Suga foi encaminhando de volta para a sala de aula enquanto a enfermeira cuidava da minha crise. Depois de alguns minutos eu já conseguia respirar normalmente, senti um alívio e suspirei, faz tempo que eu não tenho uma crise como essa.
— Saejin Young, certo? - A enfermeira perguntou e eu assenti enquanto eu ajeitava a minha saia sentada sobre a maca. — Você tem muita sorte, srta. Young.
— Sorte? - Perguntei confusa, sorte é a última coisa que eu tenho em minha vida.
— Sim, você teve sorte de seu namorado ter te trago aqui antes que você piorasse ou pior, desmaiasse. - Ela disse sorridente, e voltou a anotar meus dados.
— A-Ah, ele não é meu namorado. - Eu falei e ri nervosamente.
— Oh serio? Ele parecia tão preocupado com você, desculpe-me. - Ela falou e me entregou um bilhete com uma suspensão pelo resto do dia a pedido da enfermaria.
— O-Ok, eu entrego isso na secretaria? - Perguntei e ela assentiu.
— Sim e depois algum responsável deve vir buscá-la aqui na escola. - Ela disse e eu assenti, agradeci-a pelos cuidados e fui até minha sala para buscar meus pertences.
Assim que entrei na sala todos os alunos olharam para mim, peguei minha mochila e fiz sinal para Shuna avisando-a que depois eu explicaria o motivo da minha ausência. Agradeci ao professor por me deixar entrar e saí da sala, caminhei um pouco até chegar na secretaria.
Apresentei o bilhete para a secretária e ela disse:
— Certo, Saejin, agora eu preciso que algum responsável venha te buscar e assine o bilhete.
Peguei meu telefone e disquei o número da minha mãe, como noutro dia, caiu em caixa postal, minha mãe não atende minhas ligações, por que?! Suspirei e expliquei a situação para a secretaria.
— Sinto muito mas você só pode sair com a assinatura de um responsável. - Ela disse e eu suspirei derrotada.
— Eu sou o responsável. - Virei meu olhar para a escadaria principal e vi Suga descer as escadas vestindo sua jaqueta de couro.
— S-Suga? - Perguntei não entendendo absolutamente nada, a secretária não vai cair nessa.
— Senhora, Saejin Young é minha prima, a mãe dela pediu para que eu assinasse no lugar dela e a acompanhasse até em casa. - Suga disse e me puxou pela cintura para perto dele.
— Oh sim, creio que você tem a permissão da diretora, sr. Yoongi. - Ela disse, Suga assentiu sorrindo simpaticamente, a secretária deslizou o meu bilhete para a frente dele. Ele assinou-o e devolveu-o para a secretária.
Nos despedimos da mulher e Suga me levou até a saída da escola.
— Você é louco, se a diretora descobre-
— Eu volto antes da aula acabar, não se preocupe. - Ele disse e me levou até o estacionamento do colégio.
Ele me entregou o capacete e subiu na sua Harley Davidson tirando o apoio prateado, Suga me ajudou a subir e colocou méis braços envolta de sua cintura.
— Certo, você vai ter que me dizer onde mora. - Ele disse e riu, eu assenti e disse o endereço á ele.
Suga acelerou e eu segurei sua jaqueta, depois de alguns rápidos minutos, ele estacionou a moto enfrente á minha casa e eu desci da mesa tirando o capacete e ajeitando menus fios castanhos levemente ondulados.
Suga me olhou, coloquei uma mecha para trás da minha orelha direita e fixei meus olhos no chão. Eu sentia que devia alguma coisa á Suga, e eu temia que um "obrigado" não fosse suficiente, apertei a alça da minha mochila e cerrei as sobrancelhas, ele estava esperando que eu falasse algo, foi o que eu fiz.
— Obrigado por me trazer até aqui e por ter me ajudado com a asma. - Eu falei e levantei meu olhar para Suga.
— Sem problemas. - Ele disse e colocou o capacete.
Eu devia ter deixado ele ir, eu devia mas não consegui, por um impulso de sentimento eu segurei o pulso dele impedindo que ele desse partida na moto.
— V-Você quer entrar? - Eu gaguejei e baixei meu olhar fitando o chão, eu não sei o que ocorreu comigo, eu nunca fiquei tão envergonhada na frente de um garoto como nessa hora. — Se não quiser-
— Será um prazer. - Ele me cortou e desceu da moto me afastei e engoli seco. O que diabos eu acabei de fazer?! Diga que eu não convidei Min Yoongi para ir na minha casa!
Suga me seguiu até a porta, tirei a chave da minha mochila e abri a porta deixando ele passar primeiro, tiramos os sapatos e ele fitou o local curioso, cortei-o pegando sua mão e o levando até meu quarto.
Eu juro que eu estava fora de mim quando fiz isso, abri a porta do meu quarto e entramos.
Não era um local muito grande mas aconchegante, havia um armário embutido na parede, uma televisão, uma estante preta com alguns dos meus livros favoritos, minha cama de solteiro e minha simples escrivaninha, nada mais.
Era a primeira vez que um garoto entra no meu quarto, eu diria que estou mais que tensa no momento.
— Eu sei, não é tão luxuoso quanto o seu mas dá pra viver. - Falei enquanto Suga via meus porta retratos de quando eu era mais nova.
— Você devia visitar meu quarto qualquer dia desses. - Ele falou e eu sentei na minha cama.
— Se você me convidar decentemente talvez eu aceite. - Eu disse ele sentou ao meu lado.
Suga examinou minha expressão, estranho, ele está muito calado.
— Você já recebeu garotos no seu quarto? - Ele perguntou e eu engoli seco. — Você parece tão tensa.
— N-Não, eu nunca recebi. - Falei mexendo na barra da minha meia preta até a coxa.
— Eu sou o primeiro? - Ele perguntou e riu baixo, revirei os olhos e disse:
— Sim, idiota.
— Não se preocupe, eu já te disse que eu não mordo. - Ele falou observando meu quarto.
— Eu tenho minhas dúvidas. - Disse cruzando os braços e ele riu.
— Você não acredita em mim né? - Ele perguntou. — Digo, em relação a tudo que eu falo.
— Eu já falei que não tenho motivos para confiar em você, eu já fui feita de brinquedo, não obrigada, não quero que isso aconteça de novo. - Eu falei balançando minhas pernas.
— Se você acha que todo garoto quer só brincar com você, está completamente enganada. - Suga disse.
— Mas você quer. - Eu disse cerrando as sobrancelhas e fechando minhas mãos em punhos. — E eu não vou permitir isso, não importa o quanto você seja tentador, Suga você não vai conseguir o que quer!
Bati os punhos contra minhas coxas segurando um nó que se formara em minha garganta. Assim que terminei Suga me fitou surpreso pelas minhas palavras. O que? Nenhuma garota teve a coragem de dizer pra você o que realmente pensava?
— Você não gosta de mim mas gosta quando eu te beijo, acha que eu estou mentindo quando digo a verdade, eu não te entendo. -Ele falou sério.
— Eu não gosto do seu beijo! De onde você tirou isso?! - Eu perguntei.
— Ah não? - Ele perguntou e se aproximou, perto demais, desci meu olhar para os lábios dele, Suga passou a língua entre eles e eu senti uma sensação estranha correr pelo meu corpo.
Eu nunca pensei que isso poderia um dia acontecer, Min Yoongi, no meu quarto, prestes a me beijar novamente, eu devia impedi-lo, mas não conseguia. Estávamos sozinhos, bem, era o que pensávamos.
A única coisa ouvi foi a porta do meu quarto se abrir. E os saltos baixos da minha mãe estalarem no tablado...
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DIAMOND 》 Suga
FanfictionDizem por aí que os opostos se atraem, com tantas diferenças e até mesmo nisso, iguais. Duas pessoas com realidades diferentes, ela mora no subúrbio da Coreia, ele vive em uma enorme mansão no centro, ela não acredita em sorte, ele tem demais, ela p...
