"Foi pensando no medo de errar, foi lutando pra não me perder, enlouqueci..."
"Filha,eu te amo". Minha mãe falou soltando minha mão. "Não mãe, não me solta". Ela foi me soltando devagar e sumindo.
- Mari: Maaaãe!- acordei gritando e chorando muito.
- Blair: Calma, calma.-sentou na minha cama e me abraçou. - Briana, pega um copo de água por favor.
- Monica: Foi só um pesadelo amiga.
- Dália: É, calma. A gente ta aqui.
A Briana chegou com a água e me deu. Tomei um pouco, mas estava tremendo muito. Voltei a deitar e as meninas também.
X
- Lucas: Pequena. Acorda pequena.- abri meus olhos devagar e vi ele já arrumado do meu lado.- Bom dia, acorda e vai se arrumar, já estamos todos prontos.
Ele me deu um beijo na testa e saiu. Levantei, fui tomar um banho e fazer minhas higienes. Vesti uma calça jeans larguinha, regata branca justa e meu tênis branco e preto da adidas, deixei meu cabelo solto, peguei minha bolsa com meu celular, fone, documentos e desci. Cumprimentei todos, me despedi da Renata e do Julio e fomos pro aeroporto. Nosso vôo saía as 9:00, como ainda era 7:30, nos sentamos por ali para lanchar. Embarcamos e eu fui do lado lado do Lucas, ficamos conversando quase a viajem toda.
- Lucas: Agora não somos mais irmãos.
- Mari: Sim, mas eu continuo te amando muito.
- Lucas: Eu também te amo muito.
Encostei minha cabeça em seu ombro e ficamos em silêncio.Lucas on
Depois que conversei com a Mari, ela encostou sua cabeça no meu ombro e dormiu, então parei pra pensar um pouco. Eu amo tanto essa menina, que as vezes penso que é algo a mais. Não Lucas, ela era sua irmã a dois dias atrás. Fiquei ouvindo música até chegarmos ao Rio. Desembarcamos, eu ajudei a Mari a pegar suas malas e fomos pra casa. Ela chegou lá dormindo (meu Deus), peguei ela no colo pra levar ela pro quarto. No caminho até o quarto dela, fui observando aquele corpinho tão pequeno no meu colo, aquele rosto angelical... Como ela é linda. Eu quero proteger ela de tudo e de todos, quero ela sempre perto de mim pra que nada de ruim aconteça com ela. Cheguei em seu quarto, coloquei ela na cama, a cobri e dei um beijo em sua testa. Sai do quarto dela e fui arrumar minhas coisas.Mari on
Acordei no meu quarto. Como cheguei aqui? Não tenho ideia. Olhei no meu celular e eram 19:00 horas, é dormi demais. Desci e encontrei o Lucas e meu pai na sala assistindo futebol.
- Mari: Oi oi.
- Lucas: Olá bela adormecida.
- Victor: Oi filha.
- Mari: Primeiro, quem me levou pro quarto? E segundo, cadê minhas amigas?- falei me sentando no outro sofá.
- Lucas: Primeiro, eu te levei e faz uma dieta porque ta pesada fofa.- falou fazendo uma voz de menina, taquei uma almofada nele e meu pai ficou rindo da nossa cara.
- Victor: Bom, aqui em casa só ficou a Briana e o Bryan, as outras meninas foram pra casa. E só um comentário de pai, agora que vocês não são mais irmãos, eu apoio o Lucas de genro.
- Mari: PAI!- senti minhas bochechas queimarem e pelo jeito o Lucas não estava diferente.- Bom, vou sair rapidinho.
- Lucas: Pra onde?
- Mari: Resolver alguns problemas.- subi pro meu quarto, causei um vans, peguei tudo da Keith que estava aqui em casa, chamei um táxi e desci pra poder sair.
- Victor: Meu genro vai te levar.
- Mari: PAI PARA!
- Victor: Tudo bem.- soltou uma gargalhada.
- Mari: O táxi já chegou. Beijos.
- Victor: Se cuida.
Sai e entrei no táxi, falei o endereço e em menos de 15 minutos chegamos. Paguei, bati na campainha, logo a tia Katerine abriu a porta (sim, tia, ela não tem culpa da filha não prestar). Assim que ela me viu, me abraçou.
- Katerine: Minha menina, meus sentimentos.
- Mari: Obrigada tia.
- Katerine: Tanta tragédia em uma semana só.
- Mari: Verdade, mas eu vou conseguir aguentar.
- Katerine: Vai sim, você é uma mulher forte. E por favor, nunca deixe de manter contato comigo e com seu tio.
- Mari: Nunca tia. A Keith está?
- Katerine: É tão estranho ouvir você chamando ela assim, mas você tem razão. E quer saber? Se fosse eu, nem vinha aqui. Ela está no quarto, você sabe onde fica.
Entrei e meu tio estava na sala, dei um beijo em sua bochecha e subi as escadas. Cheguei na porta do quarto da Keith e respirei fundo antes de bater.
- Keith: Entra.- falou assim que bati na porta.
- Mari: Olá.
- Keith: Oi..Mariana.
- Mari: Podemos conversar. - tentei parecer o mais fria possível.
- Keith: Claro.
- Mari: Então, eu não quero saber o porque de ter acontecido. Nós eramos amigas e eu não sei se um dia vou te perdoar por isso, muito menos ele.- nessa hora tanto meus olhos quanto os dela já estavam marejando, adeus tentativas de ser fria. - Eu te amava muito, a ponto de te chamar de irmã. Mas infelizmente as coisas não são como queremos. Espero do fundo do meu coração que você seja feliz. Eu só vim pra trazer suas coisas que estavam lá em casa. - a entreguei a sacola com suas roupas, quando me levantei pra ir embora, ela puxou meu braço.
- Keith: Posso falar?- me sentei de novo.- Bom, eu sei que o que eu fiz foi mais que errado, sei que você nunca vai me perdoar por isso, mas mesmo assim quero te pedir desculpa. Desculpa por fazer coisas impensadas, por todas as vezes que te magoei, por não dar o devido valor a melhor amiga que eu tinha. Me perdoa por tudo, tudo mesmo. E eu espero muito que você e seu irmão sejam felizes.
- Mari: Ele não é mais meu irmão. Meu pai separou da Renata.
- Keith: Ah sim. E Mariana, meus sentimentos pela sua mãe.
- Mari: Obrigada. Agora já vou.
- Keith: Eu sei que posso receber um "não", mas vou correr o risco. Me dá um último abraço?- pensei em tudo o que aconteceu, mas pensei também em todos os momentos bons que passamos. Me virei e dei um abraço nela, ela me apertou e senti suas lágrimas molharem meu ombro. Segurei minhas lágrimas, não vou chorar na frente dela (sim, sou orgulhosa). Ela me soltou e correu pro banheiro, sai dali, me despedi dos meus tios e voltei pra casa andando. Estava escuro, mas não ia esperar um táxi chegar. O frio batia e as lágrimas rolavam. Tanta coisa aconteceu em uma semana, eu só tenho que agradecer a Deus por me dar forças pra aguentar. Resolvi ir pra praia, sentei ali e fiquei olhando pro mar. De repente sinto alguém se aproximando. Quando pensei em sair correndo a pessoa se sentou do meu lado.
- Xxx: Calma pequena.
- Mari: Quer me matar do coração Lucas?
- Lucas: Desculpa.
- Mari: Como sabia que eu estava aqui?
- Lucas: Digamos que vi você com as coisas da Keith na sacola, sabia que ia devolver. Como você demorou muito pra voltar pra casa, eu resolvi vir atrás de você. Tava passando aqui e te vi. Fim da história.
- Mari: Obrigada.
- Lucas: Por que?
- Mari: Por tudo, por me entender, por me ajudar sempre, por me proteger, por sempre estar comigo, por ser a melhor pessoa do mundo.
- Lucas: Obrigado você por ter entrado na minha vida.- ele passou seu braço por cima do meu ombro e eu enconstei minha cabeça no ombro dele. Ficamos ali por um bom tempo, sem falar nada, só um sentindo a dor do outro.- Acho melhor voltarmos.
- Mari: Sim.
Fomos pro carro dele e em alguns minutos chegamos em casa. Meu pai, Bryan e Briana estavam na sala jogando vídeo game (meu pai só tem tamanho). Estava muito suja de areia, subi pro meu quarto e coloquei a banheira pra encher enquanto separava uma roupa. Voltei para o banheiro, tirei minha roupa e joguei no cesto. Fiquei na banheira por uns vinte minutos pensando em tanta coisa... Por que minha mãe morreu? Por que minha melhor amiga me traiu? Eu amava o Gustavo? Mas o que eu realmente quero saber é se o que eu sinto pelo Lucas é algo a mais do que amizade.
Terminei meu banho, deixei o cabelo preso em um coque, vesti uma calça de moletom preta e uma regata azul. Desci e o pessoal ainda estava lá na sala. Meu pai falou que tava com sono, então foi deitar.
- Mari: Boa noite coroa.
- Victor: Coroa nem no seu sonho. Tenho corpinho de boy de 20 anos.
- Mari: Ta bom pai. - ele me deu um beijo, se despediu do pessoal e foi deitar.
- Bryan: Verdade ou consequência?
- Briana: Eu topo!
- Mari: Ta bom.
- Lucas: Acho que não.
- Mari: Vamos Lucas.- fiz beicinho, ele revirou os olhos e se sentou no chão.
- Bryan: Okay, vai ser assim, pra ser diferente não vai ter verdade, só consequência. O menino que não cumprir o desafio, vai correr de cueca no meio da praça e alguém vai filmar e ter o direito de postar em qualquer rede social. Já as meninas, vão ter que dançar no meio do shopping uma música da galinha pintadinha e nós vamos filmar. E quem não pagar o mico, vai ter que pagar R$500,00 pra cada um da roda. Todos de acordo?
- Sim.- todos nós concordamos.
A Briana pegou uma garrafa na cozinha e voltou pra roda. O Bryan girou e parou: Mari>Lucas. Ele teve que postar no twitter que queria saber um remédio pra diarreia. Se eu ri? Bobeira. E sabe por que escolhi o twitter? Pelo simples fato do Lucas ser "famosinho". Depois a garrafa parou: Lucas> Briana. Ela teve que dançar "watch me", enquanto ela dançava o Bryan filmou e postou no face. Depois de morrermos de rir da cara dela, ela girou a garrafa e parou:Bryan>Briana. Ele mandou ela beijar o Lucas. Sim, fiquei com ciúmes, se é isso que querem saber. Mas o que eu posso fazer? Rodar a baiana e gritar: "larga o boy porque é meu"?! Não dá né. Eles só se separaram depois de um tosse do Bryan. Eu já desanimei de jogar, então ia ficar só mais essa rodada. Bryan girou a garrafa e parou Briana>Mari, lá vem. Ela me desafiou a dar um beijo no Bryan. Pensei em todas as minhas opções: o beijo seria só agora, o video meu dançando galinha pintadinha no meio do shopping seria motivo de zueira por muito tempo e com R$ 500,00 eu compro sapato. Me levantei e fui acabar logo com isso, ta que quem eu queria beijar era o moreno do meu lado, mas vamos lá. Até que o Bryan não beija mal. Enquanto o beijava vi o Lucas se levantar e sair de casa. Tentei o gritar mas não adiantou. Corri no meu quarto, peguei meu capacete e a chave da minha moto, o Bryan e a Briana não estavam entendo nada. Sai correndo (sim, de moletom) e fui atrás do Lucas. Fui direto pra praia, lá é meio que "nosso refúgio". Mas eu não entendo o porque do Lucas ter ficado daquele jeito. Estacionei minha moto e fui andando pela areia, o vi sentado lá na frente olhando para o mar.
- Mari: Posso me sentar?
- Lucas: Não prefere sentar com o Bryan?- irônico nem um pouco.
- Mari: O que foi Lucas?
- Lucas: Quer que eu fale o que foi?!
- Mari: Se eu perguntei...
- Lucas: Então ta.- ele levantou e ficou me encarando, me levantei e fiquei olhando em seus olhos.- Eu não sei o que ta acontecendo comigo, de uns tempos pra cá eu não te vejo só como minha "irmã", eu queria te proteger de tudo e todos. Quando você começou a namorar com o Gustavo, eu fingi estar feliz, mas não estava. Eu fiquei pensando que ele tava fazendo com você o que eu queria fazer, te fazer sorrir, te fazer se sentir bem. Eu queria estar no lugar do Gustavo. Sim, eu estava namorando a Keith, achei que a amava, mas não, quem eu sempre amei estava na minha frente e eu chamava de irmã...
- Mari: Lucas, cala a boca.
- Lucas: Quando seu pai separou da minha mãe, eu vi uma oportunidade de ter você pra mim. Mas eu sei que esse sentimento não é mútuo...
- Mari: Lucas, cala.
- Lucas: Mas eu sinto ciúme de você, droga! Eu matava o Bryan em pensamento enquanto assistia aquele beijo de camarote.
- Mari: Lucas, dá pra calar?
- Lucas: PORQUE CARAMBA?
- Mari: PORQUE EU QUERO FALAR POXA.
- Lucas: Falar o que?! Como gostou do beijo dele e que não me vê além de irmão e melhor amigo?!
- Mari: Não. Eu quero falar que também gosto de você, que também matei a Briana em pensamento enquanto ela te beijava, que eu não sei o que ta acontecendo comigo mas eu não penso em ninguém a não ser em você. Eu também pensei amar o Gustavo, mas só pensei isso porque não sabia o que era amar de verdade.
- Lucas: V-você disse que...que gosta de mim?
- Mari: Sim idiota. - dei um sorriso tão bobo, que nem eu mesma consegui entender. Ele me puxou pela cintura e colou nossos corpos.
- Lucas: Eu sei que bem aí no fundo você ainda sente algo pelo Gustavo. Mas eu to aqui, disposto a te fazer esquecer. - passei meus braços em seu pescoço e ele colou nossos lábios. Foi um beijo calmo, cheio de carinho e com gosto de hortelã. Paramos o beijo por falta de ar. Ele olhou nos meus olhos e deu um sorriso de tirar o fôlego.
- Lucas: Como esperei por isso. - a única coisa que consegui fazer foi dar um enorme sorriso como resposta.
Ficamos ali mais um pouco, até resolvermos voltar pra casa. Pelo jeito todos já estavam dormindo, então resolvi ir dormir também. Antes de entrar no quarto, o Lucas me puxou e me beijou de novo.
- Lucas: Boa noite minha princesa.
- Mari: Boa noite meu moreno. - me deu um selinho e foi pro quarto.
Entrei e encontrei a Briana sentada na minha cama. Achei que ela estivesse dormindo, mas okay.
- Mari: Bri, ta tudo bem?
- Briana: Ta sim, eu só queria pedir desculpa.
- Mari: Por?
- Briana: Eu vi como o Lucas te olhou enquanto você beijava o Bryan. Eu percebi que ele gosta de verdade de você. Me desculpa por ter dado esse desafio pra você. Eu já conversei com meu irmão e a partir de hoje, nós quatro seremos só amigos. Bom, você e o Lucas não sei.- deu um sorriso lerdo.- Mas você entendeu, né?
- Mari: Entendi e não precisa pedir desculpa, você não sabia de nada, pra falar a verdade nem eu mesma sabia. E obrigada por fazer isso.
- Briana: Sem problema. Agora me conta tudo o que rolou quando foi atrás dele.
Me sentei com ela e contei toda a história. Me bateu o sono, escovei meus dentes e fui me deitar. A Briana ia dormir comigo hoje, dizendo ela que ta com preguiça de ir pro quarto.
- Briana: Boa noite princesinha do Lucas.
- Mari: Boa noite boba da corte.Lucas on
Sabe quando tu fica com um sorriso bobo no rosto? Pois é, eu to assim. To pior que adolescente apaixonada. Entei no quarto e encontrei o Bryan jogado na minha cama. Além de beijar minha morena, ainda é folgado.
- Bryan: Desculpa a folga cara, mas é que to esperando você a quase uma hora.
- Lucas: De boa. Mas fala aí, pra que tava me esperando?
- Bryan: É que depois do beijo e tu sair bolado, a Briana viu que vocês se gostam de verdade, então eu prometo não tentar nada com a Mari. Mesmo ela sendo linda e eu ter um pequena queda por morenas, vou resistir.
- Lucas: Valeu Bryan.
- Bryan: Beleza, vou dormir agora. Falou moreno apaixonado.- soltou uma gargalhada e me deu um tapa na testa.
- Lucas: Falou branquelho que vai servir de vela. - dei um tapa em seu pescoço. - Ou, mas já que tu tem queda por morena, a Mari tem uma amiga morena.
- Bryan: Quem? A Monica?
- Lucas: Essa mesmo.
- Bryan: Já to de olho nela chegado.
- Lucas: Eita gavião. - dei uma gargalhada e ele saiu do quarto.
Tirei minha camiseta e meu tênis, me joguei na cama e em pouco tempo dormi, lembrando do beijo da minha morena.¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥¥
Hey cupcakes, como estão? E aí, o que estão achando da história?! Siim, eu tive que colocar LuRi (Lucas e Mari). Meu Deus como não pensei nisso antes! Queria agradecer a Karol por me ajudar a pensar no novo casal sensação do verão 2015, e também agradecer minha prima que me ajudou a pensar em uma forma mais "fofa" pro primeiro beijo LuRi. Obrigada a todos pelas visualizações, e continuem votando! E me contem o que estão achando do livro nos comentários.
Beijos, Ester.
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Meu Lugar
RandomMariana é uma jovem de 17 anos. Sempre sonhou com seu futuro e com sua independência. Seus pais se separaram quando ela tinha 5 anos, e então ela se mudou pra São Paulo com sua mãe. Garota sonhadora mas sempre com os pés no chão. Ama desenhar e pre...