• Sixteen •

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Suga foi encaminhando de volta para a sala de aula enquanto a enfermeira cuidava da minha crise. Depois de alguns minutos eu já conseguia respirar normalmente, senti um alívio e suspirei, faz tempo que eu não tenho uma crise como essa.

— Saejin Young, certo? - A enfermeira perguntou e eu assenti enquanto eu ajeitava a minha saia sentada sobre a maca. — Você tem muita sorte, srta. Young.

— Sorte? - Perguntei confusa, sorte é a última coisa que eu tenho em minha vida.

— Sim, você teve sorte de seu namorado ter te trago aqui antes que você piorasse ou pior, desmaiasse. - Ela disse sorridente, e voltou a anotar meus dados.

— A-Ah, ele não é meu namorado. - Eu falei e ri nervosamente.

— Oh serio? Ele parecia tão preocupado com você, desculpe-me. - Ela falou e me entregou um bilhete com uma suspensão pelo resto do dia a pedido da enfermaria.

— O-Ok, eu entrego isso na secretaria? - Perguntei e ela assentiu.

— Sim e depois algum responsável deve vir buscá-la aqui na escola. - Ela disse e eu assenti, agradeci-a pelos cuidados e fui até minha sala para buscar meus pertences.

Assim que entrei na sala todos os alunos olharam para mim, peguei minha mochila e fiz sinal para Shuna avisando-a que depois eu explicaria o motivo da minha ausência. Agradeci ao professor por me deixar entrar e saí da sala, caminhei um pouco até chegar na secretaria.

Apresentei o bilhete para a secretária e ela disse:

— Certo, Saejin, agora eu preciso que algum responsável venha te buscar e assine o bilhete.

Peguei meu telefone e disquei o número da minha mãe, como noutro dia, caiu em caixa postal, minha mãe não atende minhas ligações, por que?! Suspirei e expliquei a situação para a secretaria.

— Sinto muito mas você só pode sair com a assinatura de um responsável. - Ela disse e eu suspirei derrotada.

— Eu sou o responsável. - Virei meu olhar para a escadaria principal e vi Suga descer as escadas vestindo sua jaqueta de couro.

— S-Suga? - Perguntei não entendendo absolutamente nada, a secretária não vai cair nessa.

— Senhora, Saejin Young é minha prima, a mãe dela pediu para que eu assinasse no lugar dela e a acompanhasse até em casa. - Suga disse e me puxou pela cintura para perto dele.

— Oh sim, creio que você tem a permissão da diretora, sr. Yoongi. - Ela disse, Suga assentiu sorrindo simpaticamente, a secretária deslizou o meu bilhete para a frente dele. Ele assinou-o e devolveu-o para a secretária.

Nos despedimos da mulher e Suga me levou até a saída da escola.

— Você é louco, se a diretora descobre-

— Eu volto antes da aula acabar, não se preocupe. - Ele disse e me levou até o estacionamento do colégio.

Ele me entregou o capacete e subiu na sua Harley Davidson tirando o apoio prateado, Suga me ajudou a subir e colocou méis braços envolta de sua cintura.

— Certo, você vai ter que me dizer onde mora. - Ele disse e riu, eu assenti e disse o endereço á ele.

Suga acelerou e eu segurei sua jaqueta, depois de alguns rápidos minutos, ele estacionou a moto enfrente á minha casa e eu desci da mesa tirando o capacete e ajeitando menus fios castanhos levemente ondulados.

Suga me olhou, coloquei uma mecha para trás da minha orelha direita e fixei meus olhos no chão. Eu sentia que devia alguma coisa á Suga, e eu temia que um "obrigado" não fosse suficiente, apertei a alça da minha mochila e cerrei as sobrancelhas, ele estava esperando que eu falasse algo, foi o que eu fiz.

— Obrigado por me trazer até aqui e por ter me ajudado com a asma. - Eu falei e levantei meu olhar para Suga.

— Sem problemas. - Ele disse e colocou o capacete.

Eu devia ter deixado ele ir, eu devia mas não consegui, por um impulso de sentimento eu segurei o pulso dele impedindo que ele desse partida na moto.

— V-Você quer entrar? - Eu gaguejei e baixei meu olhar fitando o chão, eu não sei o que ocorreu comigo, eu nunca fiquei tão envergonhada na frente de um garoto como nessa hora. — Se não quiser-

— Será um prazer. - Ele me cortou e desceu da moto me afastei e engoli seco. O que diabos eu acabei de fazer?! Diga que eu não convidei Min Yoongi para ir na minha casa!

Suga me seguiu até a porta, tirei a chave da minha mochila e abri a porta deixando ele passar primeiro, tiramos os sapatos e ele fitou o local curioso, cortei-o pegando sua mão e o levando até meu quarto.

Eu juro que eu estava fora de mim quando fiz isso, abri a porta do meu quarto e entramos.

Não era um local muito grande mas aconchegante, havia um armário embutido na parede, uma televisão, uma estante preta com alguns dos meus livros favoritos, minha cama de solteiro e minha simples escrivaninha, nada mais.

Era a primeira vez que um garoto entra no meu quarto, eu diria que estou mais que tensa no momento.

— Eu sei, não é tão luxuoso quanto o seu mas dá pra viver. - Falei enquanto Suga via meus porta retratos de quando eu era mais nova.

— Você devia visitar meu quarto qualquer dia desses. - Ele falou e eu sentei na minha cama.

— Se você me convidar decentemente talvez eu aceite. - Eu disse ele sentou ao meu lado.

Suga examinou minha expressão, estranho, ele está muito calado.

— Você já recebeu garotos no seu quarto? - Ele perguntou e eu engoli seco. — Você parece tão tensa.

— N-Não, eu nunca recebi. - Falei mexendo na barra da minha meia preta até a coxa.

— Eu sou o primeiro? - Ele perguntou e riu baixo, revirei os olhos e disse:

— Sim, idiota.

— Não se preocupe, eu já te disse que eu não mordo. - Ele falou observando meu quarto.

— Eu tenho minhas dúvidas. - Disse cruzando os braços e ele riu.

— Você não acredita em mim né? - Ele perguntou. — Digo, em relação a tudo que eu falo.

— Eu já falei que não tenho motivos para confiar em você, eu já  fui feita de brinquedo, não obrigada, não quero que isso aconteça de novo. - Eu falei balançando minhas pernas.

— Se você acha que todo garoto quer só brincar com você, está completamente enganada. - Suga disse.

— Mas você quer. - Eu disse cerrando as sobrancelhas e fechando minhas mãos em punhos. — E eu não vou permitir isso, não importa o quanto você seja tentador, Suga você não vai conseguir o que quer!

Bati os punhos contra minhas coxas segurando um nó que se formara em minha garganta. Assim que terminei Suga me fitou surpreso pelas minhas palavras. O que? Nenhuma garota teve a coragem de dizer pra você o que realmente pensava?

— Você não gosta de mim mas gosta quando eu te beijo, acha que eu estou mentindo quando digo a verdade, eu não te entendo. -Ele falou sério.

— Eu não gosto do seu beijo! De onde você tirou isso?! - Eu perguntei.

— Ah não? - Ele perguntou e se aproximou, perto demais, desci meu olhar para os lábios dele, Suga passou a língua entre eles e eu senti uma sensação estranha correr pelo meu corpo.

Eu nunca pensei que isso poderia um dia acontecer, Min Yoongi, no meu quarto, prestes a me beijar novamente, eu devia impedi-lo, mas não conseguia. Estávamos sozinhos, bem, era o que pensávamos.

A única coisa ouvi foi a porta do meu quarto se abrir. E os saltos baixos da minha mãe estalarem no tablado...

DIAMOND 》 SugaOnde histórias criam vida. Descubra agora