Capítulo 32

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No final do dia o fotógrafo foi levado pela polícia a delegacia, para tratar da acusação de invasão. Verificamos a ficha dele e seu registro como repórter é legítimo, além do trabalho como freelancer. Faz as fotos e vende para quem paga mais por elas. Só não conseguimos ligar ele ao Miguel. O que me deixou frustrada e irritada. A polícia diz não poder fazer muito quanto as fotos tiradas, já que o trabalho dele é legítimo. Ou seja, perseguir pessoas agora é legal. Que ótimo!

Estou juntando minhas coisas, terminando de organizar a mesa quando Antony chega. Camisa com os botões de cima abertos, sem gravata, cabelos assanhados. Senta de uma vez em minha cadeira, derrotado pelo cansaço.

- Pronta pra ir embora?

- Quase. Mas não se preocupe comigo, vá pra casa e descanse. Estou quase de saída.

- Estou bem, espero você. Quero ter certeza de que estará segura.

- Antony, não precisa disso.

- Sim, precisa. Você viu o inferno que foi de manhã. Então eu vou leva-la para casa. Assunto encerrado.

Ponto para ele. Realmente não conseguiria enfrentar aquele povo todo sozinha, então aceitei a oferta e ele me levou em casa. Mais uma vez os três seguranças nos seguem. Fazemos todo o percurso quieto. Os pensamentos tão cheios do que se passou hoje que não percebo quando chego no meu prédio. Sinto sua mão de leve passar pelo meu rosto, afastando meu cabelo. Olho para minhas mãos e depois para ele.

- Você está bem mesmo? Hoje foi um dia e tanto.

- Sim, foi, - respiro fundo - mas vou ficar bem. Não se preocupe.

- Você me liga se precisar? De qualquer coisa e a qualquer hora?

- Ligo sim, - sorrio para ele - boa noite Antony e obrigada... por tudo hoje. - ele sorri de volta, pega minha mão e beija.

- De nada. Boa noite, Mila.

Saio do carro com os seguranças me ajudando, pois ainda existem alguns paparazzi na frente do meu prédio. Entro, chamo o elevador e subo no automático. Chego ao meu apartamento exausta. Jogo minha bolsa no sofá e vou em direção a cozinha. Abro a geladeira e pego a garrafa de suco pondo um pouco em um copo para beber. Tomo tudo de um só gole. Vejo uma garrafa de vinho que não lembrava de ter. Pego e bebo na boca mesmo. Não espero companhia nenhuma para hoje no final das contas.

Parecendo uma deixa, minha campainha toca. Vou ver se é Antony, mas para minha surpresa é Edu. Abro a porta de forma lenta para ele e faço sinal que entre. Fecho a porta atrás de mim. Bebo um outro grande gole do vinho e olho pra ele.

- Posso? - aponta a garrafa na minha mão e entrego a ele, que toma um generoso gole e deixa na mesinha ao lado do sofá. Faz tudo isso sem tirar os olhos de mim.

Ele caminha até a cozinha sem dizer uma palavra. Eu me jogo no sofá e fecho os olhos deixando a cabeça tombar para trás. O ouço sentar ao meu lado, ainda calado, então resolvo olhar para ele. Vejo segurando dois copos com água. Ele me oferece um, pego e bebo todo o conteúdo enquanto ele faz o mesmo. Deixo o copo junto a garrafa de vinho e me viro para ver ele se dirigindo a parte de trás do sofá.

Ele começa uma massagem em meus ombros, pescoço e fecho os olhos me deixando levar por suas mãos maravilhosas em mim. Relaxo sob seus dedos me apertando, desfazendo os nós de tensão causados por todo o estresses desses dias. Depois de um tempo o sinto parar e afastar-se. Tenho medo de abrir os olhos e encarar ele indo embora. De repente sinto suas mãos me içarem do sofá. Aconchego-me em seu peito, sentindo seu perfume. Ele me coloca na cama e toca meu rosto, suave, delicado, viro-o em direção a sua mão, ao seu toque. Sinto sua respiração bem próxima a mim. Abro a boca para conseguir respirar melhor mas permaneço de olhos fechados.

Ele começa a me despir devagar. Vai tirando minha calça, passando as mãos de forma lenta e suavemente pelas minha pernas enquanto volta para retirar minha blusa. Abre botão por botão tão lento que a expectativa aumenta, deixando minha respiração acelerada. Abre toda a blusa e começa a plantar beijos suaves, vagarosos em minha barriga, contornando meu umbigo, me fazendo contorcer e exalar o ar pesadamente. Sobe de encontro aos meus seios lambendo, beijando, os afasta pra cima e chupa um mamilo enquanto aperta, torce e puxa o outro.

- Edu... - falo quase implorando que ele não pare. Esfrego minhas pernas já úmidas, sentindo meu sexo latejar, ansiando por um alívio. O sinto deslocar o peso do corpo de lado e descer a outra mão que passeava pela minha barriga até o alto as minhas coxas, me deixando arrepiada. Então desliza a língua para baixo, beijando, lambendo, mordiscando, trilhando um caminho sem parar de me tocar, ora nos seios, ora nas pernas, até que cheira meu sexo, me deixando mais excitada ainda.

- Edu... - sussurro seu nome como uma súplica de que ele alivie essa tensão em meu ventre.

- Eu sei... eu sei o que você quer. O que você precisa. - fala e planta beijos separando minhas pernas. Beija a parte interna de cada uma.

- Ahhh... - gemo ofegante soltando um suspiro quando ele começa seu ataque. Sua língua em meu sexo me eletrifica, sinto todo o meu corpo em ondas de choque, de espasmos, gemendo para ele continuar. Ele enfia sua língua me fodendo com ela enquanto aperta meus seios. Suga cada parte de mim de forma que sinto tudo se desmanchar. A pressão está cada vez maior e quando estou a ponto de explodir em sua boca ele para. Vai beijando todo o meu corpo. Cada pedacinho. Minha respiração vai voltando aos seu ritmo normal e o sinto todo em cima de mim. Percebo que está sem camisa e calça, pois consigo sentir sua pele na minha. Quente e macia e começo a explorar seus braços torneados e definidos. Sua respiração está em meu rosto, então abro meus olhos e vejo aquele olhar cor de mel que me diz o quanto me deseja. Suas pupilas dilatadas pela excitação. Sua respiração ofegante como a minha. Então me beija de forma ardente. Com fúria, com paixão. Derramando todo o seu desejo, deixando claro o quanto me quer. Seu pau está duro e pressionando minha coxa. Me remexo embaixo dele o encaixando em minha entrada. Então torno o beijo mais forte, mostrando a ele o quanto também o desejo. Sem nenhum aviso, ele me preenche de uma só vez. Solto um gemido em sua boca e ele responde se movimentando. Forte, intenso, me prendendo a ele, como se eu fosse fugir dali, caso ele vá mais devagar. Só que eu quero mais e mais forte.

- Mais forte... - sussurro e ele atende me levando a sensação tão familiar de compressão , aos espasmos e contrações tão facilmente construídos que grito ao gozar forte com suas estocadas. Ele intensifica mais e pouco tempo depois se libera também, soltando um grito abafado em meu pescoço. Ofegantes os dois, ficamos assim por um tempo, então ele se desloca para o lado e me puxa para o seu peito. Mexendo nos meus cabelos adormeço e sonho com a lembrança de quando nos conhecemos.

Doce RemédioOnde histórias criam vida. Descubra agora