Capítulo 1

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Depois de um dia estressante no trabalho só uma coisa me relaxa. Sair com os amigos e esquecer quem eu sou por algumas horas. Aceitei o convite de uma amiga, Rita, para sair e encontro-a em um barzinho novo. O lugar é discreto e aconchegante. Sinto-me bem no ambiente com uma música suave tocando. Chegamos e ela me conta que convidou mais alguns amigos. Esperamos tomando algumas cervejas e pondo o papo em dia. Alguns amigos chegam e vou ao banheiro e na volta esbarro em um rapaz... que rapaz! Olhos vibrantes cor de mel, sorriso brilhante, corpo atlético bem definido, nada exagerado... hmmm, do jeito que gosto. Peço desculpas sem jeito e volto pra mesa. Os outros terminaram de chegar e foram pegar bebidas.

Ângelo, o irmão de Rita, não perde uma oportunidade de me atazanar o juízo. Puxa-me e me faz rodar até eu ficar tonta. Rindo, saio de perto e quase caio tonta quando alguém me segura. Olá Sr. Definido! Olhos cor de mel perguntam se estou bem e digo que sim quando Rita nos apresenta. Seu nome é Eduardo e mudou-se recente por causa de um novo emprego.

- Olha só! Parabéns! Prazer, Mila.

- Obrigado. O prazer é meu.

A noite passa entre risadas e brincadeiras. Logo mais amigos chegam e vira uma grande festa. Sempre que posso, observo Eduardo. Ele parece gentil, seguro e extrovertido. Além de lindo, lógico. Trocamos telefones e combinamos de sair todos, uma próxima vez. Em casa não paro de pensar nele e termino a noite pensando que queria um final diferente. Contento-me com sonhos ardentes que tenho com os olhos vibrantes cor de mel.

Cabeça estourando, ressaca doida e quase hora do almoço quando alguém chega próximo a minha mesa. Reviro os olhos e vou falando:

- Bom dia, em que posso ajudar?

Levanto a cabeça com um sorriso forçado no rosto e dou de cara com o Sr. Definido em pé, a minha frente. Logo o sorriso se torna genuíno.

- Oi Mila! Que coincidência?

- Oi Eduardo. O que faz aqui?

- Sou o novo programador. Da equipe de TI.

- Que mundo pequeno.

- Pois é. Estava indo almoçar. Quer ir comigo? Afinal, sou novo e você pode me indicar um local bom por aqui.

- Claro. Só vou pegar minhas coisas.

Almoçamos num pequeno restaurante ao lado do trabalho. Continuamos nossa conversa de ontem, agora com mais tranquilidade. Temos gostos similares e rimos alto dos nossos amigos em comum de ontem. Minha cabeça me matando e ele nota. Pagamos e voltamos.

- Nos encontramos no fim do expediente? Posso te levar em casa. Você não parece bem.

- Isso seria ótimo. Me encontra aqui. Te espero.

- OK. Até mais tarde.


Doce RemédioOnde histórias criam vida. Descubra agora