Capítulo 41

1.8K 189 17
                                    

Oi, oi, oi!

Acho que poderei manter minha promessa de postar na data certa. rsrs

Nesse capítulo vocês vão saber um pouco mais sobre Edu e Antony. De onde surgiu essa... rivalidade entre eles. Um pouquinho da história que ficou nos bastidores.

Espero que gostem, fiquem a vontade para comentar e não esqueçam as estrelinhas. Amamos estrelinhas, esse é um termômetro para saber se estão gostando da história. Como diz uma amiga minha rsrs

Agora vou deixar vocês matarem sua curiosidade. rsrs

Bjs, bjs, e boa leitura ;)


*****


- Cristalino. Agora já pode me soltar e dizer o que de tão sério nós precisamos conversar?

Soltando Antony, passo as mãos na cabeça nervoso.

- É sobre a Mila.

- O que tem ela? – percebo uma preocupação no seu tom de voz.

- Ela sumiu.

- Como assim ela sumiu? Vocês não estavam juntos ontem? O que você fez?

- O que eu fiz? Não sei, porra! Quando acordei hoje só tinha um bilhete dela e nada mais, fui no apartamento dela, toquei a campainha, bati na porta faltando pouco derrubar e nenhum sinal dela.

- E o celular? Já tentou?

- Sim, liguei diversas vezes. A Rita foi quem conseguiu falar com ela, disse que estava bem, que não deveríamos nos preocupar pois estava resolvendo algumas coisas e assim que terminasse voltaria.

- Que coisas? Ela mencionou algo com você ou no bilhete?

- Não, nada. Praticamente a mesma coisa que disse a Rita.

Antony começa a andar de um lado ao outro, cruzando as mãos na cabeça, visivelmente preocupado e isso me incomoda.

- Antony?

- Hum?

- Vou te fazer uma pergunta e quero que pense bem na resposta, por que se eu não gostar ou não me convencer... Eu não respondo por mim.

Ele para me encarando, solta um longo suspiro, prevendo minha pergunta.

- Nem precisa perguntar Edu...

- Eduardo, por favor.

- Ai que saco! Vai continuar com isso até quando? Posso saber? Eu te livrei daquela lá e você fica com raiva de mim e não dela?

- Me livrou? Você transou com ela Antony! Isso é se livrar?

- Eu te provei o que vinha te dizendo. Eu não te traí, ela que sim! Desculpa, mas alguém tinha que abrir os teus olhos meu amigo. Você não acreditava em nada do que eu dizia, então tive que mostrar de alguma forma.

- OK! Passado é passado, Mas o que eu quero saber...

- É se eu realmente sinto algo pela Mila ou não. Certo?

Faço que sim com a cabeça enquanto ele baixa o olhar e inspira forte o ar.

- Sim, Edu...aaaaardo. Eu gosto dela sim. Nem sabia do envolvimento de vocês antes de a conhecer. Juro por Deus. Não estou tentando provar nada ou te enfrentar ou seja lá o que está pensando que estou fazendo. Realmente gosto da Mila.

- Tem certeza? – falo ainda duvidando de sua resposta.

- Porra, claro! Você quer pensar em um jeito de encontrá-la ou quer ficar discutindo quem gosta mais dela? Porque estamos perdendo tempo assim.

- Tá certo. Você tem alguma ideia de como acha-la?

- Melhor! Tenho como rastreá-la.

Uno as sobrancelhas em forma de pergunta e ele me responde.

- Depois que fiquei sabendo do ex dela...

- Ela te contou? – Falo com raiva por ter sido o último a saber.

- Na verdade não, foi o chefe dele quem me disse. Obrigado e ela não gostou muito disso também.

- Fiquei sabendo só hoje, e pela Rita e Ângelo.

- Então... como ia dizendo, depois que soube da história e daquela perseguição dos paparazzis quando saímos juntos, dei a ela um celular extra para usar em emergências. E tenho como rastreá-lo. Se ela tiver levado junto, para sabe-se lá onde ela foi.

- E o que você está esperando?

Ele acessa o serviço de rastreamento do notebook e conseguimos localizar o sinal do celular. Percebo que é uma cidade do interior e olhando para o Antony sei que ele vai comigo em busca dela.

***

Seguimos a viagem no carro de Antony. Como não tenho carteira pois perdi o prazo para renovar enquanto estava fora, não posso dirigir. E também não quero chamar atenção com os carros que meu pai fez o favor de comprar, onde poderia me contentar com algo mais normal. Com menos potência. Não sei o porquê dessa mania de me empurrar as coisas do jeito dele. Primeiro o status, depois a empresa. Depois do falecimento de minha mãe, sua concentração exagerada não foi boa para nossa relação, pois as imposições dele geravam brigas feias. Tanto que me mudei na primeira oportunidade que tive e só agora retornei para ter de assumir alguma função na empresa. Por exigência dele.

- Quando é que você vai renovar sua carteira? – Antony me pergunta.

- Não sei. – Olhando para o potinho no visor do ipad, buscando não me distrair ou desviar o caminho respondo seco. – Presta atenção na estrada.

- Ah tá certo, copiloto. Quais as coordenadas?

- Babaca. – Murmuro baixinho.

- Babaca? Eu? Você tem certeza de que quer fazer essa viagem de quase 3 horas sem dizer uma palavra? Vou dormir desse jeito cara, então me ajude, ok.

- OK! O que quer saber?

- Desde quando você a conhece?

- Desde que voltei. Fui apresentado a ela pela Rita, que é nossa amiga em comum. Fiquei louco quando a vi pela primeira vez.

- Te entendo perfeitamente. – Ele fala quase sussurrando.

- Eu não entendia o jeito desapegado dela. Diferente das outras garotas que queriam exatamente o contrário. Mas agora...

- Pois é. E o melhor é que não tem interesses escusos. Tirei a prova quando lhe chamei para jantar. Foi uma luta para que ela conseguisse, mas algo me diz que ela estava dando um troco em alguém.

Me encolho com a lembrança das acusações que fiz, injustamente.

- Pisei feio na bola daquela vez.

- Olha Edu, não sei o que ela viu em você – olho enviesado para ele – mas que ela gosta de você isso já é notório. Aquela cena no refeitório no dia da invasão do fotógrafo já me disse muita coisa. Mas você não queria que ninguém soubesse do seu real cargo na empresa, então vi que ela se aproximou sem interesse algum. Ela gosta de você, por você e não por um status ou sobrenome que carrega ou pelo saldo em sua conta. Você tem que controlar esse ciúme que tem ou irá perde-la em algum momento.

- Vou contar a ela depois que tudo isso for resolvido. Vem cá... você trabalhou ao lado dela esses anos todos e nunca a notou?

- Correção, eu não trabalhei ou trabalho ao lado dela, sempre tratava de qualquer assunto direto com o chefe dela, por isso não a conhecia. E me surpreendi com o trabalho dela. Vai merecer a vaga de gerente, ela tem muita chance de ganhar.

- Tenho certeza de que ela leva essa vaga fácil. Chegamos, é logo ali que ela está.

Antony para em frente a um sítio. Está de madrugada mas vem um caseiro nos atender. Pedimos para falar com o dono da casa, que é assunto urgente, e logo ele sai atrás do patrão, nos deixando plantados do lado de fora do portão.

Doce RemédioOnde histórias criam vida. Descubra agora