Capítulo 47

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Ai meus sais e agora?

Momentos finais dessa elettizante história. Como Mila vai ajudar Saulo? E como fará com Miguel? Já descobriram o que aconteceu de verdade?

Vamos aos esclarecimentos agora.

Leiam sem moderação. ;-)

***

Pego minha bolsa e procuro o telefone extra. Assim que encontro ligo para Antony.
- Mila?
- Não tenho tempo pra conversar. Miguel pegou o Saulo e...
- Como?
- Não sei. Saulo não costuma baixar a guarda assim. Miguel me ligou do telefone dele, disse que não tinha condições de dirigir, me deu um prazo de 2 horas para ir me encontrar com ele e pegar o Saulo.
- Mila tá na cara que é armação. Você não pode ir.
- E vou deixar ele fazer qualquer coisa com o Saulo? Não posso Antony. Tenho que ajudá-lo.
- E o que você vai fazer?
- Por isso te liguei. Preciso que vá até a polícia junto com o Sr. Fred. Leve a minha localização pelo rastreio do celular vou deixar no carro pra que Miguel não o descubra.
- Mila... É arriscado.
- Antony. Passei esses últimos anos fugindo. Não aguento mais. Faça isso. Vou indo. Obrigada... Por tudo. Adeus.
- Mila, espera...
Desliguei. Não tenho muito mais tempo. Vou a academia e pego algumas coisas para quem sabe usar no Miguel. Pego duas pistolas .42 no escritório de Saulo. Me aproximo de uma foto onde estamos ele, eu e o casal Tomaz. Parecia que tinham se passado décadas daquele momento e não apenas um pouco mais de 1 ano. Enxugando uma lágrima, respiro fundo para me controlar e vou até o carro. É hora de encarar meus medos.

40 minutos mais tarde meu outro telefone toca.
- Conseguiu?
- Sim Mila. Eles já falaram com a polícia local e estão prontos para ajudar. Você tem meia hora para entrar e sair. Depois disso eles vão invadir o local e não quero você lá dentro.
- Obrigada Sr. Fred. Prometo tirar nosso amigo das garras do Miguel. Nada vai acontecer com ele.
- Mila. Tome cuidado. Você pode não ser minha filha de sangue, mas não suportaria perde-la. Você sabe disso, não sabe?
Lágrimas escorrem pelo meu rosto. Sabia desse carinho dele mas ouvir com todas as palavras... Era muito para suportar
- Sei sim Sr. Fred. Prometo fazer de tudo para voltar. Mas se eu não conseguir...
- Não diga isso por favor... Mila não vá. Deixa a polícia cuidar disso. Por favor menina.
- Se eu não conseguir, saiba que também o considero muito. O pai que perdi a anos atrás e voltou repaginado. - começo a rir de mim mesma.- Diga a todos que os amo muito. Que agradeço tudo o que fizeram por mim. Preciso desligar agora. Adeus... Fred.
Desligo antes que fique mais sentimental. Não é esse o sentimento que preciso. Raiva. Ira. Rancor. Disso que necessito. Assim fecho meus olhos e relembro tudo o que passei nas mãos de Miguel.

- Miguel para! Tá me machucando!
- Vocês gostam disso. Mulheres como você, manhosas, gostam disso. Vem cá!

Me puxa pelos cabelos e me joga na cama. Sobe me prendendo embaixo de seu corpo. O cheiro de bebida impregnado. Tenta me beijar mas me esquivo e ele não gosta. Então o golpe. Ele me bate com força no rosto que sinto o gosto do sangue em minha boca. Segura meu pescoço, prendendo minha respiração, me beija grosseiramente. Tento sem sucesso tirar o aperto de sua mão pois estou quase sufocando. De repente me solta e rasga minha roupa. Aperta meus seios com muita força me tirando gritos de dor. Suplico que pare mas parece que gosta disso.

- Só vou parar quando eu estiver satisfeito. Você é minha para eu usar de todas as formas. Você não aprendeu ainda? - e mais um tapa. Dessa vez com tanta força que esmoreço. Apenas choro e não consigo mais reagir. O deixo usar meu corpo, como tem sido desde que me prendeu nesse quarto.

Sem ver meus amigos só rezo para morrer logo. Não me alimento. Me sinto cada vez mais fraca. Nem vejo quando ele termina. Sinto nojo de mim sempre que ele sai. Vou ao banheiro e tiro o cheiro de suor que impregna meu corpo no final. Ele faz questão de me lambuzar toda. A ânsia toma de conta e vomito no boxe mesmo. Sem tempo de chegar até o sanitário. A água lava tudo, menos a dor em minha alma. Até que sem força desmaio esperando que o sono me tire dali e não me traga de volta. Nunca mais.

Abro meus olhos e a raiva corre fervendo em minhas veias. Coloco as pistolas nas costas enganchadas no cós da calça. Prendo meu cabelo no rabo de cavalo. Estalo os dedos e sigo em direção a casa de Miguel. Pensei que jamais entraria nessa casa de novo. Mas o destino é cruel muitas vezes. E hoje estou mandando até o destino se fuder se passar na minha frente.

Ah Mila. Não se preocupe que você terá sua vingança hoje. De um jeito ou de outro. Miguel, Miguel... Sua gatinha não existe mais. Tem uma onça no lugar e não aconselho usar uma vara curta para mexer com ela. Maliciosa e sorrateira. Você não a conhece mais. Nem mesmo a própria Mila me conhece, apesar de eu saber tudo sobre ela.

Ahhhhhhh eu que vou adorar conhecer e amansar você Miguel. Vamos nessa que estou me doendo de vontade de pegar você.

Doce RemédioOnde histórias criam vida. Descubra agora