26| I promised...

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Saímos da piscina e entramos em casa onde já alguns dos nossos amigos se encontravam de banho tomado entre eles Inês. Tinha mesmo vontade de lhe contar o que aconteceu, no entanto se o fizesse ela desconfiaria da minha felicidade uma vez que supostamente vou embora amanhã. Ela estava pensativa.

Eu: Tudo bem? - ela dirige-me o seu olhar.

Inês: Sim, estava apenas a pensar - tenho a certeza que os seus pensamentos estão ocupados pelo Luke; ainda não o tinha visitado, mas tinha ideia de o fazer amanhã - amanhã levo-te ao aeroporto - ok, isto não podia acontecer, então toquei no seu ponto fraco...

Eu: Não é preciso e nem sequer insistas, eu sei o quanto te custou esta noite, eu conheço-te, amanhã vais ter com o Luke para recompensares - ela assente derrotada, eu sabia que ela iria ceder. Despeço-me dela e subo para o quarto onde já estava Michael a tomar banho, agradecendo novamente a sua disponibilidade.

. Inês' Pov On

Eu não estava só a pensar no Luke... Eu tinha recebido uma chamada durante o banho do médico Pedro... Ele disse que houve um acidente e que não há camas para as pessoas serem internadas, então terão de desligar as máquinas a Luke. Eles lamentavam, mas provavelmente ninguém saberia o que eu estava a passar, nem sabia como contar aos meus amigos que se encontravam no piso superior.

Esta foi a razão pela qual eu disse que levaria Lucy ao aeroporto, eu não queria presenciar aquele momento e sabia que ele estaria acompanhado pela sua mãe. Aquela notícia embateu no meu peito como se me estivessem a arrancar o coração puxando-o com imensa força, eu já não sabia o que fazer mais para suportar esta dor. Um a um eles despediram-se de mim e não tive de coragem de lhes contar que pela manhã irião desligar as máquinas a Luke. Não me sentia no direito de lhes fazer isto, todos eles pensavam que seria apenas mais uma noite, mas não; esta era a noite decisiva, se Luke acordasse ou desse um qualquer sinal de vida, ele sobreviveria.

As horas iam passando e apesar de eu saber que o fim se aproximava a passos largos eu ainda não tinha coragem de lá ir, se não fosse para lhe dar força que fosse para lhe segurar a mão e dizer que tudo ficaria bem, mas eu própria sabia que não ia ficar.

Tentei com todas as minhas forças adormecer, mas a preocupação e a ansiedade ultrapassavam o meu cansaço. Sem nem pensar nas minhas ações, levantei-me, fui ao quarto sem ninguém perceber buscar uma roupa, vesti-me e saí começando a correr até ao hospital...

A respiração estava acelerada, parecia que o ar não entrava nos pulmões. Dobrei-me colocando as mãos nos joelhos tentando me acalmar. Mandei mensagem a eles a contar tudo e senti-me cobarde por ter pensado que esta era a maneira mais conveniente de o fazer, enquanto que era a mais fácil. Uma vez mais calma dirigi-me ao famoso e tão visitado quarto 206, inspiro e entro encontrando lá o médico Pedro (o único contra desligar as máquinas), outro superior e uma enfermeira tratando de toda a papelada para o fim enquanto Liz chorava sem parar junto ao corpo de Luke imóvel há dias. A senhora dá pela minha presença, levanta-se, sussurra algo que não compreendo aos médicos e saem todos. Agradeço-lhe mentalmente pela sua ação. Era agora ou nunca.

Eu: Ouve eu vou ser direta, tu tens de acordar. Eu não vou chorar, porque isto vai ter de acabar bem. Eu prometi que não te deixava partir e não vou deixar - nada do que dizia estava a ter qualquer efeito, ele continuava ali imóvel e sereno, eu tinha de dizer algo chocante - ok isto é muito simples, se tu partires eu vou partir contigo, exatamente no mesmo momento, porque eu não te posso deixar ir, pelo menos não sem mim.

. Luke's Pov On

Eu ouvia cada palavra sua e a cada palavra eu tentava mexer-me. Eu só queria poder juntar os nossos lábios, pôr-lhe o cabelo atrás da orelha, dizer-lhe que está bonita mesmo sem saber e no final pedir-la em namoro... Porque é que não consigo fazer isso? Porque é que sinto o fim tão perto de mim? Eu não fiz nada para merecer isto. Eu não quero partir sem lhe dizer o quanto a amo e envolvê-la nos meus braços. Juntei todas as forças, as que tinha e as que não tinha e tentei mexer um dedo e falhei miseravelmente. Isto doía demasiado, eu não conseguia fazer mais nada, eu dei tudo o que tinha, agora só me restava ir... Assim, novo e sem cumprir o objetivo de qualquer humano - amar e demonstrar isso, seja dizendo-o a essas pessoas ou mostrando-o entregando-nos de corpo e alma. E o que mais doía é que sabia que ela tinha a ideia de partir comigo mesmo não sabendo o que nos esperava do outro lado. Sinto-me a ser arrastado para o desconhecido...

Oiço uma porta e sinto a presença de mais pessoas possivelmente médicos e a minha mãe, mas rapidamente a porta é novamente brutamente aberta e sinto muitas pessoas no quarto. Rapidamente percebo que todos os que amo se encontravam aqui até a Lucy, reconhecia a sua voz. O meu coração aperta quando oiço os médicos a explicarem como tudo se ia processar e de repente oiço o choro de Inês quando estes terminam de falar. Dói tanto, é como uma flecha no meu coração. Não chores por favor! Aguenta-te Inês, tu consegues viver sem mim! Ama e sê amada, eu não fico chateado eu vou-te proteger em todas as tuas decisões... Cuida de todos, cuida da minha mãe, aconchega-a e diz-lhe que tudo vai ficar bem...

Sem qualquer aviso sinto a bomba a deixar de me fornecer oxigénio e o soro deixa de ser ejetado nas minhas veias e tudo o que ouvia era o seu choro. Fico sem força, em milésimos de segundo imagens da minha vida passam pela minha cabeça... Isto não devia ser assim, eu tinha tudo para dar à minha vida e esta foi-me retirada sem autorização. Os meus músculos não se vão voltar a mexer, o meu sorriso não vai voltar a brotar, os meus olhos não vão voltar a brilhar e o meu coração não vai voltar a palpitar... Adeus Inês, eu acredito em ti; adeus mãe, por favor aguenta-te firme; adeus vida. O som de um corpo a chocar com o chão me invade. Não Inês!! Por favor não!! Um último choque percorre todo o meu corpo e tudo se apaga... Chegou a hora...

. Inês' Pov On

Eu esperava que ele suportasse, eu esperava que ele acordasse e no meio de tantas esperanças eu deixei-o partir... E eu prometi que partiria com ele. Sem ninguém reparar abro a mala onde tinha uma pistola. Viro-me de costas para Luke de modo a que pensassem que estava a tirar lenços ou assim e retiro a arma. Aponto-a para o meu coração.

Inês: Eu prometi-te Luke! - e pressiono o gatilho, sentindo tudo a apagar e o meu corpo a embater no chão. Amo-te Luke! E assim o escuro me invade...

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1228 palavras

Olá, tudo bem?

Ok, desculpem pela demora de mais de duas semanas, mas a escola, os testes, os trabalhos, as apresentações, os relatórios está tudo a dar cabo de mim, até nas férias tenho de ir à biblioteca fazer trabalhos para entregar por isso desculpem...

O que acharam do capítulo? Foi um dos capítulos que mais gostei de escrever por isso comentem o que acharam por favor...

Votem e comentem é muito importante...

Beijos e obrigada,

Inês

I will never let you go || Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora