I will never let you go || Luke Hemmings

45| New York (part 2) - Hot

   Novo dia, nova visita por esta cidade magnífica. Eu e Ash encontrávamo-nos agora na receção do hotel... Tínhamos acabado de tomar o pequeno almoço e, como confirmámos que a comida era realmente boa, decidimos pagar o lanche para os meus pais virem cá ter connosco à tarde comer no restaurante do hotel. Depois de pagarmos a meias, voltámos para os quartos onde cada um de nós iria decidir o que fazer durante o dia.

   Subimos de elevador e logo nos despedimos. Abro a porta do meu quarto encontrando Luke estendido em cima da cama entretido com o seu telemóvel que, mal me vê, bloqueia dando-me atenção. Era uma coisa que tínhamos de bom quando estávamos juntos... Apesar de por vezes poderem haver momentos mais constrangedores, não sentíamos a necessidade de recorrer aos telemóveis como distração, não desperdiçando assim tempo enquanto estamos juntos. Admito que me faz alguma confusão como certas pessoas se prendem tanto a esses dispositivos e autocritico-me quando dou por mim a ser uma dessas pessoas.

   - Então ideias para hoje? - pergunto, pois durante o tempo que teve sozinho podia ter-se lembrado de alguma coisa.

   - Nem por isso... - encara-me com algum desânimo - ontem demos uma volta grande, não há muito mais para ver aqui nas redondezas... - e ele tinha de facto razão.

   Apesar de Nova Iorque ser uma cidade especial e mágica, não é muito "sumarenta", não havendo muito por onde explorar...

  - Eu tinha uma ideia... - digo reticente, mas com um sorriso maroto.

   - Diz lá o que queres - diz rindo-se e endireitando-se, apercebendo-se de que eu ia pedir alguma coisa.

   - Vamos ver algumas montras, lojas...

   - Inês fizemos isso ontem! - diz indignado, mas a rir-se, pois ele conhecia-me perfeitamente e sabia que não me ia convencer do contrário.

   - Mas eu quero comprar velas! Ontem não tínhamos tempo e sabes que gosto de escolher os cheiros das velas sem pressões... - ele assente juntando levemente os nossos lábios e dirigindo-se à casa de banho.

   Sempre ouvi dizer que quem cala consente, por isso considerava aquilo como um "sim" à minha proposta. A verdade é que Luke sempre me achara um pouco estranha neste sentido... Eu, ao contrário das típicas raparigas, demorava mais tempo a escolher velas para comprar do que a escolher roupa ou sapatos...

  Coloco tudo o que iria precisar numa malinha prática e pequena e ouço a porta da casa de banho a abrir e, largando a mala em cima da cama, dirijo-me a Luke abraçando a sua cintura.

   - Se quiseres não vamos... - digo, pois não estava certa se ele concordava com isto e a verdade é que é o nosso último dia aqui.

   - Não, vamos lá! Também não podemos demorar muito, porque depois à tarde tens os teus pais que vêm lanchar... - assinto e dou-lhe um beijo que ele decidiu prolongar e vou buscar as minhas coisas.

   Juntos e de mãos entrelaçadas saímos do hotel em direção a uma rua que tinha algumas lojas de roupa até que vejo a Zara Home para onde nos encaminhamos. Experimento cheirar algumas das velas e fazia uma cara estranha à qual Luke respondia com um sorriso cada vez que o meu olfato entrava em contato com um cheiro mais desagradável. Ao fim de 10min já tinha quatro velas na mão e encontrava-me na posição inicial. Pedi a opinião ao rapaz que me acompanhava, pois iria levar no máximo duas, mas ele dizia que com tantos cheiros já nem sabia distinguir.

   No final dos meus dilemas lá escolhi duas velas que paguei na caixa e depois de percorrermos algumas lojas verificámos que já era hora de almoço. Eu tinha comprado 2 velas e uma blusa e Luke tinha visto uma T-Shirt gira que lhe comprei e ofereci cá fora, deixando-o feliz com a pequena surpresa.