10° Capítulo

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Algumas vezes na vida, é preciso arriscar todas as coisas que você já conquistou. Tudo o que você tem e sabe. É perigoso? Muito.

Alguns arriscam por outros, alguns se arriscam, e outros arriscam por algo muito maior do que eles. Algo que está além do que as pessoas entenderiam.

Alguém uma vez disse que devemos ser a mudança que desejamos ver. Eu vou fazer isso.

Desembarquei, fui andando até onde tinha estacionado meu carro. E dirigi até em casa. Quando cheguei, eu já sabia o que ia fazer. Ia ser triplamente mais perigoso do que Nathan e Petros iam fazem, e as chances de dar errado estavam na mesma proporção.

Eu precisava primeiro de um banho, depois colocaria meu plano em prática.

Telefone tocando.

--Alô?

--Grace? Oh, não estávamos conseguindo falar com você. O que foi aquilo? Alguns enfermeiros te viram saindo com uns caras e ligam...

--Ah, está tudo bem Meredith, estou bem. Foi apenas um engano. Nada de mais. Bobagem.

--Tudo bem, você parece cansada... Tem certeza que está tudo bem?

--Sim, claro. Você tem toda razão! Acho que vou ouvir os seus conselhos e vou tirar aquelas férias que eu estava guardando. Preciso de uma pausa.

--Até que enfim! Você precisa relaxar nessas férias garota! E arrumar um namorado.

--Okay, nos falamos depois.

-Tudo bem, até.

Preciso ir até a casa do meu pai. Pego as chaves do meu carro novamente e dirigo pela Avenida Centerville com pressa. Abro a porta da casa com a chave reserva que ele havia me dado, está tudo uma bagunça! Meu deus!

Tenho que agradecer ao meu pai por guardar todas as suas fardas em ótimas condições. Pego uma que ele não usa mais, coloco na mochila, pego sua identificação reserva e coloco junto da farda, e assim vou pegando tudo o que preciso.

Mesmo que papai não mecha nessas coisas antigas, não posso arriscar. Coloco uma roupa azul escura no lugar da farda. E outras coisas que ele nem vai perceber a diferença.

Vou embora. Primeira parte do plano, completa. Engraçado pensar, que em meio de tanta coisa acontecendo, de tanto medo, de tanta bagunça na minha vida, foi aí que descobri que Nathan era o meu milagre.

Eu fui para casa e comecei a pensar. Era ele o meu milagre, e eu faria de tudo para que ele não escapasse. Eu já vivi tantos momentos, perdi tanta gente, aprendi tanta coisa. Tudo me levou até aqui, até ele. Não é incrível?

A segunda parte do meu plano seria mais perigosa que a primeira. Preciso ir até o hospital pegar algumas coisas. Ligo para Meredith.

--Grace? Estou com um tempinho livre, pode falar.

--Eu posso ir até aí amanhã? Preciso pegar algumas coisas.

--Mas é claro! Sem problema.

--Okay, eu vou depois do almoço.

--Tudo bem, tenho que desligar, uma emergência!

Me lembro da primeira emergência, vou dizer uma coisa clichê, parece que foi ontem. Me lembro da primeira vez que auxiliei. Me lembro da primeira vez que vi Nathan. Alguma coisa mudou desde que eu o vi. Eu estava tão ocupada para perceber isso.

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