Cap.16

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"Quer ser minha pequenina e pro mundo grandona..."
   Acordei e a Monica ainda dormia, olhei às horas no celular que marcavam 6:30 da manhã. Levantei, fiz minha higiene e resolvi fazer um café da manhã já que perdi o sono. Fiz bolo de cenoura, panqueca, café, suco de laranja (sou pra casar), coloquei tudo na mesa e mais algumas coisas. Terminei tudo às 7:20 e a campainha tocou. Quem me atentas a uma hora dessas senhor?! Quando abri a porta dei de cara com ela..tão diferente, sem sua maquiagem leve para tampar suas olheiras, com uma expressão tão triste e arrependida. Seus olhos estão inchados, não muito diferente dos meus.
- Mari: Ah..é..bom dia.- antes de eu pelo menos raciocinar o que falar, ela me abraçou de uma forma que parecia não fazer isso à séculos.
- Kit Kat: Me desculpa amiga, por favor.- senti algumas lágrimas molharem meu ombro e vi que logo faria o mesmo em seu ombro.
- Mari: Tudo bem, entra.- fechei a porta e nos sentamos no sofá.
- Kit Kat: Ontem depois que você desligou, eu parei pra pensar e vi que você está certa. Eu falo e faço tudo sem pensar, sem nem ao menos tentar entender o lado das outras pessoas. Não me importo se vou magoar alguém, só me importo em não me magoar. Eu não devia ter falado tudo aquilo pra sua amiga, eu...eu não sei o que deu em mim. Quando vi que seu irmão ficou grilado também, eu não sabia o que fazer. Me desculpa baixinha, por favor...- começamos a chorar mais uma vez e nos abraçamos.
- Mari: Primeiro, baixinha não, compacta. Segundo, é lógico que te desculpo, nós somos irmãs e irmãs brigam, certo? Terceiro, você vai pedir desculpa pra Monica também.- começamos a rir, então me lembrei do café da manhã. - Amiga me ajuda, vai chamar o Lucas enquanto eu chamo a Monica, pra gente poder tomar o café da manhã.
- Kit Kat: Gostei do papo sobre comida, agora...deixa que eu chamo a Monica e me desculpo com ela, enquanto você chama seu irmão.
- Mari: Como? Você vai lá chamar ele pra mim? Muito obrigada pequena. - dei um beijo em sua testa e sai correndo pro meu quarto. Consegui ouvir um "chata" mas nem me importei.
Cheguei lá e a Monica estava no telefone, assim que me viu deu um sorriso e me entregou o telefone.
- Mari: Quem é?- perguntei baixinho pra ela.
- Monica: Minha mãe.
Ligação on
-Mari: Alô.
- Xxx: Oi, Mariana?
- Mari: Sim.
- Xxx: Prazer Marcela, mãe da foquinha. - tive que segurar uma risada, mas quase não consigo.
- Mari: Prazer.
- Marcela: Então flor, só queria agradecer por acolher minha menina e por estar com ela nesse momento tão...delicado.
- Mari: Oh sim, eu fiquei sabendo sobre...- não sabia que palavras usar.
- Marcela: Do câncer? É, nem tudo é como esperamos né minha filha.- vi que sua voz estava embargada então resolvi mudar de assunto.
- Mari: Apareça um dia aqui Marcela, por favor, vai ser um prazer conhecer a senhora pessoalmente.
- Marcela: Apareço só se você nunca mais me chamar de senhora, pelo amor de Deus. Pode me chamar de tia.- ela tem uma risada contagiante.
- Mari: Tudo bem tia, estou te esperando um dia desses.
- Marcela: Okay flor, agora tenho que ir. Dá um beijo na minha foquinha e fala que eu a amo muito. Beijos.
- Mari: Beijos tia.
Ligação off
Entreguei o celular pra Monica e comecei a rir.
- Monica: O que foi? O que minha mãe falou?
- Mari: Ela só mandou um beijo pra foquinha dela e mandou falar que te ama.
- Monica: Meu Deus, não acredito que ela falou isso.
Descemos e o casal vinte ainda não tava lá. Me sentei e a Monica sentou ao meu lado, começamos a comer e os dois chegar num amor só, nem parece que estavam brigados.
- Kit Kat: Monica, me desculpa...- assim que ela começou a falar, a Monica a cortou.
- Monica: Keith não precisa. Eu te entendo e nunca, nunca mesmo, deixa de ter ciúmes e de demonstrar.- seus olhos se encheram de lágrimas e eu a abracei.
- Mari: Sobe pro quarto, já to indo.- ela deu um sorriso de lado e subiu.
Arrumei uma bandeja com um pouco de comida e suco de laranja.
- Kit Kat: Vou com você Mari.
- Lucas: Ótimo, sobra mais comida pra mim.
- Kit Kat: Nossa amor, deixa de ser insensível.
- Mari: Casal chega, vamos logo Kit Kat.
Quando chegamos no quarto, ela tava deitada na cama, encolhida e chorando baixinho. Coloquei a bandeja na mesinha do computador, me sentei ao seu lado e ela colocou a cabeça no meu colo, comecei a fazer cafuné nela, a Kit Kat se sentou ao nosso lado e começou a passar a mão no cabelo dela também. Ficamos assim por mais ou menos uma hora, até ela se sentar na cama e comer um pouco.
- Mari: Quer conversar?
- Monica: É que...quando eu vi o Fernando, meu ex, me traindo e fui falar com ele - ela abaixou a cabeça e vi que estava quase chorando novamente- ele falou que não tava feliz, que eu não o amava mais, que muitas vezes tentava me passar ciúmes pra ver se eu pelo menos falava alguma coisa mas eu nunca fazia nada. E por mais que eu não demonstrasse, eu o amava muito, mas vê-lo ali, com outra, me fez duvidar muito dos meus sentimentos por ele. Mas ainda dói lembrar daquela cena. Por isso fiquei daquela jeito quando te falei aquilo Keith.
- Kit Kat: Pode me chamar de Kit Kat.
- Monica: Achei que só suas amigas te chamassem assim.
- Kit Kat: Isso mesmo, só minhas amigas e você é uma delas.
-Mari: Ai quanto amor. Mas agora que já vomitei arco íris aqui, vamos fazer um dia das meninas, com muito filme, tags e gordises. E amiga, desculpa mas, vou chutar seu amor daqui de casa.
- Kit Kat: Okay, se precisar de ajuda.
- Monica: Meninas obrigada por tudo.
- Mari: Por nada, agora você faz parte do bonde.- começamos a rir, entao desci atrás do Lucas.
Sai gritando ele pela casa toda mas não tive nenhuma resposta, deve ter dormido de novo porque, pra dormir mais que o Lucas nem urso em hibernação. Cheguei na sala e dei de cara com o Gusta segurando um buquê enorme de rosas.
- Gusta: Oi pequena.
- Mari: Oi meu bem.- dei um selinho nele e peguei o buquê que ele me entregou.
- Gusta: Pega a rosa do meio.- peguei e na verdade era uma caixinha, quando a abri encontrei duas alianças, meu olhos se encheram de lágrimas.- Eu sei que não é o pedido mais romântico do mundo e nem o que você realmente merece, mas prometo caprichar mais no de casamento. - minha boca se abriu em um perfeito "O" e ele começou a rir.- Calma princesa. Enfim, quando eu estava vindo pra cá, eu percebi o quanto estou apaixonado por você. Não podia adiar mais nem um dia sequer para fazer isso. Então, Mariana Borges Nogueira, aceita ser minha legítima namorada, para eu amar e respeitar até que a Motta nos separe?
- Mari: Não...- ele arregalou os olhos e eu me segurei para não rir, perco o namorado mas não perco a zoeira.- Não poderia dar outra resposta que não fosse sim.
Ele me beijou e colocou a aliança no meu dedo. As meninas ( incluindo Lucas, que desceu as escadas dando pulinhos iguais aos meus) chegaram na sala pra nos dar os parabéns. "Tia, como eles já sabiam?". Simples, as Marias Fofoqueiras estavam ouvindo tudo do topo da escada. Depois do papel pai ser cumprido pelo Lucas, resolvemos deixar o dia das meninas de lado e fazer um cineminha no jardim (foto da mídia). Ficamos lá até umas 2:00 da manhã, levamos os colchões pra sala e dormimos por ali mesmo.

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Meu amores perdão pela demora. O capítulo não é um dos melhores mas eu prometo caprichar mais nos próximos. Queria avisar que no próximo capítulo eu vou dar uma "puladinha" na história. "Aaah, mas porque tia Ester?". Porque eu to achando a história muito sem gracinha, sim sou doida. Enfim, pra não ficar uma coisa muito "viveram feliz para sempre" e comum demais, eu vou pular um pouco e vou começar a contar as reviravoltas que vão ter na vida da Mari. Espero que vocês gostem dos próximos capítulos, dêem muitas risadas e se emocionem muito também. Obrigada pelas visualizações e pelos votos. Se gostarem da história, indiquem pro vizinho, pra , pra tia, pros amigos, pro piriquito, pra todo mundo. E deixem a opinião de vocês nos comentários.

Beijos, Ester.

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