Acordei no dia seguinte nada bem. Por um lado ainda me lembrava das notícias de ontem e depois ainda não sabia como contar ao Liam que ele iria ser pai. Levantei-me a muito custo da cama, fiz a minha higiene matinal, vesti-me, arrumei o quarto e desci para o pequeno almoço. Ainda nem sei como haveria de encarar os meus pais. Que merda. Entrei na cozinha e sentei-me logo à mesa para tomar o pequeno almoço.
-Bom dia-falei sem olhar para ninguém.
-Bom dia filha-os meus pais falaram um uníssono.
Peguei numa bolacha e comi apoiando a cabeça na mão. Como é que eu lhe vou contar?! E se ele não aceitar?! E se ele se for embora?! E se ele me abandonar?! ARRRR....perguntas e mais perguntas e nenhuma resposta. Eu ía levantar-me da mesa, mas a mão do meu pai parou-me.
-Ainda não comeste nada-ele olhou para mim.
-Eu....eu não tenho muita fome.
-Anda lá, tu agora precisas de te alimentar em condições-ele piscou-me o olho.
Eu olhei bem para ele e então cedi acabando por tomar o pequeno almoço como deve ser. Estava a tomar o pequeno almoço quando olhei para a minha irmã nos braços da minha mãe. Ela era tão pequenina e indefesa. Comecei a imaginar como seria a minha vida daqui para a frente, em como eu seria como...mãe. Senti as minhas lágrimas nos meus olhos e logo me levantei saindo da cozinha indo para o meu quarto. Sentei-me na minha cama agarrada à minha almofada e chorei como um bebé até sentir uns braços à volta do meu corpo que eu logo reparei que era a minha mãe.
-Eu...eu não consigo fazer isto...
-Consegues sim meu amor...-ela falou com a sua voz embargada-tu és uma menina muito forte.
-Não sou nada-neguei-eu não posso...não posso ter este filho.
-O quê?!-a minha mãe pegou na minha cara e olhou-me bem nos meus olhos-nunca mais voltes a dizer uma barbaridade dessas, percebeste?
-Mas eu...
-Percebeste?!-ela olhou chateada para mim.
-Percebi-assenti encostando a cabeça no seu ombro.
Estivemos assim durante uns minutos até eu quebrar o silêncio entre as duas. Eu levantei a minha cabeça do seu ombro e olhei a minha mãe nos olhos.
-Tu...tu nunca me vais abandonar, pois não?!
-Mas que pergunta é essa Lara?-ela olhou chateada para mim-é claro que não.
-Mas eu estou grávida e...
-E eu sou tua mãe e vou estar aqui, sempre ao teu lado independentemente do que acontecer.
-Obrigada-sorri um pouco depois de ouvir as suas palavras que me deixaram mais aliviada.
-Queres que te leve até casa da Kate para conversares com o Liam?-ela perguntou.
-Sim...-assenti.
-Anda lá...-ela pegou na minha mão e ambas fomos até ao carro.
O caminho todo foi feito em silêncio, nenhuma das duas se atreveu a falar. Quando chegámos a casa da Kate eu fiquei uns minutos a olhar para aquela casa à minha frente.
-Vai tudo correr bem meu amor-a minha mãe sorriu-queres que entre contigo?
-Não...-olhei outra vez para a casa e depois para a minha mãe-eu preciso de fazer isto sozinha. Podes ir para casa a Lyra precisa de ti.
-Filha...
-A sério mãe...-sorri fraca.
Ela assentiu e então eu despedi-me dela e saí do carro. A minha mãe foi embora e eu depois de respirar fundo toquei à campainha onde a porta foi aberta por uma Kate sorridente.
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(im)possible Love 01
VampireLara era uma adolescente de 16 anos, cabelos castanhos, olhos verdes, alta, magra, tímida e que vivia num orfanato juntamente com outras crianças e que levava, ou pelo menos tentava, levar uma vida o mais normal possível, mas era um pouco difícil de...