• Fifteen •

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A grande cadeira estava virada para a parede, estranhei, fechei a porta e me aproximei da mesa.

— Que bom que veio.

Ah não, aquela não era a voz da diretora, engoli seco e dei um passo pra trás, a cadeira se virou e mostrou Suga com o meu bilhete rosa na mão direita. Ele pôs os coturnos brancos sobre a mesa e abriu o meu bilhete.

— Suga, o que está a fazendo aqui? Você pode ser expulso se te virem sentado na cadeira da diretora. - Eu falei me aproximando da mesa novamente.

— Relaxa, a diretora está em reunião com os outros professores. - Ele falou.

— Entao, o que você quer? - Eu perguntei e ele mostrou mo bilhete.

— Eu nunca pensei que você fosse me agradecer por algo. - Ele falou e riu baixo.

— Eu não sou tão orgulhosa igual a você, apesar de você ter me humilhado na frente danosa classe. - Eu falei e cruzei os braços.

— Orgulhoso? Eu te defendi na frente de uma escola inteira. - Ele disse brincando com o bilhete. — Ah e já conversamos sobre isso.

— Você não disse nada mais que a verdade, se bem que isso já é uma supresa vindo de um garoto como você. - Disse dando a volta na mesa e parando na frente de Suga, ele uivou fraco e eu revirei os olhos.

— Está me chamando de mentiroso? Wow, essa doeu. - Ele falou e eu dei ombros.

— Interprete como quiser. - Eu falei, ele fez sinal para que eu me aproximasse, neguei e ele revirou os olhos.

— Vem aqui. Eu não vou te morder. - Ele disse e colocou os pés de volta no chão, ele suspirou e pegou no meu pulso.

— S-Suga, não ous-

Não fui rápida o suficiente, em segundos eu já estava sentada no colo dele, de costas para ele. Meu rosto enrubesceu e ele envolveu os braços envolta da minha cintura me prendendo contra seu corpo.

— N-Não... Me deixe sair. - Eu falei e abaixei minha saia na parte da frente para que ela não levantasse.

— Santinha, você não me engana... - Senti sua respiração calma sobre meu pescoço e estremeci, por que essas reações? Eu não gosto desse playboy! — Você é tão reprimida que com apenas um toque já-

— S-Suga, não! Isso não acontece! - Eu o cortei e ele riu.

— Ah não? O que foi aquilo na borda da piscina então? - Ele perguntou. Meus batimentos já estavam descompassados, Suga apertou minha cintura e eu fechei os olhos sem me dar conta.

— Não foi n-nada. - Eu respondi baixando minha cabeça.

— Cacete, eu não posso com você. - Ele disse e tirou um dos braços da minha cintura e juntou minhas pernas pegando-as e colocando sobre o braço de ferro da cadeira, sua mão livre subiu e segurou meus ombros me deixando de lado. — Para de ser assim.

Ele avisou e escorregou sua mão esquerda para minha nuca, me puxando. Droga, de novo. Suga colou os lábios nos meus, eu juro que tentei resistir, mas... eu não conseguia. Ele pediu passagem e eu cedi facilmente, deslizei minha mão até seu ombro e agarrei sua jaqueta.

— S-Suga, a diretora p-pode chegar a qualquer momento. - Eu falei perto dos lábios dele.

— Já disse que não considero as frases que você gagueja. - Ele disse e mordeu meu lábio inferior, grunhi de dor e Suga o chupou.

Eu o odeio, eu preciso me lembrar disso, ele é ridículo, idiota, babaca, gostoso... Ah! O que?! Não, gostoso não! Oh meu Deus o que está acontecendo comigo?! Controle, eu preciso de controle...

O sinal, avisando o final do intervalo soou, eu, com esforço, descolei meus lábios dos de Suga.

— Nós temos aula agora... - Eu falei e ele grunhiu em reprovação.

— Você não precisa de aulas, já sabe toda a matéria. - Ele disse.

— É s-serio, o professor vai notar nossa falta. - Eu afirmei, ele revirou os olhos.

— Que note. - Suga disse e nós paramos por um momento para ouvir o som da maçaneta da porta ser girada, droga!

Felizmente a porta estava trancada, o que deu tempo para eu e Suga corrermos até o armário mais próximo e entrarmos lá dentro, eu entrei em desespero mútuo, Suga tampou a minha boca e fechou a porta do armário silenciosamente.

— Quietinha, entendeu? - Ele sussurrou e eu assenti ainda com os olhos arregalados, Suga olhou pela fresta do armário e viu a diretora entrar em sua sala e sentar na cadeira.

Eu não acredito no que está acontecendo! Eu não posso estar aqui, eu devia estar em sala, Shuna deve estar se perguntando onde estou, Hyun, no mínimo, deve estar imaginando que eu estou transando com Suga no banheiro feminino, Deus, onde eu fui me meter?!

Suga tirou o celular do bolso e começou a digitar em suas notas.

"Parece que vamos ter que ficar aqui por um tempo, santinha, se não quisermos ser pegos"

Eu assenti fitando as palavras no ecrã branco do IPhone. Minha reputação está indo por água abaixo e Suga vai pagar caro por isso.

Ele começou a jogar algum jogo no celular enquanto eu fitava seu rosto ser iluminado pela luminosidade da tela. Eu mal podia me mover e respirar, aquilo estava começando a me incomodar, o fato de eu estar tendo dificuldades para respirar estava me desesperando. Sim, eu tenho asma, e minha bombinha está na minha mochila, que ótimo. Tentei me concentrar apenas na minha respiração.

— S-Suga... - Eu sussurrei. — Eu tenho asma, e está piorando. - Ele guardou o celular no mesmo instante e engoliu seco.

— Você consegue aguentar? - Ele sussurrou de volta enquanto eu me recostava sobre a parede do armário tentando respirar normalmente.

— E-Eu não sei... - Falei baixo e ele suspirou preocupado.

— Saia, a diretora não vai te punir por estar matando aula. - Ele disse colocando duas mechas do meu cabelo para trás das minhas orelhas.

Eu não esperava essa consideração vinda dele, não mesmo.

— E você? P-Pode ser suspenso por estar aqui. - Falei, eu não sabia o por quê mas eu estava preocupada com ele, sendo que era eu quem estava quase tendo uma crise de asma.

— Não se importe comigo. - Ele disse e eu senti meu coração acelerar levemente, aquilo só podia ser efeito da quase crise, tinha que ser. — Vamos sair.

No mesmo instante um inspetor entrou na sala e a maldita diretora foi chamada para resolver um problema fora do local, assim que a idosa saiu de sua sala, eu e Suga abrimos o armário.

Eu tossi e ele segurou meus antebraços impedindo que eu me desequilibrasse.

— Você precisa ir na enfermaria. - Ele disse enquanto eu tentava ao máximo buscar ar no ambiente. Eu quis recusar mas eu estava mesmo mal e precisava de ar imediatamente.

Assenti e Suga pegou no meu pulso me guiando até a enfermaria, caminhamos o mais rápido que conseguimos até o local...

DIAMOND 》 SugaOnde histórias criam vida. Descubra agora