Acordei no dia seguinte ainda nem eram 07:30 horas da manhã. Levantei-me, fiz a minha higiene matinal e vesti-me. Arrumei o meu quarto e fiz a mochila para as aulas de hoje. Logo de seguida desci as escadas a correr pousei as coisas no sofá e fui para a cozinha com o meu caderninho e a minha caneta na mão. Quando lá cheguei encontrei toda a gente menos Lana. Bufei.
-Bom dia-disseram e eu apenas sorri.
"Onde está a Lana?" escrevi e mostrei ao Leonardo.
-Ainda está no quarto a arranjar-se e....
Saí da cozinha não o deixando acabar de falar e fui até ao quarto de Lana. Chegando lá bati à porta, mas ninguém respondeu, mas mesmo assim entrei na mesma. Quando entrei reparei que o quarto estava vazio. Sentei-me na beira da sua cama à sua espera, talvez ela estivesse na casa de banho. Olhei para a mesinha de cabeceira e reparei num porta retratos onde estavam a Lana, o Leonardo e um bebé. Peguei na fotografia e fiquei a admirá-la até ser interrompida por alguém.
-És uma curiosa-Lana sentou-se ao meu lado sorrindo-o que fazes aqui?
Encolhi os ombros e depois olhei para a fotografia nas minhas mãos. Respirei fundo e olhei para ela apontando para aquele bebé naquela fotografia.
Lana levantou-se da cama perturbada e olhou para mim.
-É melhor irmos tomar o pequeno almoço-tentou desviar o assunto.
Levantei-me colocando a fotografia no sítio e olhei nos seus olhos. Os seus olhos...eu conheço os seus olhos, aquela cor. Já os vi em algum lugar.
"Tu prometeste que me contavas hoje o porquê de tu e a Kate estarem chateadas" escrevi lembrando-a.
-Eu sei-suspirou.
Depois das suas palavras saí do seu quarto e fui tomar o pequeno almoço.
(....)
Hoje quem me trouxe à escola foi Lana e eu não poderia estar pior. Quando os outros alunos me viram a sair do carro da diretora ficaram surpresos. Uns cochichavam, outros nem disfarçavam e falavam mesmo à minha frente. Eu procurei pela Clara e sorri quando a avistei. Eu fui até ao seu encontro e ela abraçou-me assim que me viu.
-Tinha tantas saudades tuas-ela sorriu-pensei que agora que és filha da diretora já nem te lembrasses mais da tua melhor amiga.
Fiz cara feia com as suas palavras.
-Estava a brincar-ela sorriu-então como é que é ter uma família?-ela puxou-me até a uma mesa de jardim e ambas nos sentámos.
"Mais ou menos" escrevi encolhendo os ombros.
-Então?-ela olhou para mim-o que se passa?
"Eu odeio vampiros" bufei "e tive o azar de ter uns pais adotivos vampiros"
-Ah já estou a perceber-ela olhou para mim-mas, sabes que nem todos são iguais e...nem todos são maus. Duvido que a diretora seja má.
"Dizes isso porque não foi contigo" alterei-me um pouco.
-Calma miúda-ela suspirou-olha tu nunca saberás se ela é boa pessoa ou não se nunca lhe deres a oportunidade de ela te mostrar quem ela realmente é. Se estiveres sempre de pé atrás com ela vai ser mais difícil para as duas.
"Eu sei tens razão, desculpa"
-Não precisas de pedir desculpa-ela encolheu os ombros-eu também sei o que é perder os pais-respirou fundo-mas isso agora não importa, né? Agora temos é de seguir em frente....e ir para as aulas...
VOCÊ ESTÁ LENDO
(im)possible Love 01
VampirLara era uma adolescente de 16 anos, cabelos castanhos, olhos verdes, alta, magra, tímida e que vivia num orfanato juntamente com outras crianças e que levava, ou pelo menos tentava, levar uma vida o mais normal possível, mas era um pouco difícil de...