I will never let you go || Luke Hemmings

22| The Pain Demands To Be Felt

Anteriormente:

Kate: Inês!!!! - fica tudo preto e piiiiiiii

. Inês' Pov On

Com muita dificuldade abro os olhos revelando um quarto de hospital e Kate a segurar-me a mão enquanto lágrimas escorriam pela sua cara, tal como a Ashton que se encontrava sentado ao seu lado. Eu queria falar, mas não estava com forças... Onde está o Luke? Porque é que não me lembro de nada do que aconteceu para estar aqui? Aperto a mão de Kate e ela levanta-se rapidamente...

Kate: Inês! Acordas-te finalmente... Vou chamar o médico - e sai a correr enquanto Ash sorri e beija-me a testa...

Ash: Eu sabia que ias acordar rapidamente, és forte... - esboço um pequeno sorriso.

O médico entra na sala e reparo no seu nome escrito na placa que traz ao peito - Pedro.

Médico: Bom dia, dormiu bem? - esboço um sorriso simpático - lembra-se do que aconteceu antes de vir para aqui? - abano a cabeça em negação - então o seu namorado... - faço uma cara interrogativa - pronto futuro namorado foi atropelado e quando viu o seu estado você desmaiou e bateu com a cabeça e teve um traumatismo craniano... É normal sentir-se cansada e não conseguir falar, em breve terá alta, mas tem de repousar.

Cansada uma grande treta! Acabou de me dizer que o Luke foi atropelado e está à espera que eu não fale? Tire lá o cavalinho da chuva... Respirei fundo e ganhei forças para conseguir falar.

Eu: O Luke? Como está? - suspiro fortemente cansada de proferir apenas 4 palavras...

Médico: É uma situação complicada...

Ashton: Diga-lhe, ela tem o direito de saber... - e olha para baixo enquanto uma lágrima lhe ameaça cair.

Médico: Bem vai ter calma porque não se pode enervar - quando ele diz isto eu enervo-me e dou um berro, mas logo me arrependo de o ter feito. Ele vira-se para o Ash - lamento, mas não posso correr o risco que ela fique pior, quando se acalmar eu digo...

Eu: Pelo menos diga-me onde ele está...

Médico: Quarto 206 nos cuidados intensivos.

Eu: Ok, então eu vou acalmar-me...

Médico: Faz bem - dirige o olhar para Kate e Ashton - vocês precisam de me acompanhar até à secretaria para terem uma pulseira que vos permita visitar a Inês quando quiserem - rles assentem...

Ashton: Já voltamos...

Kate: Descansa - assinto e eles saem...

Devem estar a brincar comigo... Estou enfiada numa cama de hospital e dizem-me que o Luke está nos cuidados intensivos e nem sequer me dizem o seu estado. Ainda têm a lata de dizerem que preciso de descansar e que não me posso enervar... Num ápice tiro todas as agulhas que tinha espetadas no braço causando uma forte dor e levanto-me cambaleando quase caindo, mas logo me recomponho. Abro a porta e não vendo menhum nenhum médico que reparasse em mim, dirijo-me na direção dos cuidados intensivos, entrando disparada. Logo alguém me diz que não posso passar, mas acelero, eu tenho de encontrar o seu quarto vá lá, 201, 202, 203, 204, 205, 206!! É este!! Ganho coragem e entro...

A sua figura encontra-se perante mim, imóvel, pálida, inofensiva, com ligaduras na cabeça e arranhões pela cara como estrelas no céu... A máquina marca o seu ritmo cardíaco com um som irritante, mas tão decisivo; nunca se sabe quando se tornará contínuo... Aproximo-me da sua cama e vejo o papel do seu estado, mas logo me arrependo " Paciente: Luke Robert Hemmings; Estado: Em coma". O meu mundo cai-me aos pés e o meu coração dispara como se quisesse saltar. Como foi isto acontecer? Oiço alguém a pedir-me para abandonar o local, mas não tenho forças para nada, nem para encarar a pessoa que falou. Tudo o que sinto é dor, mas como alguém um dia disse "A dor tem de ser sentida". As minhas lágrimas começam a descobrir os seus trilhos pela minha cara e nem tenho coragem de me aproximar do corpo de Luke, que o meu corpo foi logo arrastado para fora do seu quarto.

As horas seguintes foram passadas num silêncio súbito, sempre a fixar a parede branca à minha frente como se estivesse hipnotisada. Via o médico a entrar variadas vezes e a tentar falar comigo, mas apenas negava com a cabeça e saia cabisbaixo do quarto. A porta volta a abrir, mas desta vez quem entra é o Calum e o Michael, eles já devem de saber de tudo para aqui estarem...

Calum: Como te sentes? - silêncio - por favor Inês fala connosco... - silêncio - eu vou ver o Luke, vens Michael? - ele nega, eu vejo-o pelo canto do olho - eu já volto... - sai. Deixa-me triste vê-los assim preocupados e eu não reagir, mas eu sinto-me morta, sem forças para nada...

Michael: Inês... - passa os dedos pelo cabelo, nervosamente, provavelmente à procura de uma maneira de falar comigo neste estado - tu sabes que sou amigo do Luke, mas sabes que te adoro... Eu entendo que estejas assim, mas não podes ficar assim mais tempo... O tempo não pára e os segundos estão sempre a passar, tu não podes ficar aqui e assim - agarra-me a mão - ouve-me, tu não estás bem, ok, mas o Luke está pior, e percebo perfeitamente que estejas sem reação e sem saberes o que pensar, mas ele não precisa de mais ninguém para sofrer... Ele precisa de ti e da tua força, precisa que estejamos todos ao seu lado quando acordar, porque ele vai acordar, mas não o vai conseguir fazer sozinho, vai precisar de nós e principalmente de ti. Que lhe sorrias, mesmo sem ele ver; que lhe segures a mão, mesmo sem ele sentir; que lhe fales, mesmo sem ele ouvir... Tudo o que importa é que estejas lá com ele e para ele... - emociona-se um pouco com estas palavras tal como eu - eu agora vou-te deixar pensar e vou ver dele, mas eu volto - beija-me a testa e sai.

Ele tem razão, eu não posso ficar assim, não tenho esse direito, tenho o dever de ajudar o Luke a ultrapassar isto. Se calhar, ajudava se começasse a reagir. Deixo de fixar a parede e toco na campainha que está ao lado da cama para chamar o médico e este logo aparece...

Médico: Então está tudo bem Inês?

Eu: Sim, tenho um pedido para lhe fazer...

Médico: Inês, sabe que está limitada... - assinto - mas diga lá...

Eu: Vou ser direta - Pedro assente - deixe-me ir visitar o Luke...

Médico: Finalmente reage como eu quero - olho para ele surpreendida não esperando esta reação - claro que pode, ele precisa de si! Vou pedir às enfermeiras para a porem numa cadeira de rodas com o soro para ir...

Eu: Obrigada... - sorrio e ele retribui. É agora!

...

Depois de estar tudo preparado, Pedro (médico) empurra a cadeira de rodas para a minha visita ao Luke. No corredor passo pelos meus, pelos nossos amigos que me sorriem tristemente, e retribuo mas com um sorriso sincero. Abro a porta do quarto 206, e a cadeira de rodas é deixada ao lado da cama de Luke.

Médico: Vou-vos deixar a sós... Volto daqui a um bocadinho - assinto e agradeço.

Olho para Luke e agarro a sua mão enquanto uma lágrima escorre pela minha cara.

Eu: Luke, ...

(Continua)

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1217 palavras

Olá tudo bem? Desde já desculpem se demorei...

Já sabem espero que estejam a gostar, votem e comentem se faz favor e tenho uma pergunta:

Qual foi o momento da história que mais gostaram até agora?

Comentem as respostas sff, já agora Feliz Natal e Feliz Ano Novo, para o ano logo nos encontramos

Obrigada por tudo,

Inês