Capítulo 22

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Antony pega bebidas para nós, mas olho desconfiada. Ele percebe.

- Fique tranquila. Não deixarei que nada lhe aconteça. – Fala olhando nos meus olhos e vejo sinceridade em seu olhar. Balanço a cabeça concordando, brindo com ele e tomo um gole da taça de champanhe em minhas mãos.

- Hummm. Uma delícia. - tomo outro gole fechando os olhos e saboreando a bebida.

- É sim. – Ele concorda.

Voltamos a circular até chegada a hora dos discursos e apresentações. Ele vai me explicando um pouco sobre cada pessoa no palco, cada empresa aqui presente, até que é chamado, beija minha mão e pede licença ao levar da mesa e se direciona elegantemente ao palco. Faz um discurso impecável pela empresa, focando os resultados obtidos com as parceiras e desejando que essas se perdurem trazendo cada dia melhores resultados. Desce do palco sob aplausos e é dado início ao jantar. Começo a relaxar mais e aproveitar realmente a noite, sempre prestando atenção para não exagerar na bebida e ficando atenta ao sinal de qualquer alteração em meu corpo.

- Vamos dançar? – Antony pergunta.

- Vamos. – Ele estende a mão para que me levante e seguimos para a pista de dança. Quando nos posicionamos, começa a tocar uma música lenta. Fico meio sem graça, mas não saio da pose e começamos a nos mover.

- Está gostando da noite? – Ele pergunta.

- Estou sim. Sempre achei que esses eventos eram maçantes, agora percebo que não.

- Tudo depende da companhia. Na maioria das vezes... Quer dizer... 99% das vezes são maçantes. Mas se trouxer a companhia certa, se direcionar a conversa para assuntos amenos e não focar 100% do tempo no trabalho, será uma noite muito agradável. – Ele olha em meus olhos e sorri. – Obrigado por aceitar ser essa companhia para mim hoje. Está me salvando de uma noite maçante. – E ri.

- Fico feliz em ouvir isso. Sinal de que realmente a noite está agradável. - sorrio de volta.

- Com certeza, está muito agradável. – Ele continua falando sobre outros eventos e situações engraçadas em alguns deles e assim seguimos nossa noite até ele me levar para casa. Seguimos no carro ainda envoltos nas calorosas trocas de brincadeiras que um ou outro empresário fez com ele. Então ficamos em um silêncio confortável.

- Mila? - me chama.

- Sim?

- Obrigado por essa noite... Por aceitar meu convite. – Ele fala meio hesitante. Seus olhos intensos brilhando sob a luz da lua. – Você não tem ideia do quanto esperei que dissesse sim a isso.

- Já tinha aceitado jantar com você lembra? Se dissesse que não, estaria faltando com minha palavra.

- Eu sei disso. Mas você não tem ideia... Do quanto quis isso. – ele se aproxima e me segura. Não sei o que acontece, mas não o afasto. Estamos tão próximos agora que até o vento quase não passa entre nós.

- Antony...

- Shhh, por favor. Me deixe só olhar pra você assim. Você está tão linda. – Fala baixinho enquato toca meus cabelos, afaga meu rosto e segura meu queixo levantando um pouco até que está quase me beijando. Nossos olhos não desviam um do outro, então ele me beija. Um beijo suave, quente e úmido. Ele me puxa mais para sim, espalmando sua mão em minhas costas, aprofundando o beijo. Nossa, ele beija bem! Então um barulho às minhas costas me faz quebrar o beijo. Abro os olhos e Antony ainda olha pra mim.

- Preciso entrar. - falo quase sussurrando

- Boa noite, durma bem. - ele acente e se despede.

- Você também.

Entro portão a dentro e dou um aceno final até Antony partir.

- É isso que te impede? É isso que te afasta de qualquer relacionamento? Ambição? Pensei que você fosse diferente, Mila.

Viro e dou de cara com um Eduardo bem zangado.





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