-Filha?!-a minha mãe entrou no meu quarto já com a sua camisa de dormir branca.
Desviei os meus olhos da lua e olhei para ela. Ela aproximou-se de mim e sentou-se na minha cama, já eu continuei no chão em frente a ela.
-Diz-me lá...-ela sorriu-quem é ele?
Olhei para ela e pousei a cabeça nos meus joelhos.
-Não quero falar.
-É por causa do teu namorado?-ela sorriu com carinho.
Olhei para ela e encolhi os ombros.
-Olha...-sentei-me ao seu lado-como é que tu contaste aos avós que gostavas do teu primo?
Ela olhou para mim pensativa e então depois falou:
-Simplesmente disse...-encolheu os ombros.
-Então chegaste à beira deles e simplesmente disseste.
-É...-ela sorriu um pouco-e tu? Quando é que me vais contar quem é ele?
Eu não sei se deva contar. Meu deus onde é que eu estou com a cabeça?
-Simplesmente...diz...-ela piscou o olho.
-Bem....eu...ele...-olhei para ela-não é ninguém.
-Do que é que tens medo filha?-ela olhou triste para mim.
-De ti...do pai...-olhei para ela e ela olhava para mim com os seus olhos arregalados-não é isso....é que...eu não posso...
Levantei-me e fechei-me na casa de banho. Deslizei pela porta e comecei a chorar.
-Lara...?-a minha mãe bateu à porta.
-Deixa-me...-falei quase num sussurro.
-Estás a chorar Lara...-a sua voz era preocupada-por favor Lara deixa-me entrar.
-Vai embora...-falei.
-Não saio daqui enquanto não saíres daí...
-Por favor vai embora.
-Não...
-Vai.
-Não.
-VAI EMBORA DAQUI-gritei, mas rapidamente me arrependi.
O espelho da casa de banho parte-se caindo alguns vidros em cima de mim. Começo a chorar ainda mais formando assim uma nuvem de chuva em cima de mim.
-Lara...-a minha mãe abre a porta e ajoelha-se ao meu lado-oh meu deus filha....
Olhei para ela e chorei ainda mais. Ambas já estávamos molhadas com toda aquela água a cair em cima de nós. A minha mãe fez um pequeno gesto e aquela nuvem logo desapareceu.
-Tu deixas-me com o coração nas mãos-ela abraçou-me.
Os próximos minutos passaram com a minha mãe a curar-me com a sua magia e a secar-nos também com a sua magia. Depois ela puxou-me até à minha cama e eu deitei-me no peito da minha mãe e poucos minutos depois adormeci.
Acordei no dia seguinte com a minha mãe a acariciar os meus cabelos. Eu olhei para ela e abracei-a.
-Desculpa pelo o que aconteceu ontem à noite-falei.
-Não te preocupes...-ela sorriu-o que importa é que estás bem.
-Eu vou arranjar-me...-levantei-me da cama e entrei na casa de banho.
Alguns minutos depois já estava arranjada e quando entrei no meu quarto vi o mesmo já todo arrumado, a minha mãe também já estava arranjada e com um grande sorriso na sua cara.
-Vamos tomar o pequeno almoço?-ela sorriu.
Eu assenti e ambas descemos até à cozinha onde já se encontrava o meu pai.
-Bom dia meus amores-ele falou beijando a minha testa e logo a seguir os lábios da minha mãe-dormiram bem?
-Sim...-respondemos em uníssono.
Estávamos a tomar o pequeno almoço quando reparei que o meu pai não tirava os seus olhos do decote da minha mãe.
-Pára com isso-falei dando uma palmada na cabeça do meu pai.
-Hey o que foi que eu fiz?-ele olhou para mim.
-Estás a comer a mãe com os olhos-falei e a minha mãe olhou para o seu marido.
-Leo...-a minha mãe revirou os olhos.
-Eu não tenho culpa de teres as...as maminhas maiores...-ele encolheu os ombros olhando para para a minha mãe.
-Tarado...-a minha mãe abanou a cabeça levantando-se-é melhor irmos para a escola.
-Anda cá...-o meu pai agarrou-a e beijou-a-sabes que eu te amo muito.
-Estás a dar-me graxa por acaso?-a minha mãe sorriu.
-Só estou a tentar dizer que és a mulher mais bonita do mundo-ele colocou a sua mão na sua barriga.
-Humm umm...-ajeitei a voz-já acabaram?
-Sua ciumenta-o meu pai pegou-me rodando-me no ar-eu também gosto muito de ti pequena.
-Acho bem...-atirei o meu cabelo para trás e pegando na minha mochila fazendo os meus pais rirem.
-Bom trabalho e boa escola meus amores-o meu pai despediu-se de nós.
(.....)
As aulas terminaram e Manuel hoje não tinha aparecido às aulas, por isso tive um dia sem me preocupar com ele. Mas como o que é bom acaba depressa, antes de eu conseguir sair da escola para ir embora....alguém me tapa a boca e me puxa para um canto escondido.
-Onde vais com tanta pressa?-era Manuel.
-Deixa-me ir...-olhei para ele.
-Só depois de te dar uma sova-ele riu malicioso.
-És um covarde...-cuspi as palavras-és um covarde como todos aqueles homens que batem em mulheres. Sabes porque batem nos mais fracos? Porque não passam de uma merda ambulante. Não passam de umas moscas estúpidas. São todos uns merdas por acharem que são os maiores quando na verdade são uns fracos por terem essas atitudes.
Eu falei tudo o que me veio à cabeça naquele momento e quando olhei para aquela cara idiota vi o quanto ele estava enfurecido. Só consegui sentir as suas mãos no meu pescoço e logo de seguida os seus murros fortes e imparáveis contra todo o meu corpo. Senti as minhas pernas cederem e caí no chão, mas ele mesmo assim não parou, ele continuou a dar-me pontapés e eu bem que tentei me defender, mas como é óbvio eu não me consegui defender e então alguns segundos depois apaguei por completo.
♥♥♥
Olá olá pessoas lindas do meu coração. Tudo bem com vocês? Ainda bem. Então o que acharam deste capítulo? Será que vai ser desta que Manuel vai ser apanhado? Será desta que a Lara vai contar à família o que Manuel lhe tem feito? Vamos esperar para ver.
Kiss ♥
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(im)possible Love 01
VampiroLara era uma adolescente de 16 anos, cabelos castanhos, olhos verdes, alta, magra, tímida e que vivia num orfanato juntamente com outras crianças e que levava, ou pelo menos tentava, levar uma vida o mais normal possível, mas era um pouco difícil de...