"O fato dele não ligar é que manteve essa chama de pé..."
— Xxx: Princesa, acorda. — sinto alguém me cutucar.
— Mari: Lucas! — abro os olhos na esperança de ver o moreno ao meu lado, mas só vejo o Davi.
— Davi: Desculpa.
— Mari: Relaxa, vou ter que acostumar que ele foi embora.
— Davi: Vamos, vou te levar em um lugar.
— Mari: Nem rola.
— Davi: Não?
— Mari: Não.
— Davi: Então ta. — ele me pegou no colo e começou a sair do quarto.
— Mari: O que você ta fazendo? — ele não respondeu. Passamos pela sala e meu pai olha com uma cara tipo "eles são retardados". — Davi, me desce agora. - chegamos na garagem e ele abre a porta do carro do meu pai e literalmente me joga lá dentro.
— Davi: Você quem sabe, vai se trocar ou vamos com você de pijama mesmo?
— Mari: Aaargh!! Eu te odeio.
— Davi: Também te amo. — saio pisando duro, mas paro quando ele me chama. — Faz uma dieta, tu ta muito gorda.
— Mari: Calado, idiota.
Vou pro meu quarto, mas antes paro na sala e dou um beijo no meu pai. Tomo um banho, faço minhas higienes e vou escolher algo pra vestir. Optei por uma jardineira branca com um cropped preto e meu all star branco. Deixei o cabelo solto, peguei meu celular e desci.
— Mari: Cadê a Monica? — perguntei assim que cheguei na sala.
— Victor: Foi pra casa. Ela deixou um beijo pra você, falou que vocês se encontram amanhã no aeroporto e que se precisar de alguma coisa, pode ligar.
— Mari: Ah sim. — nos despedimos do meu pai e fomos pra não sei aonde.
No caminho estava um silêncio irritante, então o Davi resolveu quebrar o gelo.
— Davi: Tava pensando...
— Mari: Milagre.
— Davi: Calada. Eu não te entendo.
— Mari: Por quê?
— Davi: Você vai de fofa a neurótica em questão de segundos.
— Mari: Novas, Davi.
Continuamos um papo legal, falando sobre as "namoradas" do Davi, sobre onde estávamos indo (ele não falou -.-) e outros papos aleatórios. Depois de uns 10 minutos, chegamos ao shopping.
— Mari: Pra que esse suspense todo só pra me trazer no shopping?
— Davi: Sei lá, é legal te ver curiosa.
Entramos e o primeiro lugar que procurei foi a praça de alimentação (novas). Tomamos um breve café da manhã e ficamos sentados por ali conversando até o cinema abrir, ou seja, nós chegamos no shopping às 10:00 horas e o cinema só abre às 14:00 horas. Resolvemos fazer uma brincadeira.
— Davi: Eu te desafio a chegar em alguma menina que tem por aqui e perguntar se ela gosta de milho enlatado, se ela falar que sim você diz "nossa, que galinha moderna", vira e sai.
— Mari: Se eu fizer, o que ganho?
— Davi: Eu te pago quantas batatas quiser.
— Mari: Fechado.
Levantei e andei um pouco pra achar minha vítima perfeita. Vi um grupinho de meninas sentadas no banco e resolvi chegar na ruiva.
— Mari: Oi, com licença, meu nome é Mariana e o seu?
— Xxx: Bianca. — galinha sabe falar, que incrível.
— Mari: Eu gostaria de te fazer uma pergunta. Você gosta de milho enlatado?
— Bianca: Sim, por quê?
— Mari: Nossa, que galinha moderna. — me virei e sai, senti ela me fuzilar com os olhos e escutei suas amiguinhas rindo.
— Davi: To falido. — disse assim que sentei.
— Mari: Pode ter certeza.
Comprei minha primeira batata e quando fui voltar pra mesa me esbarrei em um guri.
— Mari: Me desculpa...Phelipe? — disse ao olhar pro garoto.
— Phelipe: Oi Mariana, não disse que nos esbarravamos por aí? — disse com um sorriso torto.
— Mari: É. — dei um sorriso sem graça.
— Phelipe: Tenho que ir, foi bom te ver. — me deu um beijo no rosto e saiu.
Voltei pra mesa e fiquei pensando no que ele disse. Será que ele é algum maníaco que está me seguindo? Fui tirada de meus pensamentos pelo Davi pegando minha batata.
— Mari: Sai garoto. Tá, agora é minha vez. Você vai ter que chegar em alguma menina e dar um cantada, levantar e sair. Se você fizer isso sem levar um fora, eu canto uma música aqui no meio de todo mundo.
— Davi: Fechado.Davi on
Levantei da mesa e dei uma olhada em volta, vi uma menina sentada sozinha com um livro na mão. Cheguei perto e coloquei meu plano em ação.
— Davi: Com licença, posso sentar? — ela me olhou por cima do óculos e pensou bem antes de responder.
— Xxx: Pode.
— Davi: Prazer, Davi. — estiquei minha mão.
— Xxx: Nayara. — pegou na minha mão e eu dei um beijo em sua mão. Vi ela ficar vermelha e dei um sorriso involuntário.
— Davi: Ta sozinha?
— Nayara: Sim.
— Davi: Saquei. Não quer sentar ali comigo e com minha prima? — droga, o que to fazendo.
— Nayara: Acho melhor ficar aqui.
— Davi: Bora linda. — levantei e a puxei pela mão.
Olha, realmente não sei o que deu em mim, mas to nem dando bola pro desafio da Mari, só queria ficar um pouco mais com a Nayara. Chegamos na mesa e a Mari tava viajando na batata dela.
— Davi: Mari essa é a Nayara. Nayara, essa é a Mari, minha prima.
— Mari: Oi. — sabe quando tu vê o ciúme no olho da pessoa? Então. Dei uma olhada pra ela do tipo "to afim, não estraga", ela entendeu o recado e deu um abraço na Nayara.
— Davi: Eu não consegui dar a cantada, mas bem que você podia cantar pra gente né Mari?
— Mari: Nem se sua vida dependesse disso, meu bem.
— Davi: Por favor. — tentei fazer uma cara fofa, que pela reação da Nayara e da Mari, foi no máximo estranha.
— Mari: Ta. Prima, escolhe uma música aí. — a coitada da Nayara ficou de toda cor antes de conseguir responder.
— Nayara: Garota da vitrine, do Dubeat. — os olhos da Mari brilharam e ela abriu um sorriso enorme.
— Mari: Já ta aprovada, tem bom gosto musical.
Ela saiu e foi pro rumo de um palco que tinha ali perto. Ela conversou com um rapaz que estava do lado e pegou o violão. As pessoas começaram a prestar atenção nela e logo reparei que ela estava vermelha (choque sociedade, ela tem vergonha). Ela começou a tocar algumas notas da música e logo se formou um grupo de garotas perto do palco. Ela começou a cantar e até os meninos que passavam pararam pra olhar, até minha pessoa, esse ser maravilhoso, estava cantarolando algumas partes da música. Comecei a observar aquela menina linda que tava do meu lado, tão envolvida na música. A Mari terminou de cantar e todos aplaudiram, uns muleques foram lá paquerar ela, porém, fail. Ela voltou e então resolvemos ir ver o filme e claro, a Nayara foi com a gente.
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Meu Lugar
RandomMariana é uma jovem de 17 anos. Sempre sonhou com seu futuro e com sua independência. Seus pais se separaram quando ela tinha 5 anos, e então ela se mudou pra São Paulo com sua mãe. Garota sonhadora mas sempre com os pés no chão. Ama desenhar e pre...