Capítulo 7

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Passo a noite em claro e quando consigo dormir já é de manhã.

- O que você pensa que está fazendo?!

- Arrumando minhas coisas! Vou embora!

- Ficou louca?! Daqui você não sai!

- Acabou, Miguel! Entende de uma vez por todas

- Não! Você é minha e isso não acabou!

Ele me puxa e me joga na cama subindo em mim e prendendo minhas mãos com uma das suas e com a outra tapando minha boca e nariz.

- Você é minha! Você não vai a lugar nenhum. Nem que eu tenha que te amarrar nessa cama.

Acordo com um grito e tremendo. Respiro fundo e lembro onde estou, que estou bem e nada vai acontecer. Tomo banho e desço para o café.

- Bom dia.

- Bom dia, querida, Como você dormiu?

- Bem, obrigada D. Ana.

- Aqui. Café com leite e torrada. A Rita foi pra academia. Está viciada agora. – D. Ana ri das maluquices da minha amiga. Contando os novos hobbys de Rita. Termino meu café e vou para o jardim. Meu refúgio.

- Bom dia.

- Bom dia, Eduardo. – Olho pra ele e ele parece sem jeito.

- Posso sentar?

- Claro.

- Desculpa por ontem. Por ter te segurado e não respeitado o seu momento.

Respiro fundo não querendo me lembrar.

- Tudo bem. Não tem problema.

- Ouvi você gritar. Você está bem?

- Sim. – Me levanto e me abraço chegando perto das flores. Sinto seu perfume. Jasmim. Lembra-me minha infância então sorrio.

- Ah... finalmente um sorriso. Combina com você. E por favor, me chame de Edu, ok. Eduardo é muito formal. – Ele pisca pra mim.

- Ok. Você dormiu aqui?

- Ainda procuro um lugar para mudança. Queria próximo ao trabalho, Mas está difícil de achar.

-Sei como é.

- Hei, aí estão vocês! Praia. Agora. Sobe e se arruma. Rita chega já. Você também Edu, corre. – Ângelo chega igual à irmã, parecendo um furacão. – Vamos! Mexam-se!



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