sentir um barulho agradável, algo parecido com as ondas do mar brigando por território. Abriu o outro bilhete, e começou a lê-lo.

''E não diga, que não lhe chamei antes por não ter notado você.
Sempre te observei, e sempre tive medo de me aproximar, de você sorrir de mim''.

Rayza sorriu e continuou a caminhar, o barulho do mar já estava mais intenso, e a brisa batia levemente em seus cabelos ruivos, e ela achou o próximo bilhete.

''Hoje eu resolvi tomar uma atitude, que pode mudar nossas vidas.
Assim que chegar a praia, olhe primeiramente ao chão''.

Rayza continuou a caminhar, e agora já não encontrava mais bilhetes, encontrava fotos dela distraída com enormes sorrisos esboçados no rosto. E quando a estrada de chão acabou, algo chamou a sua atenção, um círculo no chão, delineado por velas acesas e dentro do círculo estava escrito.

''Quer casar comigo?''

Assim que terminou de ler, olhou para frente e ali estava John, lindamente com uma camisa branca de botões, os dois primeiros estavam abertos, uma bermuda branca, um chinelo branco, e nas mãos um buquê de rosas que também eram brancas. Logo John sorriu para ela, que rapidamente se perdeu em seu sorriso, e acabou não notando um simples altar, com rosas brancas e vermelhas espalhadas para todos os cantos, e Isaac e Letícia sobre ele.

Um final nada feliz!Onde histórias criam vida. Descubra agora