Capítulo 2

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A tarde passa se arrastando. Parece que triplicou o trabalho. O vejo se aproximar.

- Pronta?

- Mais 5 minutos? Tenho que terminar só esse ofício e pronto.

- Tudo bem. Aguardo ali no canto.

Apresso-me a terminar o que preciso e pego minha bolsa. Andamos até o estacionamento e pegamos meu carro. Descubro que ele não sabe dirigir e vamos em direção ao meu apartamento. Graças a Deus amanhã é sábado e vou poder dormir até mais tarde. Ele pergunta pela dor de cabeça, digo que não passou e ele oferece um remédio e uma massagem quando chegar a casa.

- Você vai fazer? - Pergunto incrédula.

- Claro! Quem mais? - Ele ri.

- Sei não. Mal te conheço e você já quer entrar na minha casa.

Ele me olha sério, pega o celular e liga pra Rita avisando que vai me acompanhar em casa. Falo com ela, pra não se preocupar e desligo.

- Ok. A Rita me convenceu. - digo. Minha amiga não é muito de convencer ninguém, mas quando se preocupa... sai de baixo.

- Ela te convenceu? - Ele gargalha e eu me encolho com o barulho. - Desculpe. Foi mal.

Chegamos ao apartamento e já vou me jogando no sofá, soltando a bolsa na mesa ao lado. O chamo pra sentar e ele senta ao meu lado observando tudo.

- Gostei. Você mora só?

- Sim. Faz pouco tempo.

- Sei. Onde guarda os remédios?

- Armário da cozinha. - Respondo de olhos fechados.

Ele vai até cozinha e volta com dois copos d'água. Questiono silenciosamente e ele diz:

- Esse é seu primeiro remédio. O segundo vem logo seguido da massagem.

Bebo minha água e ele pede que eu encoste no sofá enquanto ele se levanta e fica atrás do mesmo.

- Feche os olhos e relaxe. - Faço o que ele pede e quando começa vem uma sensação boa de suas mãos quando me toca. Respiro fundo e faço um som satisfeita com a pressão que ele põe nas minhas têmporas e pescoço. Começo a lembrar do sonho da noite anterior. Imaginando seu toque, seus beijos. Suas carícias por todo meu corpo. Aqueço-me só na lembrança. Não sei por quanto tempo fiquei assim.

- Melhor? - Pergunta.

- Humrum - Ele ri baixinho e me diz ao ouvido.

- Posso te levar para a cama? - Sussurra no meu ouvido.



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