Cap.25

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"Tantos olhares me olhando e eu querendo o seu..."
1 semana depois
Acordei em uma sala toda branca, minha cabeça dói. Abro os olhos devagar pra acostumar com a claridade. Sinto alguém segurando minha mão, assim que meus olhos acostumam, vejo o Lucas dormindo em uma cadeira ao meu lado, segurando minha mão. Em um sofá no canto da sala, meu pai está dormindo.
- Mari: Lucas.- chamo baixo, pois não consigo falar direito. Ele acorda e assim que me vê seus olhos se enchem de lágrimas e ele me abraça.
- Lucas: Que bom que acordou minha pequena.
- Mari: Por quanto tempo eu dormi?
- Lucas: Uma semana bela adormecida.
- Mari: Lucas, cadê a mamãe?- ele me olhou e não falou nada. - Lucas cadê a minha mãe? - eu consegui soltar um pequeno grito e meu pai acordou.
- Victor: Minha princesa.- veio ao meu encontro e me abraçou.
- Mari: Papai, cadê a mamãe?
- Victor: Ela...ela..- ele não terminou de falar e começou a chorar.
- Mari: Não, não. - comecei a chorar e gritar, minha cabeça doía muito. - Foi tudo culpa minha!
- Lucas: Não pequena, não foi.- eu só conseguia chorar, queria arrancar todos aqueles fios que colocaram em mim e sair correndo. Logo uma enfermeira chegou e colocou algo no meu soro, eu fui acalmando, até pegar no sono.
X
Acordei e encontrei o quarto cheio de flores e balões. Olhei pro lado e vi a Blair, Dália, Briana, Monica, Lucas, Bryan, Julio, meu pai, Karine, Pedro e Bruno.
- Mari: Olá.
- Karine: Oi tchutchuca.- veio e me abraçou. Logo depois veio o resto do pessoal e me abraçou também.
- Lucas: Vocês poderiam me deixar cinco minutinhos a sós com a Mari?- todos saíram e ele se sentou na cama ao meu lado. - Oi princesa.
- Mari: Você devia falar "oi culpada".
- Lucas: Para Mari, não foi culpa sua.
- Mari: Claro que foi. Quem estava dirigindo? Quem começou a chorar e não prestou atenção no trânsito? Quem matou a mamãe?- comecei a chorar e o Lucas me abraçou.
- Lucas: Os bombeiros encontraram isso na mão dela e seu pai falou que era pra te entregar. - ele me entregou uma correntinha com um coração, atrás do coração tinha escrito "nunca deixe a culpa te consumir e te levar a loucura".
- Mari: Ela sempre usou essa correntinha. Lucas, me tira daqui, me leva no cemitério, por favor.
- Lucas: Calma, você vai ter alta em dois dias. Ainda precisa fazer alguns exames.
- Mari: Pede pro papai e pro Julio entrarem por favor.- ele saiu do quarto e meu pai e o Julio entraram.
- Victor: Oi meu amor.- me deu um beijo na testa e vi que seus olhos estavam inchados.
- Julio: Oi querida. - me deu um beijo também e os dois se sentaram na cama.
- Mari: Meus dois pais.- segurei na mão deles.- Me desculpem. Eu sei que vocês vão falar que a culpa não é minha, mas eu vou me sentir culpada por muito tempo. Eu só quero que o Julio continue morando na casa da mamãe e que nunca deixe de manter contato comigo. E pai, nunca se esqueça daquilo que a mamãe te falou.
- Victor: Eu já tinha conversado com o Julio e falado que ele iria continuar na casa. Também liguei na sua faculdade e eles falaram que você pode ir no começo de março. E eu nunca vou esquecer o que a sua mãe me disse.
- Julio: Eu não vou deixar de manter contato com você. Eu te considero uma filha pra mim.
- Mari: Eu amo vocês.- os abracei. - Pai cadê a Renata?
- Victor: Ela não quis vir.
- Mari: Ah.- fiquei um pouco chateada, mas não dei muita importância.
Eles saíram e as meninas entraram. Ficamos conversando até escurecer. Os meninos deram uma passada também e por fim ficou só o Lucas, o pessoal foi pra casa descansar, ele bateu o pé e falou que só iria sair daqui comigo, ou seja, daqui dois dias.
- Lucas: Ta melhor?
- Mari: Não.
- Lucas: Eu vou estar sempre aqui ta, pro que você precisar.
- Mari: Obrigada.- ele se sentou na cama e me abraçou.
- Lucas: Eu te amo.
- Mari: Eu também te amo.- virei pro lado e dormi.

Lucas on
Eu juro que se o Gustavo aparecer na minha frente eu mato ele. "Lucas mas ele não é seu amigo de infância?". É, mas ele magoou minha irmã, minha princesinha. Eu dou minha vida pra proteger a Mari. Eu sinceramente tenho nojo dele e da Keith.
Minha pequena está dormindo, então resolvi ir comer alguma coisa. Quando fiquei sabendo que ela estava em coma, eu quase morri. Chorei tanto, que o pessoal daqui do hospital queriam me dar calmante. Sai e fui a uma lanchonete do lado do hospital. Comprei um sanduíche e um suco. Assim que sai da lanchonete encontrei quem eu menos queria.
- Gustavo: Lucas como a Mari ta?
- Lucas: Não é da sua conta.
- Keith: Lucas por favor, não faz isso com a gente. Ela é minha amiga.
- Lucas: Amiga? Me poupe Keith. Você traiu a confiança dela. Sem falar a galha que você colocou em mim.
- Keith: Lucas...
- Lucas: Chega de mentira Keith. Agora deixa eu ir porque minha pequena ta me esperando.
- Gustavo: Eu quero ver ela!
- Lucas: Sabe o que você vai ver? Isso.- virei e dei um murro nele. Sai dali e corri na moça do atendimento. - Oi moça, eu gostaria de pedir um favor.
- Moça: Pode falar.
- Lucas: Se entrar um rapaz e uma moça aqui querendo ver a paciente Mariana Borges Nogueira, não deixem eles entrarem, por favor.
- Moça: Qual o nome deles?
- Lucas: Gustavo e Keith.
- Moça: Eles são parentes da paciente? Porque se forem, eu tenho que deixar eles entrar.
- Lucas: Não, ele é ex namorado e ela ex melhor amiga.
- Moça: Hum...tudo bem.
- Lucas: Obrigado.
Voltei pro quarto e ela estava dormindo. Comi meu lanche e fiquei sentado mexendo no celular, até mais ou menos 23:00 horas.
Voltei pra cadeira ao lado da cama da Mari e vi que ela suava frio. Tentei a acordar e nada. Ela começou a chorar e não acordava. Eu entrei em desespero. Corri pro corredor e comecei a gritar por um médico, enfermeira ou sei lá mais o que. Eu só queria alguém pra ajudar minha princesa. Eu só conseguia chorar, ver ela assim me deixava maluco. Eles colocaram um calmante no soro e logo ela sossegou. Dei um beijo em sua testa, sentei na cadeira ao lado da cama, peguei em sua mão e dormi.

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